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Estado de Minas INTOXICA��O

Etilenoglicol: conhe�a os sintomas de intoxica��o e onde procurar ajuda

A subst�ncia altamente t�xica foi encontrada em produtos de uma f�brica de macarr�o em S�o Paulo. Outras fabricantes podem ter usado o produto.


22/09/2022 18:03 - atualizado 22/09/2022 20:54

Macarrão.
A Anvisa proibiu a circula��o de alimentos da BBBR Ind�stria e Com�rcio de Macarr�o Ltda. (nome fantasia Keishi) fabricados entre 25/7 e 24/8 deste ano. (foto: Leandro Couri/EM)
O etilenoglicol, encontrado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) em produtos de uma f�brica de macarr�o em S�o Paulo, � uma subst�ncia altamente t�xica e seu consumo pode levar a �bito. O professor de toxicologia da Una, Pablo Alves Marinho, explica como ele atua no corpo humano e o que fazer em caso de suspeitas de contamina��o.
 
 
O uso do lote contaminado em alimentos para humanos foi identificado nesta quinta-feira (22/9) pela Anvisa. A ag�ncia proibiu a comercializa��o, distribui��o e uso de alimentos da empresa BBBR Ind�stria e Com�rcio de Macarr�o Ltda. (nome fantasia Keishi) fabricados entre 25/7 e 24/8 deste ano.
 
Outras fabricantes tamb�m podem ter usado o lote com a subst�ncia t�xica.
 

Intoxica��o

Segundo o professor Pablo Alves Marinho, a intoxica��o com o etilenoglicol ï¿½ de alto risco e ocorre em tr�s fases.
 
Nas primeiras 12 horas, a subst�ncia impacta o sistema nervoso da pessoa intoxicada. O quadro cl�nico nesse primeiro momento � de cansa�o, desorienta��o e pode at� mesmo causar convuls�es.
 
Entre 12 e 24 horas ap�s a ingest�o, come�am os efeitos no cora��o e pulm�es. O paciente pode apresentar arritmias card�acas, altera��es na press�o arterial e problemas pulmonares.
 
� a partir das 24 horas ap�s consumir a subst�ncia t�xica que ela atinge o sistema renal. “Esses efeitos s�o provocados principalmente pelos metab�licos do etilenoglicol, subst�ncias que s�o formadas no corpo e v�o gerar danos nos rins. Em especial, o oxalato de c�lcio, que se acumula nos rins e bloqueia o processo de filtragem do sangue. Isso pode provocar fal�ncia renal.”
 
Segundo o toxicologista, esses efeitos podem culminar em uma intoxica��o muito severa e levar � morte. “Tudo depende da dose que a pessoa ingerir, da concentra��o do etilenoglicol no produto e da quantidade que a pessoa ingeriu do produto contaminado”, refor�ou o professor.
 
Se a dose for baixa, � poss�vel que a pessoa que ingeriu a subst�ncia n�o apresente sintomas.  
 
Nesse n�vel vai grave, o paciente pode at� ter que ser levado a fazer hemodi�lise, segundo o m�dico Bruno Sander. "A ingest�o da subst�ncia em pequenas doses pode causar um est�gio de euforia, sonol�ncia, fala arrastada e estado de prostra��o", explicou. 
 
Em altas doses de etilenoglicol, o paciente pode ir ao coma e gerar depress�o no sistema nervoso central, crises convulsivas e paralisia de nervo facial. "S�o efeitos graves e potencialmente fatais, que podem gerar sequelas permanentes", continuou Bruno.

Os efeitos no sistema cardiovascular envolvem poss�vel tarquicadia, que deixa o cora��o acelerado e aumento da press�o arterial. "Pode, ainda, deixar o paciente ofegante, e resultar em falha card�aca congestiva, que pode levar � depress�o mioc�rdica. Em alguns casos, isso provoce at� paradas card�acas", informou Bruno Sander. 
 

Sequelas

As consequ�ncias de ingest�o dessa subst�ncia podem ser de longo e m�dio prazo. Entre as sequelas conhecidas est�o danos no sistema nervoso central, causando dificuldade de movimento e fala. As mais comuns s�o associadas aos danos renais, com complica��es graves nos rins e no f�gado, de lenta recupera��o.

“Temos o caso da cerveja Belorizontina. Pacientes at� hoje est�o em tratamento por causa da intoxica��o com essa subst�ncia. Isso depende tamb�m da pr�pria pessoa, da idade – sabemos que crian�as e idosos s�o mais sens�veis –, se j� existia alguma doen�a renal, entre outros”, lembrou o professor.
 
Segundo o gastroenterologista Bruno Sander, existem riscos de sequelas permanentes e at� mesmo de morte. "O paciente precisa procurar ajuda m�dica especializada o quanto antes", disse o m�dico.  
 

Suspeita

A primeira coisa a se fazer em casos de suspeita de intoxica��o alimentar � se dirigir o mais r�pido poss�vel a um hospital. Existem hospitais de refer�ncia no atendimento desses casos, como o Jo�o XXIII, em Belo Horizonte.
 
O hospital conta com um atendimento especial por telefone para dar orienta��es em casos de intoxica��o, com especialistas. O atendimento � 24 horas pelos telefones 0800 722 6001, (31) 3224-4000 e (31) 3239-9308.
 
Em casos de d�vidas sobre produtos j� comprados, o consumidor pode fazer contato com o fabricante. Informando o lote, � poss�vel verificar no servi�o de atendimento ao consumidor se existe algum problema com o produto, ou n�o. Esse contato tamb�m pode ser feito diretamente com a Anvisa, informando a marca, data de fabrica��o e afins.


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