
Em nota enviada � imprensa, o �rg�o diz que a contamina��o dos petiscos aconteceu devido � incorreta identifica��o de lotes de monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica a humanos e animais, como se fossem lotes de propilenoglicol, qu�mico que pode ser usado em produtos para consumo de pets. No entanto, a pasta n�o informou qual empresa seria a respons�vel pela troca.
“A incorre��o desta identifica��o levou ao uso de produto extremamente t�xico na fabrica��o de petiscos, em quantidades muito acima das doses que s�o consideradas fatais”, afirmou o Minist�rio.
No dia 28 de setembro, a Ag�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), que tamb�m apura o caso, afirmou que as investiga��es apontaram a exist�ncia de uma “rede de distribui��o e venda dos lotes de propilenoglicol com ind�cios de contamina��o”. Na �poca, a pasta notificou cinco empresas que tinham comprado o componente que estaria contaminado.
Ainda conforme a Anvisa, tamb�m foi identificado que as empresas da �rea de produtos qu�micos retiram o r�tulo original dos produtos - da fabricante - e colocam novas informa��es de rotulagem, com dados pr�prios. Com isso, a pasta explicou que a rastreabilidade de origem e poss�veis compradores � dificultada.
Em rela��o � venda e uso do propilenoglicol contaminado com monoetilenoglicol, a ag�ncia explicou que, “na maior parte dos casos”, as informa��es num�ricas dos lotes envolvidos (5035C22 e 4055C21) foram mantidas e letras relacionadas a uma das empresas envolvidas foram acrescentadas. “Em alguns casos, a empresa inclui tamb�m um lote interno criado por ela”, concluiu.
Interdi��o
Desde o in�cio das investiga��es, o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento afirmou que realizou cerca de 120 fiscaliza��es entre comerciantes, fabricantes e distribuidores. “Nem todas as empresas fiscalizadas foram interditadas completamente. A interdi��o se deu apenas nos processos referentes aos produtos identificados com a contamina��o por monoetilenoglicol”, esclareceu o �rg�o federal.
As interdi��es foram realizadas para que as empresas comprovassem que os alimentos produzidos eram seguros para o consumo animal, o que incluiu a apresenta��o de laudos de an�lise da mat�ria-prima, certificados de higieniza��o de linhas de equipamentos, nova sistem�tica de qualifica��o de fornecedores e apresenta��o dos fornecedores qualificados.
Ao longo das investiga��es, o Mapa determinou o recolhimento de produtos de seis empresas produtoras dos petiscos, entre elas:
- Bassar Ind�stria e Com�rcio LTDA;
- Peppy Pet Ind�stria e Com�rcio de Alimentos para Animais LTDA;
- Upper Dog Comercial LTDA;
- Petitos Ind e Com de Alimentos para Animais LTDA;
- Pet Mellon Ind�stria de Produtos para Alimenta��o Animal LTDA;
- FVO Brasileira Ind�stria e Com�rcio de Alimentos LTDA.
J� na lista das fornecedoras de propilenoglicol para as produtoras de petiscos, foram identificadas pelo Mapa as empresas:
- Tecnoclean Industrial LTDA;
- A&D Qu�mica Com�rcio Eireli;
- Atias Mihael Com�rcio de Produtos Qu�micos LTDA;
- Bella Donna Produtos Naturais LTDA;
- Saber Qu�mica Ind�stria e Com�rcio LTDA.
Acusa��es
Logo no in�cio das investiga��es, o Estado de Minas mostrou que as duas principais empresas envolvidas no fornecimento dos lotes de propilenoglicol contaminado �s fabricantes de alimentos animais trocaram acusa��es em rela��o � proced�ncia do qu�mico.
Na �poca, a Tecno Clean Industrial LTDA, empresa respons�vel por fornecer propilenoglicol supostamente contaminado com monoetilenoglicol � Bassar Pet Food, afirmou que a revendedora do produto, a A & D Qu�mica, com sede em Aruj�-SP, estava omitindo as informa��es aos �rg�os de investiga��o.
Em nota enviada � imprensa, a Tecno Clean afirmou que a empresa paulista tem “proferido inverdades” a respeito do que � vendido. “A declarante (Tecno Clean), diante das lament�veis ocorr�ncias, [...] tem se empenhado em busca da verdade, colaborando com as autoridades envolvidas n�o omitindo informa��es e/ou documentos, ao contr�rio da empresa A&D Qu�mica, que lhe vendeu o produto”, disse.
J� a A & D Qu�mica afirmou que seu cliente (Tecno Clean) teria comprado propilenoglicol destinado “exclusivamente” � fabrica��o de itens para higiene e limpeza, para serem revendidos como o qu�mico usado na ind�stria aliment�cia.
Investiga��es
A dois dias das primeiras den�ncias feitas � Pol�cia Civil de Minas Gerais completarem tr�s meses, as investiga��es da corpora��o est�o longe de serem conclu�das. Por meio de nota, a institui��o afirmou que o caso ainda tramita na Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, de Belo Horizonte.
“A PCMG aguarda a finaliza��o dos laudos periciais para a conclus�o do inqu�rito policial e refor�a a necessidade do registro de ocorr�ncia caso haja novos casos para que seja providenciada a devida apura��o. Mais informa��es ser�o repassadas ap�s a conclus�o do inqu�rito”, afirma.