
Com o in�cio das aulas marcado para o dia 6 de fevereiro, 48 professoras e 60 alunos da rede municipal de Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, anteciparam o retorno para participar do curso Docentes Mentalidades Matem�ticas (DoMM). Durante essa semana, discentes e docentes se envolveram em uma abordagem de ensino matem�tico que valoriza o visual e o criativo, sendo mais tolerante ao erro das crian�as.
Embasado pela neuroci�ncia, a metodologia foi adotada pela Secretaria de Educa��o de Vespasiano no in�cio de 2022. J� o programa foi desenvolvido pelo Centro de Estudos Youcubed, da Universidade de Stanford, e implantado no Brasil pelo Instituto Sidarta. No munic�pio da Grande BH, a a��o � uma realiza��o do Ita� Social em parceria com a prefeitura.
A presidente do Sidarta, Ya Jen Chang, destaca o aprendizado pr�tico do programa como forma de prepara��o das docentes. “O DoMM foi pensado justamente em aliar essa teoria e colocar isso em pr�tica com o feedback da comunidade de aprendizagem. A sala de aula � um ambiente muito solit�rio, ent�o esse modelo � mais rico pois ajuda a professora a progredir e estar melhor preparada”.
O programa ocorreu durante cinco dias, dividido em duas etapas di�rias. Na parte da manh�, as professoras tinham aulas com as formadoras do Sidarte. � tarde, alunos do 5º ano participavam de oficinas com os docentes para praticar o conte�do aprendido.
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A professora Adenilde Barbosa, que leciona para alunos do 1º ao 5º ano na Escola Municipal Senhor do Bomfim, falou sobre o aprendizado constante e a valoriza��o do erro.
“Quero multiplicar o conhecimento adquirido junto aos alunos para fazer a constru��o do aprendizado matem�tico. Todo mundo � capaz de aprender com esfor�o, e os erros s�o valiosos. Assim, conseguimos eliminar esse ‘bicho de sete cabe�as’ que muitos tinham medo”, ressaltou Adenilde, que j� havia marcado presen�a na edi��o de 2022.
Matem�tica Visual

Uma das atividades propostas no programa foi a “Conversa com Pontos”. Nela, os alunos observam um quadro por cinco segundos e devem contabilizar a quantidade de pontos desenhados. A regra geral � que n�o se pode contar um a um.
Algumas crian�as contaram 11 pontos, outras viram 12, e at� nove pontos. O resultado final n�o importava tanto, j� que pelo erro � poss�vel entender o racioc�nio de cada aluno.
Para Jo�o Pedro Cruz, de 9 anos, estudante da Escola Municipal Elza Maria Drummond Toledo, as atividades facilitaram o aprendizado da matem�tica. “D� para aprender mais f�cil coisas dif�ceis, isso � legal. � uma forma mais pr�tica”.
Para Jo�o Pedro Cruz, de 9 anos, estudante da Escola Municipal Elza Maria Drummond Toledo, as atividades facilitaram o aprendizado da matem�tica. “D� para aprender mais f�cil coisas dif�ceis, isso � legal. � uma forma mais pr�tica”.
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Roberta Gledsa, m�e do estudante, conta que o filho, por ser pessoa com defici�ncia (PCD), julgava-se incapaz na matem�tica. O projeto, contudo, abriu uma vis�o nova para o ensino. “No final ele inclusive me contou o desejo de que o programa se tornasse a sala de aula. Esse medo dele foi quebrado durante as aulas nessa semana”, completou.
Roberta Gledsa, m�e do estudante, conta que o filho, por ser pessoa com defici�ncia (PCD), julgava-se incapaz na matem�tica. O projeto, contudo, abriu uma vis�o nova para o ensino. “No final ele inclusive me contou o desejo de que o programa se tornasse a sala de aula. Esse medo dele foi quebrado durante as aulas nessa semana”, completou.
Capacita��o
Em evento junto ao Instituto Sidarta e ao Ita� Social, a prefeita de Vespasiano, Ilce Rocha (PSDB), exaltou o momento de aprendizagem dos professores. “Esse momento de capacitar � muito importante. Abra�ar cada oportunidade de crescimento � fundamental, principalmente na educa��o, que muda, transforma e leva um novo momento �s crian�as e jovens”.
J� a Secret�ria de Educa��o, La�s de Castro Brant, observou os impactos que o Mentalidades Matem�ticas tem causado nas salas de aula, onde a toler�ncia com o erro tem transformado a pr�tica.
“Os professores querem colocar o que aprenderam no plano de aula, fazendo atividades mais din�micas, levando crian�as para fora de sala e ambientes mais interativos, com o aluno sendo mais protagonista da aula. O aluno perde o medo de errar, porque ele entende que isso faz parte do percurso. � uma transforma��o muito grande na rotina das crian�as”.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Rafael Arruda