Motoristas relatam riscos e gastos multiplicados nas BRs que cortam Minas

Quem depende das BRs 381 e 262 diariamente, para trabalhar ou  cumprir outros compromissos rotineiros, convive com a inseguran�a e com o medo de passar por rodovias t�o prec�rias. Al�m do temor, preju�zos financeiros e perda de tempo s�o outros problemas citados pelos motoristas, como Juscelino Lopes, de 41 anos, que dirige �nibus no percurso entre as cidades de S�o Pedro e Manhua�u diariamente. “P�ssima, a BR est� osso, buraco demais. Para rodar est� complicado. � cansativo demais o trecho. Gasto duas horas de Manhua�u a S�o Pedro. Antes faz�amos o percurso com 50 minutos. � o dia todo, a� fica cansativo. O tr�nsito agarra demais, o carro quebra, fica na BR at� chegar o socorro”, reclama.

O motorista espera que a situa��o seja resolvida de forma efetiva. Segundo ele, as solu��es atuais s�o apenas paliativas. Ele teme que haja algum acidente mais s�rio em decorr�ncia da rodovia ruim. “Espero que melhore. Que arranquem e fa�am outra estrada. Tem que arrancar, porque todos os dias eles tapam buracos que se abrem de novo. Os carros desviam, carreta, caminh�o, e �s vezes jogam em cima da gente, a gente esbarra no meio-fio. Quando chove piora porque o cara v� o buraco e sai fora, a� joga em cima do �nibus, a tempo de bater de frente. O motociclista passa pela direita �s vezes.”

Morador de Jo�o Monlevade, Gilmar Ribeiro, de 52, � carreteiro e trabalha  tamb�m como motorista de aplicativo. Ele afirmou que falta manuten��o nas BRs 381 e 262 e que, por isso, evita sair � noite e em dias chuvosos. “S�o BRs complicadas, principalmente para n�s que estamos no tr�nsito dia a dia. Tem muitos buracos, falta de manuten��o, mato tampando as placas. D� muito preju�zo, quebra o carro, estoura pneu. Na �poca de chuva e � noite, a gente evita de rodar por causa dos acidentes”, disse Gilmar.

Segundo ele, � uma preocupa��o constante ter que enfrentar a BR-381. “D� inseguran�a. A fam�lia sabe que a gente est� na estrada, trabalhando, e fica preocupada. A gente sai e n�o sabe se volta. � uma roleta russa essa 381.

Juninho de Isa�as, de 38, � caminhoneiro e faz a rota de Lagoa da Prata at� o Esp�rito Santo e transita frequentemente pela BR-262. Com ve�culo pr�prio, ele afirmou que os gastos s�o alt�ssimos com manuten��o e reparos. Segundo o caminhoneiro, tem que ter muita f� para continuar trabalhando. "Est� feia a coisa. A 262 est� triste. J� quebrei a mola do caminh�o e estourei pneus de outros carros que tenho. Atrapalha a gente todo. � tempo, dinheiro, tudo. Fa�o a rota h� oito anos e a situa��o s� piorou. Tem que pegar com Deus o tempo todo, a estrada � muito perigosa.”

Gilberto Miranda da Silva, de 58, tamb�m � caminhoneiro e faz o trecho entre Belo Horizonte e Vit�ria constantemente, ele relatou que a condi��o das rodovias traz muitos transtornos para os motoristas. “� p�ssima. De Pequi� at� Jo�o Monlevade � o pior peda�o que tem. Ontem mesmo tinha uma cegonha agarrada em Pequi� no meio da pista e oito carros com pneus estourados por buracos. Manhua�u aqui, Deus me livre. Atrasa a viagem, causa acidentes”, contou.