(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas INVESTIGA��O

Pol�cia Civil ouve servidores investigados em caso de morte de escriv�

Delegado e investigador foram transferidos da delegacia de Caranda�, onde Rafaela Drumond trabalhava, para Conselheiro Lafaiete


29/06/2023 14:57 - atualizado 29/06/2023 15:59
432

Foto de Rafaela Drumond, uma jovem de cabelos compridos e lisos
Rafaela tirou a pr�pria vida em 9 de junho (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)
A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) ouviu, na manh� desta quinta-feira (29), servidores que trabalhavam com a escriv� Rafaela Drumond na Delegacia de Caranda�, na regi�o do Campo das Vertentes. A servidora tirou a pr�pria vida no dia 9 deste m�s, ap�s fazer den�ncias de que sofria ass�dio e persegui��o dentro da unidade policial.

Em nota, a institui��o informou que o procedimento faz parte da investiga��o e que mais informa��es ser�o divulgadas quando for poss�vel.


Nos �udios enviados por Rafaela para uma amiga, ela cita ter conversado com o delegado sobre as den�ncias de ass�dio, mas n�o teve apoio do superior. “N�o quis tomar provid�ncia porque ia me expor. Isso � Caranda�, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu s� n�o quero olhar na cara desse bo�al nunca mais”, disse a escriv�.
 
Rafaela diz ainda que foi aconselhada a deixar os problemas de lado, que deveria esquecer o que desagradasse. Conta ter sofrido o ass�dio sexual de um colega, em 2022. “Eu nem contei pra voc�s, porque, sabe, umas coisas que me desgastam. Quanto mais eu falo, mais a energia volta. Fiquei calada. Fiquei quieta na minha, achando que as coisas iriam melhorar. Eu n�o incomodo muita gente, mas, enfim, agora chega”, disse Rafaela.

Relembre o caso


Rafaela Drumond, de 31 anos, foi v�tima de suic�dio. Na sexta-feira (9), ela estava na casa dos pais, na cidade de Ant�nio Carlos, na regi�o do Campo das Vertentes, quando tirou a pr�pria vida.

A escriv� trabalhava em uma delegacia em Caranda�. Nos �ltimos meses, Rafaela teve mudan�as em sua personalidade, passando a ficar mais retra�da e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, ap�s uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de Delegada da institui��o. 

Semanas antes do ocorrido, Rafaela chegou a denunciar casos de ass�dio moral e sexual dentro da delegacia em que era lotada. Imagens e �udios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os ass�dios que sofria.

Ela tamb�m reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas. “Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)