
Al�m de discutir o caso da morte da escriv�, a reuni�o tamb�m iria debater a atual situa��o da sa�de mental dos servidores da Pol�cia Civil no estado.
Segundo o of�cio enviado pelo deputado estadual Sargento Rodrigues (PL-MG), a audi�ncia foi cancelada devido � aus�ncia da Secret�ria de Estado de Planejamento e Gest�o, Lu�sa Barreto. “� fundamental a presen�a da secret�ria de Estado de Planejamento e Gest�o, pois grande parte dos problemas vividos pelos servidores da Pol�cia Civil s�o decorrentes da falta de efetivo, da sobrecarga de trabalho e da falta de equipamentos para a devida presta��o do servi�o na Institui��o”.
Relembre o caso
No dia 9, ela estava na casa dos pais, na cidade de Ant�nio Carlos, na regi�o do Campo das Vertentes, quando tirou a pr�pria vida.
A escriv� trabalhava em uma delegacia em Caranda�. Nos �ltimos meses, Rafaela teve mudan�as em sua personalidade, passando a ficar mais retra�da e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, ap�s uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de Delegada da institui��o.
Semanas antes do ocorrido, Rafaela chegou a denunciar casos de ass�dio moral e sexual dentro da delegacia lotada. Imagens e �udios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os ass�dios que sofria. Ela tamb�m reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas.
“Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.
“Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.
A briga teria come�ado por causa de um pedido de mudan�a na escala de folgas, uma das principais reclama��es da escriv� enquanto trabalhava. “Ele falou que eu tinha cismado com isso, falando que ele tava de implic�ncia. Ele disse que eu n�o gosto de receber ordens. Mas n�o � isso, ele estava implicando por causa do carnaval”, disse.
Na �ltima quinta-feira, a Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil de Minas Gerais anunciou que tomou a frente da investiga��o “de forma exclusiva” sobre a morte de Rafaela. Com isso, tanto a presid�ncia do inqu�rito policial, quanto a apura��o do processo disciplinar do caso ser�o feitas pela sess�o. “A PCMG refor�a que as investiga��es continuar�o sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial.”
Desde que o caso veio � tona, um delegado e um investigador que teriam envolvimento nas situa��es narradas pela escriv� foram transferidos para outra delegacia da PCMG, em Conselheiro Lafaiete, tamb�m na Regi�o Central de Minas.