
Conforme o boletim de ocorr�ncia da Pol�cia Militar, numa inspe��o feita em 22 de maio, um funcion�rio da mineradora verificou que o equipamento se encontrava no “local onde normalmente fica guardado”, em condi��o de seguran�a. Mas, em nova inspe��o, um m�s depois, foi constatada a retirada das duas c�psulas com o C�sio 137, sendo iniciadas dilig�ncias internas pela empresa para a localiza��o do material.
Em refer�ncia a uma das c�psulas do material radioativo, no documento da PM, consta ter sido “realizada uma busca f�sica em toda �rea da empresa, que tem um total de 300 hectares e diversos pr�dios”, sem que o equipamento tenha sido localizado. No boletim de ocorr�ncia tamb�m consta que “a segunda fonte estava instalada numa tubula��o de muito dif�cil acesso”. Mesmo assim, o aparelho foi retirado do local.
CIDADE PACATA
Nazareno � uma cidade pacata de 8.179 mil habitantes, distante 51 quil�metros da hist�rica S�o Jo�o Del Rei e 113km de Barbacena, principal munic�pio da Regi�o do Campo das Vertentes. No fim da tarde de ontem, apesar do sumi�o das duas c�psulas C�sio 137 ter ganhado destaque na m�dia nacional, com �nfase aos riscos de contamina��o, Nazareno continuava sua vida tranquila, como revelou a dona de uma pousada na cidade, ouvida pelo Estado de Minas.
“N�o estou nem sabendo disso”, afirmou a comerciante, lembrando que a unidade de explora��o mineral da AMG (onde teria ocorrido o extravio do material radioativo) fica a cerca de 20 quil�metros da �rea urbana da cidade, no sentido S�o Tiago.
Uma outra moradora, que atua na �rea de inform�tica, diz ter tomado conhecimento do sumi�o do material radioativo, mas que pouco se inteirou sobre o caso, apesar de o assunto dominar as conversas na cidade. “Trabalhei o dia inteiro e quase n�o assisto � televis�o”, disse.
A mineradora AMG afirma que as fontes podem ser identificadas por seu formato e apar�ncia. "Elas s�o revestidas de a�o inoxid�vel e possuem uma blindagem interna de chumbo e uma externa de a�o inoxid�vel, resistente a impactos", explica. "Elas possuem uma atividade 275 mil vezes menor do que a de alguns aparelhos de radioterapia. No entanto, a AMG alerta que o manuseio inadequado por pessoas n�o autorizadas pode acarretar algum risco � sa�de", diz a empresa.