
Primeiro a dor, depois a ansiedade misturada � agonia. Esses os sentimentos experimentados por Aldair Drumond, pai da escriv� Rafaela Drumond, que tirou a pr�pria vida no �ltimo dia 9 de junho, ap�s denunciar casos de ass�dio moral e sexual, por parte do delegado chefe da Delegacia de Caranda�, no Campo das Vertentes.
Segundo o pai da escriv�, at� hoje, a Corregedoria de Pol�cia Civil de Minas Gerais n�o deu qualquer posi��o sobre a per�cia realizada no celular de sua filha.
“� um total descaso com a fam�lia de Rafaela. Nossa advogada, que a fam�lia contratou para acompanhar o caso, nos disse ontem (segunda-feira, 21/8) n�o ter qualquer informa��o sobre o andamento da per�cia e muito menos do caso. Existe, sim, uma grande falta de respeito”, diz Aldair.
Questionada sobre o andamento do caso, a Assessoria de Comunica��o da Pol�cia Civil afirma por meio de nota “prossegue sob sigilo, na Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil (CGPC), o inqu�rito policial instaurado para apurar as circunst�ncias da morte da escriv� de pol�cia Rafaela Drumond”.
A nota diz ainda que “a PCMG esclarece que os dados do telefone celular da servidora est�o sendo analisados pelo Instituto de Criminal�stica. Ap�s a finaliza��o do exame pericial, o laudo ser� encaminhado � Corregedoria Geral de Pol�cia Civil (CGPC). Os autos do inqu�rito foram judicializados e submetidos � an�lise do minist�rio p�blico. A investiga��o tramita estritamente dentro do prazo concedido pelo poder judici�rio. Outras informa��es ser�o repassadas ap�s a conclus�o do inqu�rito policial”.
Den�ncias contra investigador e delegado
O investigador Celso Trindade de Andrade, apontado pela fam�lia de Rafaela como um dos respons�veis pelo ass�dio que ela vinha sofrendo na delegacia, e o delegado Itamar Cl�udio Netto, que tinham sido denunciados pela escriv�, atrav�s de v�deos e mensagens de celular, de ass�dio moral e sexual durante o trabalho foram transferidos duas vezes de delegacias.
Primeiro, eles foram realocados na Delegacia Regional de Conselheiro Lafaiete. Posteriormente, menos de um m�s depois, foram novamente transferidos. O investigador foi realocado para Congonhas, e o delegado, para Belo Vale, todas as cidades na Regi�o Central de Minas.
O investigador, por�m, est� afastado gra�as a um atestado m�dico, obtido em meados de julho.