
O Senac explica que o im�vel passava por um processo de readequa��o, e seria reaberto para atender gratuitamente turmas do Programa Jovem Aprendiz. A institui��o se reuniu com l�deres da ocupa��o e autoridades do Executivo e Legislativo, e prop�s uma solu��o para as mais de 300 pessoas que est�o no im�vel: aux�lio-aluguel para moradia social, durante tr�s meses, cestas b�sicas e inser��o gratuita dessas pessoas em programas de qualifica��o profissional da rede.
A oferta foi negada e, de acordo com o Senac, as fam�lias deveriam continuar no local por 15 dias depois da reuni�o para que, depois, fosse organizada a retirada delas. A entidade esperava que os ocupantes sa�ssem de forma espont�nea do local, e comunica que “j� buscou os meios legais para a reintegra��o de posse do edif�cio, mas o caso foi enviado para an�lise da Comiss�o de Conflitos do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais”.
Entrave sem solu��o
No dia 31 de julho, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) recebeu uma notifica��o judicial enquanto esperava por uma rodada de negocia��es com o Senac.
A institui��o entrou com um pedido de urg�ncia na Justi�a de Minas Gerais tr�s dias depois de uma reuni�o com integrantes do MLB que durou cerca de seis horas. Al�m dos militantes e do Senac, tamb�m estiveram presentes representantes da Urbel, da Secretaria de Assist�ncia Social, do Minist�rio P�blico e da Defensoria P�blica.
Perfil da ocupa��o Maria do Arraial
O pr�dio de 10 andares na Rua da Bahia, no Centro de BH, abriga mais de 300 pessoas, sendo 250 fam�lias, desde 28 de julho. Quem ocupa o im�vel s�o pessoas que foram despejadas por n�o conseguir pagar aluguel de suas moradias, gente que mora de favor, pessoas em situa��o de rua e moradores de �reas de risco.
O nome Maria do Arraial homenageia uma senhora que morava onde � o Pal�cio da Liberdade hoje, e teria sido a primeira mulher a resistir a despejos. O movimento tem o objetivo de cumprir a fun��o social de im�veis inutilizados em Belo Horizonte. De acordo com o MLB, existem 107 mil im�veis vazios e quase 9 mil pessoas morando na rua na capital mineira.