
O premi� italiano disse que deu � jovem marroquina Karima El-Mahroug ("Ruby Rouba-Cpra��es") dinheiro para comprar um equipamento de depila��o a laser, o que teria dado a ela a oportunidade de entrar como s�cia em um neg�cio.
“Dei a ela a possibilidade de entrar num centro de est�tica por 45 mil euros (cerca de R$ 107 mil). No entanto ela declarou que eram 60 mil euros (aproximadamente R$ 138 mil)”, afirmou Berlusconi.
“Autorizei que lhe dessem este dinheiro para evitar que ela passasse qualquer necessidade e para que n�o fosse obrigada a se prostituir”, disse.
O premi� tamb�m rebateu a acusa��o de ter mantido rela��es sexuais com Karima, afirmando que a pr�pria jovem, conhecida na It�lia como Ruby, desmentiu estas afirma��es sob juramento.
Grampos
O primeiro-ministro italiano, de 74 anos, � acusado de ter mantido rela��es sexuais com Ruby enquanto ela era menor de idade entre setembro de 2009 e maio de 2010.
Karima teria participando de festas er�ticas, chamadas de “bunga bunga”, na resid�ncia do premi� na cidade de Mil�o (norte da It�lia), juntamente com outras jovens. Algumas delas eram brasileiras.
No processo, a promotoria se baseia, entre outros documentos, em escutas de telefones do premi� e dos de algumas mo�as que participavam das festas.
Na avalia��o de Berlusconi, os grampos n�o podem ser usados como prova porque s�o manipul�veis e nem sempre retratam a realidade.
“Quando se fala ao telefone de madrugada, estamos numa zona on�rica mais do que real”, disse.
Berlusconi tamb�m � acusado de abuso de poder por ter telefonado para a Secretaria de Seguran�a de Mil�o, em maio de 2010, pedindo que a pol�cia soltasse Ruby, presa numa delegacia da cidade ap�s ter cometido um furto. Ele disse �s autoridades locais que Ruby era sobrinha do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak.
“N�o existe abuso algum de poder, pedi informa��es preocupado por um poss�vel incidente diplom�tico”, rebateu Berlusconi.
Fraude fiscal
Berlusconi fez as declara��es antes de entrar em um tribunal em Mil�o onde participou de uma audi�ncia de um outro processo em que responde, juntamente com outras 11 pessoas, � acusa��o de fraude fiscal.
No chamado Caso Mediaset, os acusados, segundo a promotoria, teriam montado um sistema para inflar os pre�os dos direitos de filmes que seriam transmitidos pelas emissoras de TV que pertencem � fam�lia de Silvio Berlusconi.
A diferen�a entre o pre�o normal e o pre�o inflado teria sido enviada para um caixa dois do grupo em para�sos fiscais.
Segundo Silvio Berlusconi, estas acusa��es n�o tem qualquer fundamento e seriam mais uma inven��o de “ju�zes que fazem pol�tica com processos midi�ticos”.