O mediador internacional para a S�ria, Lakhdar Brahimi, disse nesta quinta-feira que n�o planeja voltar a Damasco, e deu uma resposta cautelosa � oferta de um l�der da oposi��o de realizar o di�logo com representantes do governo s�rio.
"� digno de destaque", disse Brahimi sobre uma declara��o do l�der da oposi��o Ahmed Moaz al-Khatib de que estava "pronto para discuss�es diretas" fora da S�ria.Por�m, o emiss�rio das Na��es Unidas e da Liga �rabe na S�ria afirmou que a rea��o do governo e de outros representantes da oposi��o � crucial.
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, tamb�m deu as boas vindas � oferta de Khatib e destacou que o n�vel do conflito j� � "intoler�vel".J� o Conselho Nacional S�rio (CNS), que re�ne os grupos opositores, informou, nesta quinta-feira, em um comunicado que "qualquer negocia��o ou di�logo deve ser sobre a sa�da do regime e seus pilares".
Brahimi e os enviados diplom�ticos assinalaram que Khatib estabeleceu importantes condi��es para a negocia��o, como a liberta��o de 160.000 detidos pelas for�as do governo do presidente Bashar al-Assad.Em meio a previs�es pessimistas sobre uma poss�vel sa�da negociada do conflito, que dura 22 meses, Brahimi disse que n�o retornar� � S�ria a menos que se modifique o curso dos acontecimentos.
"Se eu for � S�ria, ser� porque tenho necessidade de fazer algo l�", disse ao servi�o de informa��o da ONU.Brahimi pediu na ter�a que o Conselho de Seguran�a aja para p�r fim aos "n�veis de horror sem precedentes" na guerra civil desse pa�s que j� tirou mais de 60.000 vidas.
"Nossos esfor�os para estabelecer negocia��es n�o foram muito bem sucedidos. Mas as campanhas militares tamb�m n�o tiverem muito �xito para p�r fim ao conflito", afirmou � ag�ncia de not�cias da ONU."Ningu�m disse que seria f�cil. Mas talvez negociar seja melhor do que matar uns aos outros".
Brahimi fez um novo apelo ao Conselho de Seguran�a para que se una e se baseie na declara��o estabelecida pelas pot�ncias em Genebra, no dia 30 de junho, para exigir uma transi��o pol�tica.A declara��o -aceita pela R�ssia, que bloqueou tr�s resolu��es do Conselho de Seguran�a sobre a S�ria, e pelos Estados Unidos- pede a forma��o de um governo de transi��o com plenos poderes executivos.