
O Vaticano divulgou hoje (15) um comunicado desmentindo as informa��es de que o papa Francisco foi conivente com os crimes cometidos durante a ditadura na Argentina (1966-1973). O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que as informa��es s�o origin�rias de uma “campanha difamat�ria” e com “uma forte carga ideol�gica”.
Segundo Lombardi, h� provas que mostram o quanto o papa fez em defesa das v�timas da ditadura na Argentina. “Existem v�rias provas que mostram o quanto ele fez para proteger muitas pessoas”, disse. “As acusa��es v�m de elementos anticlericais para atacar a Igreja e devem ser refutadas.”
Na Argentina, organiza��es de direitos humanos divulgaram informa��es de que o papa Francisco invocou o direito, existente na legisla��o argentina, de se recusar a depor em tribunais que julgavam torturas e assassinatos cometidos dentro da Escola de Mec�nica da Marinha (Esma).
O jornal argentino Clar�n informou que o papa, ao contr�rio do que afirmam algumas organiza��es de direitos humanos, assumiu riscos para salvar os que lutavam contra a ditadura. Detalhes sobre a vida do atual papa foram publicadas em uma biografia oficial intitulada O Jesu�ta.
O presidente da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, negou ontem (14) que o papa Francisco tenha sido omisso ou conivente com a ditadura na Argentina.
Dom Raymundo disse ter convivido com o papa Francisco e ter participado de v�rios eventos nos quais ele estava presente, inclusive uma reuni�o de bispos latino-americanos, em Aparecida do Norte (SP). “Essa vers�o certamente n�o coaduna com a verdade”, disse dom Raymundo. “Ele � um verdadeiro pastor, um homem de solidariedade.” O arcebispo brasileiro ressaltou que o momento � de olhar o papa “daqui para frente”.