
Castro aceitou um acordo com a acusa��o. Se for aprovado pelo juiz, ele ser� enviado para pris�o perp�tua sem op��o de liberdade condicional, evitando a pena de morte.
"Voc� compreende, sr. Castro, que ao dar esta declara��o, voc� nunca mais deixar� a pris�o?", perguntou o juiz a Ariel
Castro, que compareceu com a tradicional roupa laranja dos prisioneiros, de �culos e com a barba por fazer. "Sim, eu entendo", respondeu o ex-motorista de �nibus.
"Acredita que h� alguma raz�o, alguma esperan�a, de que saia da pris�o antes de sua morte?", insistiu o juiz. "N�o, n�o acredito". "Voc� n�o sair� nunca, isso est� claro?", voltou a perguntar, ouvindo "sim" como resposta de Castro.
Se o acordo feito entre Castro e a acusa��o for validado pelo juiz, nenhum julgamento vai ocorrer e suas v�timas n�o precisar�o testemunhar.
Durante a audi�ncia, Castro confessou que sofreu abuso sexual na inf�ncia: "Eu tamb�m fui uma v�tima quando era crian�a".
Ele enfrentaria a pena de morte, se fosse declarado culpado de homic�dio agravado por ter provocado abortos em uma de suas v�timas ao espanc�-la e n�o aliment�-la. Esse crime � considerado capital no estado de Ohio, do qual Cleveland faz parte, se ocorrer durante um sequestro.
Ao todo, h� 977 acusa��es contra Ariel Castro, das quais 937 continuam pendentes dentro do acordo alcan�ado nesta sexta.
Castro foi preso em 6 de maio depois que Amanda Berry, de 27 anos, conseguiu escapar de sua casa com a filha ap�s chamar a aten��o de um vizinho.
Depois, a pol�cia encontrou outras duas ref�ns na resid�ncia: Gina DeJesus, de 23 anos, e Michelle Knight, de 32. As tr�s mulheres foram raptadas em momentos diferentes em 2002, 2003 e 2004.
Hoje, Castro disse n�o entender algumas das acusa��es, devido a problemas psicol�gicos relacionados ao que ele classificou como um "v�cio em pornografia".
"H� algumas coisas que eu tenho, que eu n�o compreendo, devido ao meu problema sexual ao longo dos anos", afirmou, ao ser perguntado sobre se seus advogados haviam lhe explicado as acusa��es em profundidade.
O juiz explicou que Ariel ter� a oportunidade de se referir a esses temas na audi�ncia da senten�a e insistiu em que, ao assinar o acordo de culpabilidade, ele aceitar� que nunca mais ser� solto.
Castro afirmou, ent�o, que renunciava a qualquer direito a uma apela��o futura, ou a uma impugna��o da senten�a, acrescentando que sua casa ser� demolida, e seus pertences, abandonados.
Espera-se o an�ncio de uma senten�a formal na audi�ncia de 1o de agosto, quando Castro e suas v�timas poder�o estar presentes no tribunal, se quiserem.