Irm� Dulce � canonizada pelo papa Francisco no Vaticano

O papa Francisco canonizou neste domingo, na Bas�lica de S�o Pedro, a Irm� Dulce, a primeira santa nascida no Brasil em 1914. 

A nova santa brasileira, cujo nome verdadeiro era Maria Rita Lopes, foi proclamada santa diante de in�merosos bispos, religiosos e mission�rios de seu pa�s que atualmente participam no S�nodo para a defesa da Amaz�nia.

"Hoje agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que andaram com f� e agora os evocamos como intercessores", disse o Papa Francisco ante a multid�o reunida na pra�a. 

"Tr�s s�o religiosos e nos mostram que a vida consagrada � um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo", acrescentou.

Um enorme retrato da mission�ria, bem como dos outros quatro santos canonizados na cerim�nia deste domino, foi exposto em frente � fachada da bas�lica. 

A Irm� Dulce devotou sua vida a servir os mais necessitados e desenvolveu um trabalho social em sua terra natal, Bahia, onde fundou v�rios hospitais de caridade e uma rede de apoio social que dirigiu at� sua morte em 1992, aos 77 anos.

A nova santa alcan�a a gl�ria dos altares gra�as a duas curas inexplic�veis, de acordo com o processo de beatifica��o iniciado em 1999.

Ao "anjo da Bahia", como era chamada pelos que a viam nas ruas de Salvador com seu h�bito azul e branco, s�o atribu�dos dois milagres: ter estancado a hemorragia de uma mulher ap�s um parto e devolvido a vis�o de um homem que ficou cego durante 14 anos.

Sua canoniza��o, 27 anos ap�s sua morte, foi o terceiro processo mais r�pido da hist�ria, atr�s apenas do Papa Jo�o Paulo II (2014) e da madre Teresa de Calcut� (2016).

Candidata ao Nobel da Paz 

A freira conheceu o papa Jo�o Paulo II, com quem teve duas reuni�es em 1980 e em 1991, quando foi hospitalizada por problemas de sa�de em fun��o de uma doen�a pulmnar cr�nica. 

Seu humanismo e trabalho de caridade levaram o ent�o presidente do Brasil, Jos� Sarney, a candidat�-la em 1988 ao Pr�mio Nobel da Paz. 

Foi beatificada por Bento XVI em 2011 ap�s a verifica��o de um primeiro milagre, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano.

As outras novas santas  proclamadas por Francisco neste domingo s�o a italiana Giuseppina Vannini (Judith Adelaide Agata), fundadora das Filhas de S�o Camilo, que morreu em 1911; a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congrega��o das Irm�s da Sagrada Fam�lia, falecida em 1926, e a leiga su��a Margarita Bays, da Terceira Ordem de S�o Francisco de Assis, que morreu em 1879. 

S�o figuras emblem�ticas da igreja, assim como o cardeal brit�nico John Henry Newman, o primeiro santo ingl�s a n�o ser um m�rtir desde a Reforma. 

Newman, nascido em Londres em 1801, foi ordenado sacerdote da igreja anglicana, da qual foi pastor em Oxford. 

Por um longo tempo, ele foi um cr�tico da Igreja cat�lica, que chegou a acusar de heresia. 

No entanto, anos depois, em meados do s�culo XIX, ele se converteu ao catolicismo na Inglaterra.

Para a ocasi�o, o pr�ncipe Charles - que um dia dever� liderar a Igreja da Inglaterra - representou o Reino Unido.