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Estado de Minas AFEGANIST�O

Talib� permitir� que mulheres estudem, mas separadas dos homens

Ocidente acusa o regime talib� de querer negligenciar a educa��o


12/09/2021 11:43 - atualizado 13/09/2021 07:56

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(foto: AREF KARIMI / AFP)
Os talib�s permitir�o que as mulheres estudem na universidade, desde que o fa�am separadamente dos homens, confirmou neste domingo (12/9) o ministro do Ensino Superior do novo regime afeg�o.

"Nossos combatentes assumiram suas responsabilidades" ao reconquistar o poder, disse Abdul Baqui Haqqani em um coletiva de imprensa em Cabul, na qual destacou a import�ncia do sistema universit�rio.

O Ocidente acusa o regime talib� de querer negligenciar a educa��o.

"A partir de agora, a responsabilidade pela reconstru��o do pa�s cabe �s universidades. E estamos esperan�osos, porque o n�mero de universidades aumentou consideravelmente" em compara��o com a �poca do primeiro regime talib� (1996-2001), insistiu.

"Isso nos deixa otimistas para o futuro, para construir um Afeganist�o pr�spero e aut�nomo (...) Devemos fazer bom uso dessas universidades", acrescentou.

Ele tamb�m confirmou que o governo vai proibir as aulas mistas nas universidades, permitidas pelo governo deposto em meados de agosto.

"Isso n�o representa nenhum problema para n�s. S�o mu�ulmanos e v�o aceitar isso. Decidimos separar (homens e mulheres) porque as classes mistas s�o contr�rias aos princ�pios do Isl� e �s nossas tradi��es", disse.

Segundo ele, a educa��o mista foi imposta pelo governo pr�-Ocidente dos �ltimos 20 anos, apesar do fato das universidades solicitarem aulas separadas para mulheres e homens.

O novo governo talib� anunciou na semana passada que permitiria que as mulheres estudassem na universidade, sob condi��es estritas: usar v�u completo e em aulas separadas dos homens ou divididas por uma cortina se houver poucas meninas.

O an�ncio preocupa algumas universidades, que afirmam n�o ter meios materiais e financeiros para se adequar � separa��o por sexo e que isso pode estimular os alunos (frequentadores de turmas mistas) a deixar o pa�s para estudar no exterior.

Tamb�m preocupa a Unesco, que estimou na sexta-feira que o "imenso" progresso feito desde 2001 na educa��o no Afeganist�o est� em "perigo" com os talib�s e alertou para os riscos de uma "cat�strofe geracional" que poderia afetar o desenvolvimento do pa�s "por anos".

No s�bado, por�m, centenas de afeg�s vestidas com o v�u integral manifestaram em uma universidade de Cabul apoio ao Talib�.

Durante os anos em que esteve no poder (1996-2001), o Talib� suprimiu os direitos das mulheres afeg�s e restringiu suas liberdades mais simples, como estudar, trabalhar ou sair sozinhas.

Os afeg�os e a comunidade internacional esperam para ver como o novo governo definir� os padr�es que afetar�o as mulheres e sua vida em sociedade.

A sharia, lei isl�mica, foi aplicada com muito rigor entre 1996 e 2001.

Segundo os fundamentalistas isl�micos, agora as mulheres tamb�m poder�o trabalhar, mas respeitando os "princ�pios do Isl�", algo que pode ser interpretado de v�rias maneiras.


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