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Estado de Minas GLASGOW

COP26 chega a acordo para acelerar luta contra a mudan�a clim�tica; confira

Representantes de quase 200 pa�ses aprovaram neste s�bado (13) texto sem garantir o objetivo de limitar o aumento de temperatura mundial em 1,5� C


13/11/2021 17:45 - atualizado 13/11/2021 18:23

Presidente da COP26, o britânico Alok Sharma, é aplaudido após a leitura final do relatório da cúpula
Presidente da COP26, o brit�nico Alok Sharma, � aplaudido ap�s a leitura final do relat�rio da c�pula (foto: Paul ELLIS / AFP)
Os quase 200 pa�ses presentes na COP26 de Glasgow aprovaram neste s�bado (13) um texto para acelerar a luta contra a mudan�a clim�tica e esbo�ar as bases de um futuro financiamento do plano, mas sem garantir o objetivo de limitar o aumento de temperatura mundial em 1,5º C.

O Pacto de Glasgow pelo clima prop�e que os Estados membros apresentem em final de 2022 novos compromissos nacionais de corte nas emiss�es de gases de efeito estufa, tr�s anos antes do previsto, embora "levando em considera��o as diferentes circunst�ncias nacionais".

A aprova��o do acordo correu risco devido � oposi��o no �ltimo minuto de �ndia e China, contr�rias ao par�grafo sobre a necessidade de eliminar a depend�ncia do carv�o e ao fim dos subs�dios aos combust�veis f�sseis.

Com 24 horas de atraso em rela��o � agenda oficial, a COP26 aprovou um texto que possibilita consultas formais para criar fundos est�veis para a mitiga��o e a adapta��o e para estudar os pedidos de indeniza��es por danos e perdas dos pa�ses mais vulner�veis a m�dio prazo.

O documento n�o define uma data exata, nem valores. "O que este texto est� tentando fazer � tapar buracos e iniciar um processo", especialmente em rela��o �s finan�as para adapta��o, ou seja, para se precaver diante do que pode acontecer no futuro, explicou Helen Mountford, do World Resources Institute.

O texto "� t�mido, � fraco e a meta de 1,5ºC mal est� viva, mas d� um sinal de que a era do carv�o est� acabando. E isso � importante", reagiu Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace.

Com unhas e dentes 


Os pa�ses em desenvolvimento, os mais afetados pelo aquecimento global, brigaram at� o fim com unhas e dentes para garantir avan�os financeiros, com um resultado discreto.

As decis�es da COP exigem consenso, e Glasgow n�o foi exce��o, com negocia��es exaustivas at� o �ltimo minuto na mesma sala onde ocorreu a assembleia geral, com os delegados em p�, documento em m�os.

O enviado especial dos Estados Unidos, John Kerry, seu hom�logo chin�s, Xie Zhenhua, o vice-presidente da Comiss�o Europeia, Frans Timmermans, iam e vinham, pulavam de um grupo a outro, discutindo um esbo�o de texto que, ap�s os discursos, foi aceito praticamente por unanimidade, embora com duras cr�ticas da �ndia.

Aspectos pol�micos 


O pacto "urge os pa�ses desenvolvidos a no m�nimo duplicar suas contribui��es coletivas para a adapta��o dos pa�ses em desenvolvimento, com base os n�veis de 2019, at� 2025".

Os bancos multilaterais dever�o colaborar com a miss�o, e o texto tamb�m pede "pol�ticas inovadoras" para atrair capital privado.

Mas os pa�ses ricos n�o conseguiram regularizar os US$ 100 bilh�es anuais que os pa�ses vulner�veis supostamente tinham que receber desde 2020. E esse n�mero era apenas uma base.

O texto reconhece e "lamenta profundamente" esta situa��o, que necessita urgentemente ser corrigida at� 2025.

Os pa�ses em desenvolvimento querem que o dinheiro a receber a partir de agora seja, de um modo geral, compartilhado igualmente na mitiga��o das mudan�as clim�ticas (redu��o das emiss�es de gases de efeito estufa) e na adapta��o ao que est� por vir (por exemplo, por meio de represas, diques nas costas, etc.).

"Pela primeira vez, uma meta de financiamento para a adapta��o foi acordada", comemorou Gabriela Bucher, da Oxfam.

Alarmismo dos cientistas


As indeniza��es por perdas e danos s�o um cap�tulo especialmente pol�mico porque envolvem Estados, grandes multinacionais (como as petroleiras) e seguradoras.

O pacto "decide estabelecer o Di�logo de Glasgow (...) para discutir os preparativos para financiar atividades a fim de evitar, minimizar e reparar danos e perdas". Esse di�logo deve culminar em 2024.

Por fim, nos debates sobre os combust�veis f�sseis, que nunca foram denunciados explicitamente nos documentos oficiais dessas confer�ncias, o fim foi pol�mico.

O ministro indiano do Meio Ambiente, Bhupender Yadav, argumentou que as na��es menos industrializadas, com pouca responsabilidade hist�rica pelo aquecimento global, t�m "direito a sua parte justa do or�amento global de carbono e t�m direito ao uso respons�vel de combust�veis f�sseis".

"Como os pa�ses em desenvolvimento podem fazer promessas para eliminar os subs�dios ao carv�o e aos combust�veis f�sseis?", questionou.

Como proposto pela �ndia, o texto finalmente menciona a necessidade de acabar com os "subs�dios ineficientes para os combust�veis f�sseis", mas, novamente, com aten��o �s "circunst�ncias nacionais particulares".

Desde o Acordo de Paris de 2015, o alarmismo cresceu e o mundo segue rumo a uma situa��o "catastr�fica" caso n�o sejam adotadas medidas dr�sticas, insistem os cientistas.

O objetivo fixado em Paris h� seis anos era que o aumento da temperatura m�dia global n�o superasse +2 ºC, e de maneira ideal 1,5 ºC.


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