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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Ap�s COP26, cientistas cobram a��es r�pidas contra cat�strofe ambiental

Pacto de Glasgow n�o ser� suficiente para limitar aquecimento limitado a 1,5�C e especialistas pedem urg�ncia para diminuir emiss�es de gases poluentes


14/11/2021 15:56 - atualizado 14/11/2021 16:54

Uma foto tirada em 29 de outubro de 2021 mostra fumaça e vapor saindo da Maritsa East II, a maior usina térmica da Bulgária
Pr�xima confer�ncia para discutir a redu��o dos gases poluentes ser� em novembro de 2022, no Egito (foto: Nikolay Doychinov/AFP)

Ap�s o  acordo alcan�ado por quase 200 pa�ses no s�bado em Glasgow , agora o mundo deve atuar de maneira mais r�pida poss�vel para reduzir as emiss�es de gases do efeito estufa e afastar o cen�rio de aquecimento global "catastr�fico", advertem cientistas e e pol�ticos.

Depois de duas semanas de negocia��es e que precisaram de um prazo extra, quase todas as na��es do planeta concordaram com um compromisso para acelerar a luta contra o aumento da temperatura.

Mas, embora cada d�cimo de grau cent�grado adicional tenha consequ�ncias importantes, as decis�es do "Pacto de Glasgow" n�o resultar�o em um aquecimento limitado a 1,5°C na compara��o com a era pr�-industrial, a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris, que estabeleceu em 2015 as bases para a a��o clim�tica.

mesa com representantes da COp26 sobre um painel azul ao fundo no qual se lê Nações Unidas - Mudança Climática
Pacto de Glasgow foi o primeiro a condenar de forma mais expressiva "combust�veis f�sseis" e "carv�o" (foto: Paul Ellis/AFP)


"A cat�strofe clim�tica continua batendo em nossas portas", advertiu o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres. "Mantivemos + 1,5°C ao nosso alcance (...) mas o pulso est� fraco", declarou o presidente da COP26, o brit�nico Alok Sharma.

"As emiss�es mundiais devem diminuir, de forma imediata, rapidamente, com total urg�ncia", pois continuam aumentando, implorou Joeri Rogelj, do Imperial College de Londres, antes de destacar que "ci�ncia nunca esteve t�o presente nas decis�es de uma COP".

Fechar as centrais de carv�o

Glasgow, ber�o da revolu��o industrial alimentada por carv�o, ser� para sempre a cidade onde pela primeira vez no mais elevado n�vel, ap�s 26 confer�ncias, as palavras "combust�veis f�sseis" e "carv�o", que designam as principais causas do aquecimento global, foram condenadas em um documento.

O enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry (C) fala com a delegação japonesa antes de uma plenária durante a Conferência sobre Mudança Climática da ONU COP26 em Glasgow em 13 de novembro de 2021
O enviado dos EUA, John Kerry, disse que "sempre soubemos que Glasgow n�o era a linha de chegada" (foto: Ben Stansall/AFP)


"Isto acontece muito tarde, mas realmente � bem-vindo", afirmou Chris Littlecott, especialista em transi��o energ�tica do grupo de especialistas E3G. "Em 2021 vimos o fechamento da torneira para o financiamento do carv�o, a COP26 inaugurou um novo cap�tulo, o de acelerar o fechamento das centrais el�tricas a carv�o que ainda existem".

Incluir as palavras carv�o e petr�leo foi algo complicado. �ndia e China conseguiram no �ltimo momento atenuar ainda mais a frase da resolu��o, que cita a "redu��o" e n�o "sa�da" do carv�o, o que levou Alok Sharma, com l�grimas nos olhos, a pedir desculpas ao mundo.

Uma estação de energia movida a carvão expele fumaça em Datong, província de Shanxi, no norte da China, em 4 de novembro de 2021
China conseguiram, no �ltimo momento, atenuar ainda trecho no acordo da COP26 que cita a "redu��o" e n�o "sa�da" do carv�o (foto: Noel Celis/AFP)


O primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson,  declarou neste domingo que sua "alegria" pelos avan�os alcan�ados estava "manchada de decep��o" .

A mudan�a da China aconteceu depois que o pa�s anunciou na quarta-feira um acordo surpreendente com os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases do efeito estufa, atr�s apenas do gigante asi�tico.

O presidente americano Joe Biden, que no in�cio da COP criticou o colega chin�s, Xi Jinping, por sua aus�ncia em Glasgow, ter� uma videoconfer�ncia com este na segunda-feira.

Neste domingo, Sharma declarou � BBC que China e �ndia ter�o que apresentar "explica��es" por esta decis�o.

"Sofrimentos indescrit�veis"

"Pequim deve, no futuro pr�ximo, cumprir com as promessas do acordo clim�tico de Glasgow e fixar uma data para acabar com o uso de carv�o em seu territ�rio", de acordo com Byford Tsang, da E3G.

"A maneira como os pa�ses estabelecer�o uma nova coopera��o para alcan�ar a��es mais r�pidas nos pr�ximos 12 meses ser� o verdadeiro teste de aprova��o de Glasgow", resume a E3G, que tamb�m recorda outras promessas da COP26 a respeito da redu��o das emiss�es de metano - poderoso g�s de efeito estufa -, do desmatamento ou financiamento das energias f�sseis.

"Incentivo aqueles que t�m responsabilidades pol�ticas e econ�micas a atuar de maneira imediata, com coragem e com vis�o de futuro", afirmou o papa Francisco neste domingo ap�s a tradicional ora��o do Angelus, em uma refer�ncia � COP26.


Para mais v�deo explicativos como este, acesse nossa p�gina

"Se todos os pa�ses, em particular aqueles que s�o grandes emissores, se limitarem �s pol�ticas de pequenos passos e 'business as usual', condenar�o as atuais e futuras gera��es a viver em um mundo de sofrimentos e danos indescrit�veis", adverte a UCS (Union of Concerned Scientists).

Os sofrimentos j� afetam os pa�ses mais pobres, que s�o os menos respons�veis pelo aquecimento global mas que est�o na linha de frente em termos de impacto, e que batalharam em Glasgow para obter financiamento espec�fico para tentar reparar suas "perdas e danos".

Estas na��es finalmente cederam, de maneira relutante, e aceitaram prosseguir com o di�logo para que n�o perder os avan�os obtidos na luta contra o aquecimento global.

"Sempre soubemos que Glasgow n�o era a linha de chegada", afirmou o enviado americano para o Clima, John Kerry.

Doze meses "separam" Esc�cia e Egito, onde acontecer� a 27ª Confer�ncia das Partes da Conven��o das Na��es Unidas sobre o Clima (COP27).


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