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Estado de Minas TENS�O NO LESTE EUROPEU

R�ssia busca aliados na Am�rica Latina em plena ofensiva militar na Ucr�nia

Somente Cuba, Venezuela e Nicar�gua n�o deram �s costas � R�ssia na invas�o da Ucr�nia


25/02/2022 13:38 - atualizado 25/02/2022 18:08

Rússia
Tropas russas invadiram a Ucr�nia nesta quinta-feira (24/2) (foto: Reuters/Reprodu��o )
Com exce��o de Cuba, Venezuela e Nicar�gua, a Am�rica Latina deu as costas � R�ssia na invas�o da Ucr�nia, mas Moscou pode ter uma carta na manga e surpreender com uma provoca��o "simb�lica" na regi�o para desafiar os Estados Unidos.


Ultimamente, mesmo quando os tambores da guerra j� eram ouvidos na Ucr�nia, a R�ssia vinha fazendo um fren�tico deslocamento diplom�tico pela Am�rica Latina, zona de influ�ncia dos Estados Unidos, em busca de aliados.

Leia: Por que a R�ssia invadiu a Ucr�nia?

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o presidente Jair Bolsonaro em Moscou, onde j� havia se encontrado com o argentino Alberto Fern�ndez, que at� lhe ofereceu que seu pa�s fosse uma "porta de entrada para a Am�rica Latina".

Leia: Veja pa�ses que apoiam R�ssia no conflito com Ucr�nia

Mas assim que os tanques entraram na Ucr�nia na quinta-feira, ambos rejeitaram o uso da for�a armada, assim como a maioria dos pa�ses da regi�o.

Michael Shifter, presidente do 'think tank' Inter-American Dialogue, n�o est� surpreso. "A rela��o comercial com a R�ssia � muito limitada e o risco de se alinhar a ela n�o vale o benef�cio", disse ele � AFP.

Putin tem tr�s aliados na regi�o - Cuba, Venezuela e Nicar�gua - que o apoiaram mais do que qualquer coisa "por interesses ideol�gicos e transacionais", diz Christopher Sabatini, pesquisador do 'think tank' Chatham House.

No mesmo dia em que come�ou a invas�o da Ucr�nia, uma delega��o oficial russa, chefiada pelo presidente da C�mara Baixa do Parlamento, Viacheslav Volodin, chegou � Nicar�gua para se encontrar com o presidente Daniel Ortega, que uma semana antes havia discutido quest�es econ�micas e militares com o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov.

 

"C�o que ladra n�o morde" 


A R�ssia, que h� um m�s amea�ou uma mobiliza��o militar em Cuba e na Venezuela, busca fortalecer "suas amizades para mostrar que n�o est� isolada internacionalmente e complicar a posi��o estrat�gica dos Estados Unidos, projetando uma amea�a na regi�o", explica Evan Ellis, professor de Estudos Latino-Americanos do Instituto de Estudos Estrat�gicos do Col�gio de Guerra do Ex�rcito dos Estados Unidos.

Para Ellis, "� muito prov�vel" que o Kremlin fa�a algo simb�lico, porque j� foi dito muitas vezes.

Mas o especialista afirma que "c�o que ladra n�o morde", considerando "algo improvisado, com a finalidade de projetar uma amea�a, mais do que substancial ou bem planejada".

"Algum tipo de provoca��o militar limitada ou a assinatura de um acordo para mostrar sua capacidade de se projetar militarmente na regi�o", explica.

A sangrenta ofensiva militar na Ucr�nia imp�s � R�ssia uma bateria de san��es para infligir danos econ�micos "imediatamente e a longo prazo", nas palavras do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Com uma economia sob san��es que est�o afetando severamente suas exporta��es de petr�leo e sistema financeiro, "a R�ssia provavelmente n�o ter� recursos ou capacidade log�stica para sustentar uma presen�a militar significativa" nas Am�ricas, diz Ellis.

 

China � espreita


Nos �ltimos anos, a Am�rica Latina se fragmentou mais politicamente, o que torna "mais diversificadas as rela��es n�o apenas com a R�ssia, mas tamb�m com a China", diz Sabatini. E a nova guerra "por� � prova esses novos relacionamentos".

Os Estados Unidos, cujas rela��es com a R�ssia e a China vivem seus piores momentos, se equilibram para fortalecer os la�os na regi�o e ao mesmo tempo combater a corrup��o em alguns pa�ses, especialmente na Am�rica Central, de onde chegam ondas de imigrantes fugindo da mis�ria e que buscam um futuro melhor.

O aumento dos pre�os do trigo, que est�o batendo recordes nunca vistos desde 2008, e dos pre�os do petr�leo como resultado da guerra na Ucr�nia ser�o especialmente percept�veis nesses pa�ses da Am�rica Central e do Caribe.

"Para eles, a escassez provavelmente significar� um aumento cr�tico nos pre�os de importa��o e o risco de aumento do descontentamento popular", alerta Sabatini.

A R�ssia depender� mais economicamente da China, que tem objetivos de longo prazo na Am�rica Latina, "como substituir os Estados Unidos como principal parceiro econ�mico", diz Shifter.

Nesta guerra, Pequim "manter� uma posi��o bastante neutra e examinar� o que seus rivais est�o fazendo", acrescenta. "Acompanhar� de perto a evolu��o desta crise para aproveitar qualquer fraqueza dos Estados Unidos para expandir sua pr�pria influ�ncia na regi�o, que precisa de muito apoio econ�mico".

Veja as imagens do primeiro dia de conflito 



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