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Estado de Minas Conflito

Entenda as consequ�ncias da exclus�o da R�ssia da rede Swift

Pot�ncias ocidentais banem bancos russos do maior sistema de pagamentos internacional. O pa�s � o segundo no ranking de usu�rios na plataforma


27/02/2022 08:29


Pedestres passam por uma placa que exibe uma imagem do presidente russo Vladimir Putin e uma citação de seu recente discurso à nação: 'Não tivemos outra chance a não ser agir de maneira diferente' em São Petersburgo
Pedestres passam por uma placa que exibe uma imagem do presidente russo Vladimir Putin e uma cita��o de seu recente discurso � na��o: "N�o tivemos outra chance a n�o ser agir de maneira diferente" em S�o Petersburgo (foto: Sergei Mikhailichenko/AFP)
 
As pot�ncias ocidentais v�o banir um seleto grupo de bancos russos da rede Swift, uma importante art�ria do sistema financeiro internacional. Desde quinta-feira, os Estados Unidos defendiam a medida, mas a Alemanha, forte dependente da importa��o de g�s da R�ssia, resistia. Na noite de ontem, o porta-voz do governo alem�o, Steffen Hebestreit, anunciou a anu�ncia do pa�s, que se juntou a EUA, Canad�, Fran�a, It�lia, Gr�-Bretanha e Comiss�o Europeia (CE).
 
Da B�lgica, a presidente da CE, Ursula von der Leyen, disse que "o mundo est� mais determinado do que nunca a isolar a R�ssia economicamente". Segundo ela, as san��es, planejadas em Bruxelas, s�o necess�rias porque o ex�rcito russo est� "cometendo atos b�rbaros" e, em consequ�ncia, os aliados ocidentais v�o "impor o pre�o mais alto poss�vel por essas agress�es, e isolar ainda mais o pa�s do sistema financeiro e econ�mico internacional".

Criada em Bruxelas em 1973, a rede Swift (sigla de Sociedade de Telecomunica��o Financeira Mundial) n�o movimenta dinheiro, mas � como uma "rede social" banc�ria. Por meio dela, milhares de institui��es financeiras em mais de 200 pa�ses trocam informa��es sobre pagamentos, facilitando as transfer�ncias mundo afora. Em m�dia, s�o 42 milh�es de mensagens mandadas diariamente, sendo que metade dos pagamentos de valores altos que atravessam fronteiras passam por ela. Cerca de 300 bancos e organiza��es russas usam o sistema — a R�ssia � o segundo no ranking de usu�rios da plataforma, atr�s dos EUA. 

Espinha dorsal

A remo��o de Moscou da Swift seria como cortar a internet de um pa�s. "Imagine todas essas organiza��es que operam on-line. Elas t�m seus clientes, para os quais enviam informa��es e realizam transa��es. De repente, ficam com acesso zero a essa infraestrutura", explicou Markos Zachariadis, especialista em tecnologia financeira da Universidade de Manchester, na Inglaterra, citado pela rede CBS. "Voc� pode pensar na Swift como a espinha dorsal do setor de servi�os financeiros. � a infraestrutura mais influente que temos em termos de volume e valor de dinheiro movimentado ao redor do mundo."

Banir os bancos da plataforma n�o � apenas um "castigo" para Moscou. Ao mexer com as finan�as do pa�s, o objetivo das pot�ncias ocidentais � limitar a capacidade de Vladimir Putin de financiar a m�quina de guerra. Al�m disso, as movimenta��es da oligarquia russa ficariam muito reduzidas, provocando uma eros�o na economia, explicou von der Leyen. A presidente da Comiss�o Europeia disse que Putin quer destruir a Ucr�nia, "mas, ao faz�-lo, est� tamb�m destruindo o futuro de seu pr�prio pa�s".

Segundo o governo alem�o, os pa�ses tamb�m decidiram restringir as possibilidades de o Banco Central vincular a taxa de c�mbio do rublo �s transa��es financeiras internacionais. As san��es v�o atingir n�o apenas o Kremlin, mas indiv�duos e entidades russas que apoiarem a guerra contra a Ucr�nia. Outra medida acordada foi negar cidadania europeia para oligarcas aliados de Putin.

Na sexta-feira, a Uni�o Europeia e o Reino Unido j� haviam anunciado o bloqueio dos bens de Putin e Sergey Lavrov, ministro das Rela��es Exteriores da R�ssia. Todos os membros da c�mara baixa do parlamento do pa�s, a Duma, foram inclu�dos na lista de personae non gratae da UE, assim como 26 homens de neg�cio. O Canad� decidiu punir 58 oligarcas e institui��es russas, enquanto o Jap�o determinou o congelamento de ativos e a suspens�o de emiss�o de vistos para pessoas e organiza��es do pa�s, assim como o bloqueio de bens e institui��es financeiras.

As san��es apoiadas pela Europa, por�m, n�o sair�o sem um custo para os pr�prios pa�ses que a defendem, porque muitas na��es do continente dependem da R�ssia para importa��o de g�s. Por isso, a Fran�a, que est� na presid�ncia rotativa do Conselho da Uni�o Europeia, anunciou a realiza��o de uma reuni�o extraordin�ria do conselho de ministros europeus encarregados da energia, amanh�, em Bruxelas.



 

 


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