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Estado de Minas WASHINGTON

Senado dos EUA discute nomea��o da primeira mulher negra para Suprema Corte

Jackson foi indicada para substituir outro juiz liberal, Stephen Breyer, que se aposentou aos 83 anos


21/03/2022 17:22 - atualizado 21/03/2022 17:22

Ainda assim, vários parlamentares republicanos criticaram Biden por cumprir sua promessa eleitoral de escolher uma mulher negra para a Suprema Corte
Ainda assim, v�rios parlamentares republicanos criticaram Biden por cumprir sua promessa eleitoral de escolher uma mulher negra para a Suprema Corte (foto: MANDEL NGAN / AFP )
O Senado dos Estados Unidos come�ou a discutir nesta segunda-feira (21) a nomea��o hist�rica da ju�za negra Ketanji Brown Jackson � Suprema Corte, com os democratas tentando torn�-la mais discreta e os republicanos dispostos a fazer perguntas incisivas.

O Comit� Judici�rio do Senado realizar� quatro dias de audi�ncias de confirma��o, a partir desta segunda-feira, para a jurista de 51 anos, indicada pelo presidente Joe Biden que, pouco antes do in�cio, publicou um tu�te no qual destacou sua mente "brilhante" e seu "grande car�ter e integridade".

"Ela merece ser confirmada como a pr�xima ju�za da Suprema Corte", acrescentou.

"Pe�o aos membros deste comit� que, no in�cio deste processo hist�rico de confirma��o, considerem como a hist�ria julgar� cada senador", disse por sua vez o presidente do Comit� Judicial do Senado, Dick Durbin, durante a abertura.

Apesar de seu talento, "os membros da Corte nunca representaram a na��o a que servem", afirmou, acrescentando que, entre os 115 ju�zes, contou apenas com dois homens negros e cinco mulheres, nenhuma delas negra.

"Voc� poderia ser a primeira e nunca � f�cil ser a primeira. Muitas vezes ter� que ser a melhor, �s vezes a mais corajosa", acrescentou, agradecendo-a por "enfrentar" essas audi�ncias marat�nicas, nas quais a ju�za chegou sorridente e aparentemente tranquila.

"Devido � dimens�o hist�rica da foto (...), ser�amos racistas se fiz�ssemos perguntas dif�cies", mas "estamos acostumados", reagiu o senador republicano Lindsey Graham. O debate ser� "respeitoso", "n�o montaremos um espet�culo, mas faremos perguntas contundentes", disse.

As audi�ncias no Senado para os indicados � Suprema Corte se tornaram um campo de batalha partid�rio nos �ltimos anos, entre republicanos e democratas.

"Al�m disso, muitos desses assuntos s�o problemas sociais candentes que movem votos ou motivam os eleitores", como o aborto e o direito �s armas, explicou Larry Sabato, diretor do Centro de Pol�tica da Universidade de Virg�nia, � AFP.

Jackson foi indicada para substituir outro juiz liberal, Stephen Breyer, que se aposentou aos 83 anos.

Sua confirma��o, estima Sabato, n�o mudar� completamente a composi��o da corte, dominada por uma maioria conservadora de 6 a 3.

Os democratas, com uma pequena vantagem, t�m os votos para confirmar Jackson, jurista formada pela renomada Universidade de Harvard, que atuou como defensora p�blica federal para clientes desfavorecidos.

O Senado, formado por 100 membros, est� dividido em 50-50 entre democratas e republicanos. A vice-presidente democrata Kamala Harris tem o voto de minerva.

Mas as credenciais de Jackson parecem abrir o caminho, apesar das disputas partid�rias, segundo o analista.

At� senadores republicanos moderados votaram h� apenas um ano para confirmar a indica��o de Jackson ao Tribunal de Apela��es do Circuito dos Estados Unidos.

Ainda assim, v�rios parlamentares republicanos criticaram Biden por cumprir sua promessa eleitoral de escolher uma mulher negra para a Suprema Corte.

"J� que os democratas infelizmente tiveram algum sucesso ao tentar pintar os republicanos como racistas, pode ser mais dif�cil recusar uma jurista negra", afirmou a senadora republicana Susan Collins, do Maine.

Se a indica��o for confirmada, Jackson ser� a terceira pessoa afroamericana a servir na Suprema Corte, mas a primeira mulher negra.

Thurgood Marshall trabalhou na Corte entre 1967 e 1991 e foi sucedido por Clarence Thomas, que permanece no cargo. Thomas, de 73 anos, foi hospitalizado na sexta-feira com uma infec��o, mas deve sair do hospital em breve, anunciou a Suprema Corte em um breve comunicado.


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