
Para Naidenoff, o atentado � uma particularidade da situa��o argentina. � Folha, o senador diz que est� ciente das especula��es feitas no Brasil devido � nacionalidade do homem que atacou a vice-presidente, mas descarta outras liga��es com o cen�rio brasileiro. "O ambiente de confronta��o que permitiu o terr�vel incidente corresponde apenas � realidade local", afirma.
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"Sabemos que Bolsonaro vem fazendo declara��es contra o peronismo, mas da� a associar as atitudes do agressor ao bolsonarismo � precipitado e raso", diz Naidenoff.
Por tr�s da tentativa de disparo contra Cristina est�, segundo o senador, 'uma fric��o que tem como l�gica a identifica��o de inimigos". "Quando isso � somado � alta infla��o, uma situa��o de carestia profunda, de uma p�ssima administra��o da pandemia, abrimos espa�o para que algo assim aconte�a", em tom cr�tico ao governo de Alberto Fern�ndez.
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Assim como outros l�deres opositores, Naidenoff condenou o atentado, mas n�o est� de acordo com o fato de o presidente ter declarado feriado nacional nesta sexta-feira (2) nem convocado a milit�ncia para marchas e manifesta��es nas ruas de Buenos Aires.
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"N�s dever�amos todos estar de p� hoje e trabalhando, tanto opositores como governistas. O presidente se equivoca ao apontar inimigos como fez em cadeia nacional, acusando imprensa, Justi�a e opositores de insuflar o discurso de �dio", argumenta Naidenoff. "Em tempos como os que vivemos, � preciso chamar � modera��o e � cordura, e isso cabe � classe pol�tica, aos dirigentes antes de qualquer um".

O senador argentino descreve como lament�vel o sil�ncio p�blico de Bolsonaro enquanto v�rias lideran�as manifestaram empatia a Cristina Kirchner. "Isso corre por conta dele, mas acredito que, antes de mais nada, � preciso fazer um gesto de solidariedade, mostrar humanidade, nada pode vir antes disso. Depois fa�amos as cr�ticas pol�ticas".
