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Estado de Minas SA�DE

Com 10 mil mortes mensais, Portugal pede que OMS investigue situa��o

Nos �ltimos tr�s anos, Portugal anda registrando uma m�dia de 10 mil mortes mensais; A pandemia da COVID-19 n�o explica o n�mero, destacou o ministro da Sa�de


16/02/2023 20:32 - atualizado 16/02/2023 20:47

Imagem de igreja em Portugal
Ministro da Sa�de reconhece que Portugal � um pa�s envelhecido - 31% da popula��o tem 60 anos ou mais. Mas, no entender dele, nem mesmo isso explica o fato de o n�mero de mortes estar t�o elevado (foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)
N�o bastassem os problemas econ�micos e a crise pol�tica que sacode o governo do primeiro-ministro, Ant�nio Costa, Portugal est� tendo de lidar com um fen�meno preocupante: o excesso de mortes no pa�s. Em m�dia, nos tr�s �ltimos anos, os �bitos passaram de 10 mil por m�s, o que n�o se via h� mais de 100 anos, desde o surto de gripe espanhola. Segundo o ministro da Sa�de, Manuel Pizarro, nem mesmo a pandemia do novo coronav�rus explica os n�meros. Em 2022, foram 124.755 falecimentos (5,46% decorrentes da COVID-19), apenas 430 a menos que no ano anterior (125.185) e 1.035 a mais que em 2020 (123.720).

Na tentativa de encontrar explica��es plaus�veis para os dados, Pizarro fechou um acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para investigar o que est� acontecendo. O ministro reconhece que Portugal � um pa�s envelhecido — 31% da popula��o tem 60 anos ou mais. Mas, no entender dele, nem mesmo isso explica o fato de o n�mero de mortes estar t�o elevado, sobretudo com a medicina fazendo milagres e com medicamentos que prolongam a vida de muita gente. No caso de pacientes com c�ncer, por exemplo, mais de metade consegue se curar e h� pessoas que convivem por d�cadas com a doen�a.

Uma das desconfian�as do Minist�rio da Sa�de para as mortes n�o esperadas est� nas mudan�as clim�ticas, cujos efeitos ser�o sentidos com maior frequ�ncia nos pr�ximos anos. Pizarro chama a aten��o para um fato at�pico em Portugal: mortes provocadas pelo excesso de calor. O ver�o portugu�s foi escaldante, com a temperatura chegando a 47 graus em algumas regi�es. “At� ent�o registravam-se �bitos por causa do frio excessivo. Neste inverno, por exemplo, n�o houve nenhuma morte atribu�da ao frio”, assinala.

As casas portuguesas, especialmente as localizadas em �reas mais remotas, n�o est�o preparadas para suportar invernos muito rigorosos. N�o t�m processo de calefa��o, o que tamb�m ocorre em muitos apartamentos em Lisboa. Por isso, as mortes por frio, sobretudo de crian�as e idosos. Da mesma forma, o pa�s n�o sabe lidar com o calor excessivo, que, se ressalte, tem provocado terr�veis ondas de inc�ndio no pa�s europeu. Esse � outro problema com o qual Portugal est� aprendendo a conviver, e as falhas t�m sido muitas, com v�rias vidas perdidas.

Beb�s estrangeiros

Pelos c�lculos do Minist�rio da Sa�de, os dados preliminares de 2022 apontam que houve pelo menos 6 mil mortes n�o esperadas. Os n�meros s�o acompanhados em tempo real pelos t�cnicos da pasta, uma vez que os cart�rios s�o obrigados a comunicar todas as informa��es em um sistema eletr�nico integrado. A expectativa � de que a OMS aponte os resultados das investiga��es ainda no final do primeiro semestre do ano, de forma que o governo possa tomar as devidas provid�ncias para conter essa realidade desoladora.

“Tudo ser� verificado”, afirma Pizarro. “Da nossa parte, estamos revendo todas as causas de mortes de 2022”, acrescenta. Pelos dados do censo de 2021, Portugal tem pouco mais de 10 milh�es de habitantes. Ano ap�s ano, esse n�mero vem caindo. Por isso, o governo tem facilitado a entrada de estrangeiros no pa�s, como forma de incrementar a natalidade, com impactos econ�micos mais profundos a longo prazo. Nas contas do ministro da Sa�de, 12% dos beb�s nascidos em territ�rio luso s�o filhos de imigrantes.


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