
Quase 1.000 migrantes atravessaram ilegalmente a fronteira entre M�xico e Estados Unidos na quarta-feira (29), dois dias ap�s um inc�ndio em um centro de deten��o que matou 39 pessoas na mexicana Ciudad Ju�rez, informaram as autoridades americanas.
A patrulha de fronteira afirmou no Twitter que os migrantes, principalmente venezuelanos, chegaram a El Paso (Texas) e se entregaram aos guardas.
A for�a de seguran�a recordou, no entanto, que permanece em vigor a sua prerrogativa para expuls�-los com base no T�tulo 42, um dispositivo estabelecido pelo governo do ex-presidente Donald Trump que permite a expuls�o autom�tica de migrantes para evitar a propaga��o da covid-19.
Na pr�tica, esta norma virou uma medida anti-imigra��o, de acordo com v�rias ONGs.
"As fronteiras n�o est�o abertas e as pessoas n�o deveriam fazer esta viagem perigosa. Os migrantes que entram ilegalmente podem ser expulsos e repatriados", advertiu no Twitter o comandante da Patrulha de Fronteira, Raul Ortiz.
Os migrantes atravessaram a p� o Rio Bravo (Rio Grande, nos Estados Unidos), que marca a fronteira entre os dois pa�ses.
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Entre os migrantes circulou o boato de que o governo dos Estados Unidos estaria disposto a receb�-los por raz�es humanit�rias.
Durante a quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, mencionou vagamente a possibilidade de que os migrantes feridos no inc�ndio do dia 27 poderiam receber "atendimento m�dico nos Estados Unidos", ap�s contatos com funcion�rios mexicanos.
Na Cidade do M�xico, a secret�ria de Seguran�a, Rosa Icela Rodr�guez, agradeceu as autoridades americanas que "efetivamente ofereceram apoio".
"Mas que isto tenha sido aceito neste momento n�o est� muito claro para mim", acrescentou em uma entrevista coletiva.
No dia 13 de mar�o, centenas de migrantes, a maioria venezuelanos, tentaram sem sucesso atravessar uma ponte fronteiri�a em Ciudad Ju�rez.
Rodr�guez atualizou o balan�o do inc�ndio de segunda-feira, de 39 para 39 mortos. Tamb�m informou que seis feridos est�o em condi��o "extremamente grave", 10 em estado "grave" e nove em situa��o "delicada".
As autoridades mexicanas anunciaram uma investiga��o por "homic�dio". Tamb�m afirmaram que os migrantes atearam fogo a colch�es em protesto contra a poss�vel deporta��o.