
Ap�s dar um ultimato na madrugada desta sexta-feira (13/10, hor�rio de Bras�lia) para que palestinos na Faixa de Gaza deixassem o norte do territ�rio em 24h, o Ex�rcito de Israel reconheceu que a medida pode demorar. "Entendemos que isso tomar� tempo", afirmou o porta-voz almirante Daniel Hagari a rep�rteres, sugerindo que n�o h� um prazo como anunciado anteriormente.
Israel "vai continuar a operar com for�a significativa na cidade de Gaza e far� esfor�os para evitar ferir civis", disse o Ex�rcito israelense em comunicado para habitantes de Gaza.
Uma eventual invas�o de Israel havia sido criticada pela comunidade internacional. Poucas horas depois do an�ncio de Tel Aviv, as Na��es Unidas disseram considerar "imposs�vel que tal movimento ocorra sem consequ�ncias humanit�rias devastadoras".
"A ONU apela veementemente para que qualquer ordem desse tipo, se confirmada, seja revogada, evitando o que poderia transformar o que j� � uma trag�dia em uma situa��o calamitosa", afirmou em comunicado o porta-voz da ONU, St�phane Dujarric.
Nesta sexta, logo ap�s uma reuni�o do Conselho de Seguran�a, o ministro das Rela��es Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse que o pa�s concorda com a ONU e que o deslocamento for�ado em Gaza pode levar a n�veis de mis�ria sem precedentes para civis inocentes.
Ainda nesta sexta, o Minist�rio das Rela��es Exteriores do Egito alertou contra os apelos do ex�rcito israelense e disse que uma a��o do tipo teria s�rios impactos nas condi��es humanit�rias do enclave.
Um dia antes, o presidente eg�pcio, Abdel Fattah al-Sisi, disse que os palestinos deveriam "permanecer firmes e presentes em suas terras". O Egito faz fronteira com Gaza e teme que o conflito provoque uma onda de migra��o para seu territ�rio.
Ar�bia Saudita e Kuwait tamb�m criticam a retirada for�ada de palestinos do norte de Gaza. O Minist�rio das Rela��es Exteriores da Ar�bia Saudita disse em comunicado que rejeita "categoricamente os apelos ao deslocamento for�ado da popula��o palestina de Gaza e condena o cont�nuo bombardeio de civis indefesos" neste territ�rio.
O mesmo foi defendido pelo xeique Salem al-Sabah, ministro das Rela��es Exteriores do Kuwait, que diz � ag�ncia de not�cias estatal do Kuwait (KUNA) que a a��o � uma viola��o do direito internacional e humanit�rio.
J� os Estados Unidos, por meio de seu secret�rio de Estado, Antony Blinken, pediu a Israel que evitasse mortes civis na Faixa de Gaza. "Pedimos aos israelenses que tomem todas as precau��es poss�veis para evitar danos aos civis", declarou Blinken a jornalistas no Qatar.
"Reconhecemos que muitas fam�lias palestinas de Gaza sofrem sem ter culpa de alguma coisa e que civis palestinos perderam a vida", acrescentou, destacando que Israel tem o direito de se defender ap�s os ataques "inadmiss�veis" do Hamas. Blinken esteve em Tel Aviv na quinta, quando se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.