
A Assembleia Geral das Na��es Unidas aprovou uma resolu��o, na tarde de ontem, que pede uma tr�gua humanit�ria imediata entre Israel e o grupo extremista Hamas. No entanto, o texto aprovado � de car�ter recomendativo – os pa�ses envolvidos n�o s�o obrigados a aplicar a resolu��o. A medida foi aprovada com 120 votos favor�veis, 45 absten��es e 14 posicionamentos contr�rios – entre eles, dos Estados Unidos e de Israel.
A Assembleia da ONU aprovou o texto ap�s recha�ar uma emenda do Canad�, que pedia a condena��o expressa do Hamas pelo ataque de 7 de outubro, que provocou a morte de mais de 1,4 mil israelenses. O representantes de Israel na ONU, Gilad Erdan classificou a resolu��o como uma "inf�mia"
“Hoje � um dia que passar� para a inf�mia. Todos temos testemunhado que a ONU n�o tem a menor legitimidade ou relev�ncia”, disse o diplomata israelense. O texto, que se concentra na necessidade de atenuar o sofrimento da popula��o civil na guerra entre Israel e Hamas, n�o nomeou nenhuma das partes em conflito.
San��es ao Hamas
Os Estados Unidos anunciaram, ontem, uma nova rodada de san��es econ�micas contra dirigentes do Hamas, assim como contra a Guarda Revolucion�ria iraniana, e suas redes financeiras, tr�s semanas depois do in�cio da guerra entre o movimento islamista palestino e Israel.
Essas san��es miram “ativos adicionais na carteira de investimentos do Hamas e pessoas que facilitam a evas�o de san��es por parte de empresas filiadas ao Hamas”, disse o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em um comunicado.
Washington revelou que tamb�m imp�s san��es contra “um dirigente do Hamas no Ir� e membros da Guarda Revolucion�ria”, o ex�rcito ideol�gico do regime iraniano. As san��es estendem-se tamb�m a "uma entidade com sede em Gaza que serviu como caminho para fundos iranianos il�citos para o Hamas e a Jihad Isl�mica Palestina".
Essas san��es miram “ativos adicionais na carteira de investimentos do Hamas e pessoas que facilitam a evas�o de san��es por parte de empresas filiadas ao Hamas”, disse o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em um comunicado.
Washington revelou que tamb�m imp�s san��es contra “um dirigente do Hamas no Ir� e membros da Guarda Revolucion�ria”, o ex�rcito ideol�gico do regime iraniano. As san��es estendem-se tamb�m a "uma entidade com sede em Gaza que serviu como caminho para fundos iranianos il�citos para o Hamas e a Jihad Isl�mica Palestina".
“N�s saudamos a resolu��o da Assembleia Geral da ONU pedindo uma tr�gua humanit�ria imediata e pedimos sua implanta��o imediata a fim de fornecer combust�vel e ajuda humanit�ria aos civis”, reagiu, por meio de nota, o movimento islamista palestino, no poder na Faixa de Gaza.
A Assembleia Geral da ONU, que re�ne os 193 Estados-membros das Na��es Unidas, retomou o tema depois que o Conselho de Seguran�a, dividido, rejeitou quatro resolu��es em menos de duas semanas.
O texto, apresentado pela Jord�nia em nome do grupo �rabe e copatrocinado por quase 50 pa�ses, n�o nomeou nem o Hamas, nem Israel, “pede uma tr�gua humanit�ria imediata, duradoura e cont�nua, que conduza ao fim das hostilidades”; rejeita o deslocamento for�ado da popula��o civil palestina, e exige a libera��o imediata e incondicional de todos os civis que est�o em cativeiro “ilegalmente” e um “tratamento humano” para eles.
Antes da vota��o, o embaixador paquistan�s Munir Akram explicou que as partes beligerantes n�o foram mencionadas porque “se voc� � justo, se � equitativo, n�o vai culpar uma parte e n�o a outra”.
O texto, apresentado pela Jord�nia em nome do grupo �rabe e copatrocinado por quase 50 pa�ses, n�o nomeou nem o Hamas, nem Israel, “pede uma tr�gua humanit�ria imediata, duradoura e cont�nua, que conduza ao fim das hostilidades”; rejeita o deslocamento for�ado da popula��o civil palestina, e exige a libera��o imediata e incondicional de todos os civis que est�o em cativeiro “ilegalmente” e um “tratamento humano” para eles.
Antes da vota��o, o embaixador paquistan�s Munir Akram explicou que as partes beligerantes n�o foram mencionadas porque “se voc� � justo, se � equitativo, n�o vai culpar uma parte e n�o a outra”.
Divis�o
O Canad� havia apresentado uma emenda para que a resolu��o inclu�sse uma condena��o ao movimento palestino Hamas pelos atentados de 7 de outubro e assim facilitar a aprova��o dessa resolu��o que contou com o voto contr�rio dos Estados Unidos, Israel, Guatemala, �ustria, Cro�cia, Hungria e Paraguai. Votaram a favor da resolu��o R�ssia, China, Ir�, Paquist�o, Fran�a, Brasil, Col�mbia, Chile, El Salvador, Peru, Espanha e B�lgica, enquanto Alemanha, Austr�lia, Reino Unido, Gr�cia, Jap�o, Su�cia, Uruguai e Panam� se abstiveram.
A resolu��o, que diferentemente das que s�o aprovadas pelo Conselho de Seguran�a, n�o tem car�ter vinculante, destaca a import�ncia de se evitar uma maior desestabiliza��o e a escalada da viol�ncia na regi�o e pede uma solu��o “justa e duradoura do conflito israelense-palestino” baseada na solu��o dos dois Estados.
O texto tamb�m condena “todos os atos de viol�ncia destinados a civis palestinos e israelenses, inclusive todos os atos de terrorismo e ataques indiscriminados”, e se declara “profundamente preocupada com a �ltima escalada de viol�ncia desde o ataque de 7 de outubro de 2023”.

Alerta
Sem uma mudan�a fundamental na situa��o, a popula��o de Gaza sofrer� "uma avalanche de sofrimento humano sem precedentes", alertou o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, ontem. “Todos devem assumir sua responsabilidade.
Este � o momento da verdade, a hist�ria nos julgar�”, afirmou Guterres em comunicado lido pelo seu porta-voz, e destacou que “o sistema humanit�rio em Gaza enfrenta um colapso total, com consequ�ncias inimagin�veis para mais de 2 milh�es de civis”.
“Devido � situa��o desesperadora e dram�tica” em Gaza, a ONU “n�o ser� capaz de fornecer ajuda dentro” da Faixa “sem uma mudan�a imediata e fundamental na forma como a ajuda entra”, disse ele.
Este � o momento da verdade, a hist�ria nos julgar�”, afirmou Guterres em comunicado lido pelo seu porta-voz, e destacou que “o sistema humanit�rio em Gaza enfrenta um colapso total, com consequ�ncias inimagin�veis para mais de 2 milh�es de civis”.
“Devido � situa��o desesperadora e dram�tica” em Gaza, a ONU “n�o ser� capaz de fornecer ajuda dentro” da Faixa “sem uma mudan�a imediata e fundamental na forma como a ajuda entra”, disse ele.
Israel intensifica invas�o em Gaza
O Ex�rcito de Israel ampliou ontem suas opera��es terrestres na Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas, que disse estar “preparado” para enfrentar o Ex�rcito israelense e anunciou “intensos combates” pela noite.
A comunidade internacional manifestou preocupa��o pela situa��o humanit�ria no territ�rio, bombardeado e assediado por Israel em resposta ao ataque letal lan�ado dali pelo Hamas em 7 de outubro. O grupo islamista afirmou que "cerca de 50" ref�ns morreram em bombardeios israelenses. Israel tamb�m imp�s um cerco praticamente total a esse territ�rio de 362 km² e mais de 2,3 milh�es de habitantes.
A comunidade internacional manifestou preocupa��o pela situa��o humanit�ria no territ�rio, bombardeado e assediado por Israel em resposta ao ataque letal lan�ado dali pelo Hamas em 7 de outubro. O grupo islamista afirmou que "cerca de 50" ref�ns morreram em bombardeios israelenses. Israel tamb�m imp�s um cerco praticamente total a esse territ�rio de 362 km² e mais de 2,3 milh�es de habitantes.
O Ex�rcito israelense indicou que aumentou os bombardeios “de maneira muito significativa” e anunciou que “ampliar� suas opera��es terrestres esta noite (ontem)”, ap�s duas noites seguidas de incurs�es de tanques na Faixa.
Os bombardeios se concentraram particularmente na Cidade de Gaza, ao norte da Faixa, segundo v�deos da AFP. Poucas horas depois, o Hamas informou sobre enfrentamentos em dois setores da Faixa. “Enfrentamos incurs�es terrestres israelenses em Beit Hanun (norte) e Al Bureij (centro). Est�o travando intensos combates”.O grupo islamista tamb�m disse que est� "preparado" para enfrentar uma invas�o.
Os bombardeios se concentraram particularmente na Cidade de Gaza, ao norte da Faixa, segundo v�deos da AFP. Poucas horas depois, o Hamas informou sobre enfrentamentos em dois setores da Faixa. “Enfrentamos incurs�es terrestres israelenses em Beit Hanun (norte) e Al Bureij (centro). Est�o travando intensos combates”.O grupo islamista tamb�m disse que est� "preparado" para enfrentar uma invas�o.
“Se (o primeiro-ministro israelense, Benjamin) Netanyahu decidir entrar em Gaza esta noite, a resist�ncia est� preparada", declarou no Telegram um dirigente do Hamas, Ezzat al Risheq. “A terra de Gaza engolir� os restos mortais dos soldados” israelenses, acrescentou. O movimento islamista Hamas, no poder em Gaza, afirmou tamb�m que Israel "cortou as comunica��es e a maior parte da internet", “para cometer massacres com bombardeios de repres�lia por ar, terra e mar”.
A Infantaria israelense lan�ou na madrugada de quinta para sexta uma “incurs�o seletiva no setor central da Faixa de Gaza”, apoiada por “ca�as e drones”, antes de abandonar o territ�rio, anunciaram as For�as de Defesa de Israel (IDF, na sigla em ingl�s). Nesta opera��o, acrescentaram as IDF, houve bombardeios contra alvos do Hamas “em toda a Faixa de Gaza” e foram destru�das rampas de lan�amento de foguetes e centros de comando do Hamas.
O Ex�rcito de Israel acusou o movimento palestino de usar hospitais em Gaza como centros de opera��es para realizar ataques. O Hamas respondeu imediatamente, afirmando que se tratavam de acusa��es “totalmente infundadas”. Quase 1,4 milh�o de pessoas fugiram nas �ltimas semanas para o sul da Faixa, mas cerca de 30 mil retornaram para o norte nos �ltimos dias, segundo a ONU. “Voltamos para morrer nas nossas casas. Ser� mais digno”, disse Abdallah Ayyad, que retornou para a Cidade de Gaza com sua mulher e cinco filhas.
Um foguete atingiu um pr�dio residencial em Tel Aviv na tarde de ontem. O Hamas assumiu a autoria do ataque. O foguete foi disparado de Gaza e atingiu o pr�dio por volta das 14h no hor�rio local (8h em Bras�lia). Sirenes de alerta foram acionadas em Tel Aviv ap�s o ataque. O lan�amento danificou apartamentos no �ltimo e pen�ltimo andar do pr�dio, informou a pol�cia de Tel Aviv.
Escalada regional
A guerra despertou temores de uma conflagra��o regional. O Ir�, um poderoso apoiador do Hamas, lan�ou v�rias advert�ncias aos Estados Unidos, um aliado de Israel. A tens�o tamb�m est� aumentando na Cisjord�nia ocupada, assim como na fronteira norte de Israel com o L�bano, onde ocorrem diariamente trocas de disparos entre o movimento Hezbollah, aliado do Hamas, e o Ex�rcito israelense.
O Ex�rcito americano informou ter atacado na quinta-feira duas instala��es no Leste da S�ria usadas pelos Corpos da Guarda Revolucion�ria Isl�mica do Ir� (IRGC) e por grupos afiliados, anunciou o secret�rio da Defesa, Lloyd Austin.
O Ex�rcito americano informou ter atacado na quinta-feira duas instala��es no Leste da S�ria usadas pelos Corpos da Guarda Revolucion�ria Isl�mica do Ir� (IRGC) e por grupos afiliados, anunciou o secret�rio da Defesa, Lloyd Austin.
“Os ataques de precis�o de autodefesa s�o uma resposta a uma s�rie de ataques em curso e, em sua maioria, sem �xito, contra o pessoal dos Estados Unidos no Iraque e na S�ria, por grupos de mil�cias apoiados pelo Ir�, que come�aram em 17 de outubro", disse ele por meio de um comunicado. n
Cruz vermelha
Ontem, uma equipe da Cruz Vermelha entrou pela primeira vez na Faixa de Gaza desde o in�cio da guerra. Seis m�dicos acompanhados de seis caminh�es de ajuda, indicou o Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Desde 21 de outubro, algo em torno de 70 caminh�es entraram na Faixa vindos do Egito, indicou na quinta-feira o Escrit�rio da ONU para a Coordena��o de Assuntos Humanit�rios (OCHA).
Essa quantidade, no entanto, � considerada insuficiente pela organiza��o, que reivindica especialmente combust�vel para fazer a infraestrutura de sa�de funcionar. Antes do "cerco total" imposto por Israel em 9 de outubro, cerca de 500 caminh�es chegavam � Faixa diariamente. “Muitos mais morrer�o em breve por consequ�ncia do cerco imposto � Faixa de Gaza” por Israel, afirmou Philippe Lazzarini, comiss�rio-geral da ag�ncia de a ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).
Essa quantidade, no entanto, � considerada insuficiente pela organiza��o, que reivindica especialmente combust�vel para fazer a infraestrutura de sa�de funcionar. Antes do "cerco total" imposto por Israel em 9 de outubro, cerca de 500 caminh�es chegavam � Faixa diariamente. “Muitos mais morrer�o em breve por consequ�ncia do cerco imposto � Faixa de Gaza” por Israel, afirmou Philippe Lazzarini, comiss�rio-geral da ag�ncia de a ONU para os refugiados palestinos (UNRWA).