Coronav�rus: em que p� est�o as 6 vacinas mais adiantadas contra a covid-19

Existem pelo menos 165 vacinas contra a covid-19 sendo desenvolvidas atualmente, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).

A R�ssia parece querer chegar na frente nessa corrida. O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta semana que foi feito o registro que confirma a aprova��o de uma vacina desenvolvida no pa�s e que pretende come�ar a vacina��o em massa, j� no m�s de outubro.

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O problema � que a vacina criada em Moscou s� passou pela primeira fase de testes, em que � verificada a seguran�a, segundo a OMS.

Faltaria ainda a segunda etapa, em que � verificada se h� uma resposta do sistema imunol�gico, e, principalmente, a terceira, que garante se a vacina realmente protege contra uma doen�a.

Isso, segundo a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), � essencial para o seu registro e uso no Brasil.

Nesta fase, a vacina � aplicada em metade dos participantes. A outra metade recebe placebo. Depois, os cientistas verificam em quais dos dois grupos mais gente adoeceu.

A n�o ser que algum outro pa�s queira queimar etapas como a R�ssia (e ningu�m mais deu sinal disso at� agora), h� seis vacinas, das 28 que j� s�o testadas em pessoas, que j� chegaram at� essa terceira e �ltima fase.

S�o elas que mais nos d�o esperan�as de se conseguir em breve uma forma de se proteger do novo coronav�rus. Elas s�o:

Oxford | AstraZeneca

Em teste no Brasil, esta vacina usa uma vers�o mais branda de um v�rus que causa uma gripe comum em chimpanz�s, chamado CHAdOx1.

O v�rus foi geneticamente modificado para n�o causar infec��es em pessoas e para fazer as nossas c�lulas produzirem uma prote�na que existe na superf�cie do coronav�rus.

� esta prote�na que se liga aos receptores das c�lulas humanas e permite ao coronav�rus infect�-las.

O objetivo da vacina � fazer com que as nossas c�lulas passem a produzir essa prote�na e que isso ensine o nosso sistema imune como se defender do coronav�rus.

Esta vacina est� em testes que combinam as fases 2 e 3 na Inglaterra e na �ndia e em testes de fase 3 na �frica do Sul, al�m do Brasil, onde dois mil profissionais de sa�de no Rio de Janeiro e S�o Paulo s�o volunt�rios.

A AstraZeneca disse que ter� capacidade de fabricar 2 bilh�es de doses e j� firmou acordos para fornecer 400 milh�es delas.

Os pesquisadores respons�veis dizem que ela pode come�ar a ser disponibilizada em outubro.

No Brasil, a vacina ser� produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), como parte de acordo fechado pelo Minist�rio da Sa�de.

Sinovac

A vacina da empresa chinesa Sinovac, a CoronaVac, usa c�pias inativadas (mortas) do coronav�rus para levar o nosso sistema imune a produzir anticorpos capazes de neutralizar o coronav�rus.

Ela est� em testes de fase 3 no Brasil, desde julho, e na Indon�sia, desde o in�cio deste m�s.

Ao todo, 9 mil profissionais da sa�de brasileiros devem participar, nos Estados de S�o Paulo, Rio Grande do Sul, Paran�, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bras�lia.

A Sinovac � uma companhia privada com sede em Pequim e que tem experi�ncia na produ��o de vacinas contra febre aftosa, hepatite e gripe avi�ria.

A tecnologia em teste � considerada segura, porque, ao usar o v�rus inativado, � mais dif�cil que a vacina deixe uma pessoa doente.

A Sinovac diz ter a expectativa de produzir por ano 100 milh�es de doses da vacina contra o novo coronav�rus.

No Brasil, a empresa fez uma parceria com o Instituto Butantan, que � ligado ao governo de S�o Paulo. De acordo com o governador paulista, Jo�o Doria (PSDB), a CoronaVac pode estar dispon�vel em janeiro do ano que vem.

Moderna

A empresa americana Moderna desenvolve uma vacina que usa uma t�cnica inovadora, conhecida como RNA mensageiro.

Enquanto uma vacina tradicional usa v�rus inativados ou atenuados (alterados para n�o serem infecciosos), esta vacina usa um pequeno fragmento do c�digo gen�tico do coronav�rus, que � injetado no paciente.

Isso n�o � capaz de causar uma infec��o ou os sintomas da covid-19, mas pode ser suficiente para que as nossas c�lulas, ao absorver esse c�digo gen�tico, passem a produzir as prote�nas que existem na superf�cie do coronav�rus para gerar ent�o uma resposta do sistema imunol�gico.

Se essa t�cnica funcionar, ser� a primeira vacina a empregar esse m�todo.

O governo dos Estados Unidos investiu quase US$ 1 bilh�o nessa pesquisa. A vacina est� em testes em humanos desde mar�o e, no final de julho, entrou na fase tr�s, que ter� 30 mil participantes nos Estados Unidos.

Caso os resultados sejam positivos, o governo Trump j� garantiu que receber� 100 milh�es de doses ao pagar mais US$ 1,5 bilh�o por isso.

BioNtech | Pfizer | Fosun

No final de julho, a coaliz�o de empresas por tr�s dessa vacina anunciou o in�cio dos testes combinados de fase dois e tr�s. Ela tamb�m usa a t�cnica de RNA mensageiro para obter uma resposta imune.

Ser�o 30 mil volunt�rios nos Estados Unidos e em outros pa�ses, entre eles Argentina, Brasil e Alemanha.

Trump comprou 100 milh�es de doses por US$ 1,9 bilh�o, com a op��o de comprar mais 500 milh�es se quiser, e o governo do Jap�o garantiu 120 milh�es para o pa�s.

A expectativa � que sejam fabricadas mais de 1,3 bilh�o de doses at� o final do pr�ximo ano.

A pesquisa � uma colabora��o entre a empresa alem� BioNTech, a americana Pfizer e a chinesa Fosun Pharma.

CanSino

A empresa chinesa CanSino dar� in�cio em breve aos testes da fase tr�s na Ar�bia Saudita, segundo o minist�rio da Sa�de deste pa�s. A companhia tamb�m negocia com outros governos.

A vacina da CanSino usa um adenov�rus, chamado Ad5, que causa uma gripe comum em pessoas e foi geneticamente modificado para levar nossas c�lulas a produzirem uma prote�na que existe na superf�cie do coronav�rus e gerar uma resposta imune.

O projeto foi feito em parceria com a Academia de Ci�ncias M�dicas Militares da China.

Ap�s os resultados positivos das duas primeiras fases, as For�as Armadas do pa�s anunciaram ter aprovado o uso desta vacina pela corpora��o, mas n�o ficou claro se os soldados s�o obrigados a serem imunizados com ela.

Sinopharm

A farmac�utica estatal chinesa criou duas vers�es de uma vacina que usa c�pias inativadas do coronav�rus.

Uma foi feita com o Instituto de Produtos Biol�gicos de Wuhan e a outra, com o Instituto de Produtos Biol�gicos de Pequim.

Elas est�o em testes de fase 3 desde julho, nos Emirados �rabes, em um estudo com 15 mil participantes.

O governo do Paran� tamb�m firmou um acordo para testar a vacina da Sinopharm em profissionais da sa�de do Estado.

A m�dia estatal da China divulgou, que, segundo o presidente da empresa, a expectativa � ter uma vacina dispon�vel at� o final do ano.

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