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Estado de Minas

O que falta para a vacina CoronaVac ser distribu�da � popula��o em S�o Paulo

Estudos comprovaram seguran�a do f�rmaco desenvolvido na China, diz o governo do Estado, mas vacina, que ser� produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ainda precisa passar por algumas etapas antes de poder ser distribu�da; veja o que j� se sabe sobre o imunizante


23/09/2020 19:07 - atualizado 23/09/2020 23:04

Governo do Estado anunciou que estudos comprovaram a segurança da vacina(foto: Governo do Estado de São Paulo)
Governo do Estado anunciou que estudos comprovaram a seguran�a da vacina (foto: Governo do Estado de S�o Paulo)
Em meio a uma pandemia que j� matou mais de 34 mil pessoas s� em S�o Paulo, o an�ncio do governo do Estado de que uma vacina contra o coronav�rus se mostrou segura em testes gerou enormes expectativas de quando e como ela estar� dispon�vel para a popula��o.

 

Produzida pela empresa chinesa Sinovac, a vacina CoronaVac ser� produzida em conjunto no Brasil pelo Instituto Butantan e no momento est� sendo testada em volunt�rios na China.

 

O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), anunciou que a vacina passou com sucesso nos estudos cl�nicos de seguran�a — ou seja, a vacina j� pode ser considerada segura. Dos mais de 50 mil volunt�rios, 94,7% n�o tiveram nenhuma rea��o adversa, mostram os estudos.

 

"Os resultados dos estudos cl�nicos realizados na China mostraram um baixo �ndice de efeitos adversos e de baixa gravidade. A maioria destes casos (de rea��es adversas) foi apenas no local da aplica��o da vacina", explicou Doria em coletiva de imprensa.

 

Tamb�m participaram da coletiva o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o representante da Sinovac na Am�rica do Sul, Xing Han.

 

Os testes de seguran�a, no entanto, n�o s�o os �nicos que precisam ser feitos e a vacina ainda precisa passar por diversas etapas antes de poder ser disponibilizada ao p�blico no Brasil. Entenda o que falta e quando isso deve acontecer.

Quais as etapas pelas quais a vacina precisar passar?

Na China, a CoronaVac j� obteve autoriza��o para vacina��o emergencial enquanto s�o feitos os estudos. Al�m disso, a empresa Sinovac est� testando o produto em outros 10 pa�ses.

 

No Brasil, 12 centros de pesquisa em cinco estados e no Distrito Federal tamb�m testam a Coronavac em estudos que contam com 9 mil volunt�rios — mais de 5 mil deles j� receberam a vacina, mas os resultados dos estudos ainda n�o sa�ram.

 

Os testes de seguran�a na China mostraram que apenas 5,36% das pessoas tiveram rea��es adversas - e com pouca gravidade. A maioria das rea��es teve dor no local da aplica��o, fadiga ou febre leve. Algumas pessoas apresentaram perda de apetite, dor de cabe�a e febre.

 

Para que a vacina possa ser disponibilizada no Brasil, al�m dos testes de seguran�a, ela precisa passar tamb�m pelos estudos de efic�cia, ou seja, que comprovam se ela consegue de fato inibir a contamina��o pelo coronav�rus.


Resultados da chamada Fase 3 sobre eficácia ainda não estão prontos(foto: PA Media)
Resultados da chamada Fase 3 sobre efic�cia ainda n�o est�o prontos (foto: PA Media)

 

Resultados preliminares das pesquisas feitas na China foram considerados animadores, mas a conclus�o desses estudos deve sair s� em novembro.

 

"A seguran�a e efic�cia s�o dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina est� pronta para uso emergencial na popula��o. Estamos muito otimistas com os resultados que a CoronaVac apresentou at� o momento", enfatizou Dimas Covas, do Instituto Butant�.

 

Se os resultados dos testes de efic�cia forem satisfat�rios, a vacina vai ent�o para a pr�xima fase necess�ria para que seja distribu�da no Brasil: passar por uma aprova��o da Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) para que possa ser disponibilizada para o p�blico no Brasil.

 

O processo de aprova��o na vigil�ncia sanit�ria normalmente � demorado, mas o governo do Estado de S�o Paulo fez um pedido de aprova��o de emerg�ncia e espera que o processo seja r�pido.

Quando a vacina estar� dispon�vel para o p�blico?

O governo de S�o Paulo diz que at� dezembro ter� um estoque de 6 milh�es de doses importadas da China prontas e outros 40 milh�es produzidos pelo Instituto Butantan, o suficiente para imunizar toda a popula��o do Estado.

 

Se a vacina tiver resultados positivos nos testes de seguran�a e j� tiver obtido a aprova��o da Anvisa, poder� come�ar a ser distribu�da para a popula��o. A expectativa do governo � que a campanha de vacina��o em S�o Paulo comece at� fevereiro de 2021. Caso o cronograma corra conforme o esperado, os profissionais de sa�de devem ser os primeiros a serem vacinados.

 

O governo anunciou tamb�m que o Instituto Butantan vai come�ar em outubro a construir uma nova f�brica para produzir o imunizante, com capacidade para cria��o de 100 milh�es de doses por ano. O Estado tamb�m tem contrato para receber um total de 55 milh�es de doses produzidas pela Sinovac at� 2021.

 

Mas a distribui��o para o resto do Brasil depende de acordos de S�o Paulo com outros Estados ou um poss�vel acordo com o governo federal — que pode ser complicado por quest�es pol�ticas, j� que Doria � visto como poss�vel concorrente contra o presidente Jair Bolsonaro em 2022 e o sucesso de uma campanha de vacina��o iniciada em SP seria uma grande vit�ria para o tucano.

 

Bolsonaro tamb�m j� criticou a vacina chinesa, pa�s com o qual o governo j� teve diversos problemas diplom�ticos.

 

Em seu pronunciamento, Doria afirmou que "aqui n�o se discute origem a origem da vacina". "N�o estamos em uma corrida pela vacina, mas pela vida", disse o governador.

 

Como funciona a vacina CoronaVac?

 

H� diversas vacinas contra o Sars-Cov-2 sendo produzidas no mundo — cerca de 130, segundo a OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de). Cerca de 10 delas, incluindo a CoronaVac, est�o em fases adiantadas de testes.

 

A Sinovac Biotech � uma empresa privada com sede em Pequim que possui experi�ncia na produ��o de vacinas contra febre aftosa, hepatite e gripe avi�ria.

A empresa conseguiu logo cedo na pandemia criar uma vacina que impediu o cont�gio de macaco-rhesus com COVID-19. Depois de diversos testes, a empresa come�ou os testes em humanos em abril.

 

A vacina da Sinovac usa um dos m�todos mais comprovados para produ��o desse tipo de imunizante, que � o uso do v�rus desativado (morto). Ele se torna incapaz de infectar de fato a pessoa que recebe a vacina, mas produz uma resposta imunol�gica no corpo, que "aprende" quais anticorpos precisa produzir para combater o v�rus. Assim, caso entre em contato com um v�rus ativo posteriormente, o corpo j� est� preparado para combat�-lo.

 

Os testes de efic�cia pelos quais a CoronaVac est�o passando s�o justamente para verificar se a resposta imunol�gica produzida por ela � forte o suficiente para evitar a contamina��o.

 

"Isso � um jeito antigo [de criar vacinas] mas pode dar certo. O que eu mais gostei � que muitos produtores de vacina, at� em pa�ses de baixa e m�dia renda, conseguiriam produzir uma vacina assim", disse Florian Krammer, virologista da Icahn School of Medicine, de Nova York, para a revista Science.



(foto: BBC)
(foto: BBC)

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(foto: BBC)

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