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Estado de Minas

Antes destinos de ricos do pa�s todo, hospitais privados de SP chegam ao limite e restringem pacientes de outras regi�es

Colapso no sistema de sa�de particular da capital paulista fez com que unidades de sa�de se tornassem mais r�gidas para receber pessoas que j� est�o internadas em outras regi�es.


26/02/2021 20:11 - atualizado 26/02/2021 20:11

Casos de covid-19 aumentaram em todo o país e hospitais públicos e privados enfrentam duro período de lotação(foto: Getty Images)
Casos de covid-19 aumentaram em todo o pa�s e hospitais p�blicos e privados enfrentam duro per�odo de lota��o (foto: Getty Images)
A cena era comum por volta de setembro e outubro passado: um paciente de outro Estado chegava ao hospital S�rio Liban�s, em S�o Paulo, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a�rea. Na busca de tratamento na unidade durante a luta contra a covid-19, n�o media recursos financeiros.

 

Uma interna��o particular no S�rio Liban�s, apontado como unidade de excel�ncia, tem custos elevados para quem n�o consegue a cobertura via plano de sa�de. O valor costuma ser bem distante da realidade financeira de grande parte da popula��o brasileira. Para os pacientes que v�m de outros Estados, a conta tamb�m inclui despesas como o transporte a�reo.

 

Pol�ticos de diversos Estados, grandes empres�rios e tantos outros brasileiros endinheirados viajaram a S�o Paulo em busca de acompanhamento m�dico contra a covid-19, no S�rio Liban�s ou em outra grande unidade de sa�de privada da capital paulista, como o Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Mas desde o m�s passado, isso n�o tem mais sido poss�vel. Diante da sobrecarga na rede p�blica e privada de S�o Paulo, em meio � explos�o de casos de covid-19 em todo o pa�s, as unidades de sa�de particulares da capital paulista t�m restringido o recebimento de pacientes que j� est�o internados em outros Estados.

 

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, havia 22 pessoas de outros Estados aguardando interna��o na UTI de covid do S�rio na noite de quinta-feira (26/02).

 

A reportagem da BBC News Brasil apurou que a orienta��o de unidades de sa�de como o S�rio Liban�s e o Albert Einstein � priorizar o atendimento �quelas pessoas que chegam �s unidades da capital paulista por meio do pronto-atendimento.

A explos�o de casos de covid


No ano passado, era comum que pacientes internados em outros Estados buscassem unidades consideradas de excelência em São Paulo(foto: AFP)
No ano passado, era comum que pacientes internados em outros Estados buscassem unidades consideradas de excel�ncia em S�o Paulo (foto: AFP)

Um ano depois do primeiro caso registrado de covid-19 no pa�s, o Brasil j� acumula 252 mil mortes e mais de 10,4 milh�es de casos de covid-19.

 

Na quinta-feira (25/02), o pa�s registrou 1.582 mortes em 24 horas, o n�mero representa um recorde de �bitos registrados em um dia desde a primeira v�tima fatal no Brasil, em mar�o passado. A situa��o ilustra que os casos do novo coronav�rus nunca estiveram t�o em alta como agora.

 

Unidades de sa�de de diversos Estados est�o lotadas, gerando pedidos de transfer�ncia na busca por UTIs. E a satura��o, que em diversos momentos ficou restrita �s unidades p�blicas, agora tamb�m se estende para os hospitais privados.

 

"Ap�s um ano da pandemia, a sa�de no Brasil come�a a dar sinais de que est� colapsando. O sistema p�blico e privado est�o, juntos, come�ando a colapsar, n�o t�m dado mais conta de atender o fluxo dos pacientes que est�o chegando. � hora de refletir sobre isso", declara o infectologista Alexandre Naime, chefe de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP).

S�rio Liban�s e Albert Einstein

De acordo com o S�rio Liban�s, atualmente h� 171 pacientes internados na unidade em S�o Paulo em decorr�ncia da covid-19. Desses, 48 ocupam os leitos de UTI dispon�veis para casos do novo coronav�rus no hospital — ao todo s�o 50.

 

A taxa de ocupa��o geral do S�rio Liban�s, atualmente, � de 97%. Em nota, o hospital afirma que um comit� interno avalia a necessidade de realocar ou abrir novos leitos, diante da alta demanda.

 

"Essa implanta��o (de leitos) n�o acontece imediatamente, pois requer uma mobiliza��o interna, o que, naturalmente, gera um per�odo de espera at� a acomoda��o do paciente. Na �rea hospitalar, esse fluxo faz parte do dia a dia, e � encarado como um processo de giro de leitos, e n�o uma fila de espera", diz comunicado do S�rio Liban�s � BBC News Brasil.

 

"O cen�rio atual no Hospital S�rio-Liban�s est� controlado, inclusive para realiza��o de cirurgias, exames e outros procedimentos", acrescenta o comunicado.

 

A reportagem apurou que a orienta��o no S�rio Liban�s atualmente � avaliar cada pedido de interna��o que venha de fora de S�o Paulo. No entanto, as chances de o paciente ser transferido para a unidade de sa�de s�o consideradas baixas. O hospital da capital paulista prefere destinar as vagas �queles que chegam ao pronto-socorro da unidade.

 

Outra unidade que tamb�m recebia pacientes de todo o pa�s, o Albert Einstein divulgou, nesta sexta-feira, que a ocupa��o total de seus leitos — para pacientes com a covid-19 ou sem a doen�a — chegou ao seu limite m�ximo. O hospital divulgou que, na quinta-feira (25/02) teve recorde de interna��es em 24 horas desde o in�cio da pandemia: dos 76 internados, 26 foram por causa da covid.

 

No hospital h�, atualmente, 141 pacientes internados com a covid-19, sendo 70 deles na UTI. Novas interna��es dever�o esperar em uma fila.

 

Em nota, o Albert Einstein frisa que possui um gerenciamento de leitos cl�nicos e de UTI que permite aumentar a capacidade de atendimento conforme a demanda. No entanto, o comunicado da unidade de sa�de destaca que "em cen�rio de lota��o total, pode ser necess�rio um tempo de espera para obten��o de leitos".

 

Por meio de assessoria de imprensa, o Albert Einstein confirmou que a prioridade de interna��o na unidade � para pacientes que chegam por meio do pronto-atendimento em S�o Paulo. A unidade n�o especificou em quais situa��es pode aceitar pacientes que j� est�o internados em outras regi�es.


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