
H� poucos dias, a pr�pria Fiocruz classificou os atuais n�meros de mortes e hospitais lotados como o “maior colapso sanit�rio e hospitalar da hist�ria do Brasil”.
A lota��o crescente dos leitos brasileiros deve agravar ainda mais o n�mero de �bitos pela doen�a. Maior cidade do pa�s, S�o Paulo registrou nesta quinta-feira (18) a primeira morte por falta de leito de UTI. Al�m disso, pela natureza da covid-19, o aumento atual no n�mero de casos s� deve se refletir em aumento das mortes duas a tr�s semanas depois.
A tend�ncia � que esses n�meros de interna��es por covid-19 cres�am em 14 capitais, como S�o Paulo, Belo Horizonte, Bras�lia, Curitiba, Rio de Janeiro e Macei�.
Apenas os Estados do Acre, Roraima e Paran� n�o t�m atualmente regi�es com tend�ncia de alta. Mas essa situa��o pode mudar de uma semana para outra.
As proje��es s�o feitas com base nos dados de 7 a 13 de mar�o de 2021 e constam em levantamento semanal feito pela Fiocruz a partir de informa��es dispon�veis no InfoGripe/Sistema de Informa��o da Vigil�ncia Epidemiol�gica da Gripe, principal base de dados de monitoramento de hospitaliza��es por casos confirmados ou suspeitos de covid-19.
Desde o in�cio da pandemia, mais de 1,5 milh�o de pessoas foram internadas ou morreram no Brasil com problemas respirat�rios, segundo dados do Infogripe. Em compara��o, durante a pandemia de H1N1 no ano de 2009, foram internadas 202 mil pessoas.
Os dados regionais de cada Estado d�o, obviamente, uma perspectiva mais precisa do que esperar para os pr�ximos dias com base no que vem ocorrendo nas �ltimas semanas. Mas � importante registrar que a Fiocruz trata de tend�ncias estat�sticas, que podem se confirmar ou n�o ao longo do tempo. Por isso, os c�lculos tamb�m levam em conta a probabilidade de isso se confirmar.
Exemplos: o dado geral da Bahia aponta uma estabiliza��o das interna��es por covid-19. Mas os dados mais detalhados indicam que h� mais de 95% de chance de a regi�o do Extremo-Oeste da Bahia ter alta nas pr�ximas semanas, e mais de 75% de chance de haver alta na regi�o do Sul do Estado.
O mapa abaixo produzido pela Fiocruz aponta em marrom onde h� chance de alta, em branco onde parece haver estabiliza��o e em verde onde a pandemia d� sinais de queda. O infogr�fico usa dados das �ltimas seis semanas.

Brasil deve passar de 400 mil mortes em maio
Especialistas consideram que o Brasil passa pelo pior momento da pandemia. Nos �ltimos dias, o pa�s vem registrando seguidos recordes de mortes di�rias.
A m�dia atual � de 2.107 �bitos por covid-19, e � a primeira vez desde o in�cio da pandemia que o pa�s ultrapassa essa m�dia de 2.000 mortes. Em 16/3, foram registradas 2.841 mortes em 24 horas.
Segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade Oxford (Reino Unido), a m�dia de mortes dos �ltimos sete dias vem acelerando no Brasil desde 21 de fevereiro, quando atingiu 4,88 �bitos por 1 milh�o de pessoas. Em 18 de mar�o, a taxa foi de 9,49 �bitos por 1 milh�o de pessoas, mais que o dobro.
Na semana passada, por exemplo, o Brasil teve mais mortes em um per�odo de 24h do que todo o continente asi�tico, cuja popula��o � mais de 20 vezes superior � brasileira.
At� agora, o Brasil registrou oficialmente 11,7 milh�es de casos e 285 mil mortes em decorr�ncia da doen�a.

Especialistas tentam projetar, com base nos dados dispon�veis atualmente, quais s�o os poss�veis cen�rios para as pr�ximas semanas no Brasil. Esses c�lculos levam em conta o cen�rio de hoje, e qualquer mudan�a, como a ado��o de um lockdown ou o avan�o acelerado da vacina��o, pode tornar as previs�es mais distantes da realidade do que j� s�o.
O laborat�rio nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, por exemplo, calcula proje��es para todos os pa�ses. Segundo o modelo matem�tico da institui��o, os dados atuais apontam que o Brasil se aproxima no futuro do que se chama de pior cen�rio (“worst-case scenario”), com o pa�s atingindo a marca de 442 mil mortes at� o 25 de maio. No melhor cen�rio projetado, com um avan�o 4 vezes mais lento, seriam 347 mil mortes at� essa data.
Pesquisadores brasileiros, principalmente ligados � Universidade de S�o Paulo (USP), fazem proje��es para um horizonte menor, porque � enorme o grau de incerteza envolvido em an�lises de longo prazo.
Segundo eles, o Brasil deve totalizar 310 mil mortes em 27 de mar�o.
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