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Estado de Minas CPI DA COVID

Pacheco oficializa CPI da COVID no Senado: o que acontece agora?

Comiss�o investigar� governo Bolsonaro e uso de recursos federais por Estados e munic�pios


13/04/2021 20:33 - atualizado 14/04/2021 09:07

CPI investiga se houve omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia(foto: EPA)
CPI investiga se houve omiss�es do governo federal no enfrentamento � pandemia (foto: EPA)

Ap�s dois meses de atraso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), formalizou a cria��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid-19, que investigar� a atua��o do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia de coronav�rus, assim como o uso de recursos federais por Estados e munic�pios na conten��o da crise sanit�ria.


A inclus�o dos governos estaduais e municipais foi defendida por Bolsonaro — segundo cr�ticos do governo, essa amplia��o do escopo da CPI tem objetivo de dividir o desgaste do presidente com outras autoridades, assim como dificultar o andamento da investiga��o, devido ao grande volume de temas a serem apurados.

J� os defensores do alargamento da comiss�o argumentaram que a CPI n�o deve ter "vi�s partid�rio", apurando todas as responsabilidades sobre o enfrentamento da pandemia. A comiss�o vai apurar poss�veis desvios e mal uso das verbas da Uni�o repassadas aos entes da federa��o para uso no combate � covid-19.

No caso do governo federal, a CPI deve investigar quest�es como a responsabilidade da Uni�o na falta de oxig�nio no Amazonas, o atraso na compra de vacinas e uso de dinheiro p�blico na compra de medicamentos sem comprova��o cient�fica (como a hidroxicloroquina), entre outros temas.

A press�o pela investiga��o cresceu com a escalada de mortes causadas pela covid-19 — j� s�o mais de 358 mil v�timas da doen�a no pa�s.

A formaliza��o da CPI, por�m, s� ocorreu ap�s determina��o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso, que atendeu na quinta-feira (08/04) pedido dos senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Desde fevereiro j� havia apoio � investiga��o de ao menos 27 senadores, m�nimo exigido pela Constitui��o, mas Pacheco se recusava a iniciar a comiss�o sob o argumento de que o foco do Parlamento deveria estar no avan�o da vacina��o contra a doen�a.

Nesta quarta-feira (14/04), o plen�rio do STF decide se referenda ou n�o a decis�o do Barroso. A tend�ncia � que ela seja confirmada, pois existem precedentes do STF: a Corte j� determinou a instala��o de comiss�es parlamentares de inqu�rito nos governos petistas, caso da CPI dos Bingos, em 2005, e da CPI da Petrobras, em 2014.


Abertura de CPI exige apoio de pelo menos um terço dos senadores (27 dos 81)(foto: REUTERS/Adriano Machado)
Abertura de CPI exige apoio de pelo menos um ter�o dos senadores (27 dos 81) (foto: REUTERS/Adriano Machado)

H� expectativa tamb�m que o Supremo discuta no julgamento se o in�cio da CPI pode ser adiado at� que os trabalhos do Senado voltem a ser presenciais. No momento, a maioria das atividades t�m ocorrido online e os cuidados se intensificaram ap�s a morte de tr�s senadores por covid-19 — Major Ol�mpio (PSL-SP), Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e Jos� Maranh�o (MDB-PB).

Mesmo que isso seja autorizado, a tend�ncia � que a decis�o final fique nas m�os dos senadores.

O l�der do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), defendeu na sess�o desta ter�a-feira que nenhuma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito possa funcionar at� que os integrantes da Casa estejam imunizados contra a Covid-19.

No momento, outras CPIs que estavam em funcionamento antes do in�cio da pandemia est�o suspensas, caso da CPMI (Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito) das Fake News, interrompida desde abril de 2020.


Um dos objetivos da CPI da Covid é investigar responsabilidade na lentidão da vacinação(foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Um dos objetivos da CPI da Covid � investigar responsabilidade na lentid�o da vacina��o (foto: Rovena Rosa/Ag�ncia Brasil)

Outros parlamentares, por�m, disseram que � poss�vel conduzir a investiga��o remotamente. Ao refor�ar seu argumento, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) ressaltou que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) est� conduzindo um processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel durante a pandemia.

"A gente j� tem 350 mil mortes. Vamos esperar o que para investigar? Chegar a um milh�o?", criticou a tucana.

A fala foi rebatida pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR): "CPI n�o vai evitar mortes. Vai acirrar os �nimos".


Bolsonaro ao lado de Pacheco em cerimônia no Planalto - presidente pressiona por CPI ampla no Senado(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaro ao lado de Pacheco em cerim�nia no Planalto - presidente pressiona por CPI ampla no Senado (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

Quem participar� da CPI?

Com a cria��o da CPI, o pr�ximo passo � a defini��o dos onze senadores membros titulares da comiss�o e de sete suplentes, o que ser� determinante para os rumos da investiga��o.

Caso Bolsonaro consiga que a maioria dos integrantes seja simp�tica a seu governo, a comiss�o poder� ter suas atividades limitadas, aponta o analista pol�tico Ant�nio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

"H� muitos mecanismos de manobra (para reduzir o impacto da CPI). Eles podem n�o aprovar requerimentos (para depoimentos e dilig�ncias investigat�rias) ou aprov�-los em profus�o e a� n�o tem condi��es de ouvir todo mundo no prazo", exemplifica Queiroz.

No momento, por�m, o senador cotado para ser relator da CPI � Renan Calheiros (MDB-AL), que tem assumido uma postura cr�tica ao governo Bolsonaro.

No entanto, o fato de Calheiros ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho, pode levantar resist�ncia a sua escolha, j� que o uso de recursos federais pelas gest�es estaduais tamb�m ser� alvo da CPI.


Randolfe Rodrigues defende que CPI tenha foco no governo federal e assembleias estaduais investiguem governadores(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Randolfe Rodrigues defende que CPI tenha foco no governo federal e assembleias estaduais investiguem governadores (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

A distribui��o das vagas ser� feita de forma proporcional ao tamanho dos blocos partid�rios no Senado.

MDB, PP e Republicanos t�m direito a tr�s indica��es de titulares, mesmo n�mero do bloco formado por PSDB, Podemos e PSL.

O PSD sozinho escolher� 2 senadores, enquanto o bloco DEM, PL e PSC tem uma indica��o.

O bloco Rede, Cidadania, PDT e PSB e o bloco PT e Pros tamb�m tem uma indica��o cada. Pacheco oficializa CPI da Covid no Senado: o que acontece agora?


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