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Estado de Minas GARANTIA DE IMUNIZA��O

COVID-19: os riscos de n�o tomar a segunda dose da vacina

Mais de 1,5 milh�o de brasileiros n�o completaram o esquema vacinal contra o coronav�rus e correm risco de ficar sem a prote��o adequada


14/04/2021 07:24 - atualizado 14/04/2021 07:50


Sem tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, a proteção fica incompleta(foto: Getty Images)
Sem tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, a prote��o fica incompleta (foto: Getty Images)

Num caf� da manh� com jornalistas realizado na �ltima ter�a-feira (13/04) em Bras�lia, o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, disse que mais de 1,5 milh�o de brasileiros n�o voltaram aos postos de sa�de para receber a segunda dose da vacina contra a covid-19.

De acordo com o Minist�rio da Sa�de, S�o Paulo � o estado com o pior �ndice, com mais de 343 mil atrasados. Na sequ�ncia, aparecem Bahia (148 mil) e Rio de Janeiro (143 mil).

Queiroga disse que pretende refor�ar as campanhas para que todos completem o esquema vacinal. Para isso, vai contar com o apoio do Conselho Nacional de Secret�rios da Sa�de (Conass).

A informa��o do ministro foi complementada pela coordenadora do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI), Francieli Fantinato.

A especialista pediu que todos aqueles que tomaram a primeira dose e j� esperaram o intervalo m�nimo necess�rio retornem at� o local de vacina��o mais pr�ximo para completar o esquema preconizado.

Esse intervalo, vale refor�ar, varia de acordo com o imunizante aplicado. No caso da CoronaVac, da Sinovac e Instituto Butantan, o tempo entre a primeira e a segunda dose � de 14 a 28 dias.

J� na AZD1222, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Funda��o Oswaldo Cruz, o per�odo de espera � de 3 meses.

Mas quais s�o os riscos que esses 1,5 milh�o de brasileiros est�o correndo ao n�o tomarem a segunda dose?

Resguardo duvidoso

Leia tamb�m: Minist�rio da Sa�de prepara busca pelos que 'pularam' segunda dose da vacina contra COVID-19

A maioria das vacinas contra a covid-19 testadas e j� aprovadas necessitam de duas doses para conferir uma taxa de prote��o aceit�vel.

Isso vale para os produtos desenvolvidos por Pfizer, Moderna, Instituto Gamaleya e os dois que s�o usados atualmente na campanha brasileira: a CoronaVac e a AZD1222, como explicado nos par�grafos anteriores.

Por ora, a �nica exce��o da lista � o imunizante de Johnson e Johnson, que j� fornece uma boa resposta com a aplica��o de apenas uma dose.


O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, divulgou a informação de que 1,5 milhão de brasileiros não voltaram para receber a segunda dose da vacina numa conversa com jornalistas(foto: Getty Images)
O ministro da sa�de, Marcelo Queiroga, divulgou a informa��o de que 1,5 milh�o de brasileiros n�o voltaram para receber a segunda dose da vacina numa conversa com jornalistas (foto: Getty Images)

Esses esquemas vacinais foram avaliados e definidos nos estudos cl�nicos das vacinas, que envolveram dezenas de milhares de volunt�rios e serviram para determinar a seguran�a e a efic�cia das candidatas.

Portanto, se algu�m tomar apenas a primeira dose de CoronaVac ou AZD1222 e se esquecer da segunda, n�o estar� devidamente protegido.

"Os dados que temos mostram que a pessoa fica resguardada com duas doses. Se ela toma s� uma, n�o completou o esquema e n�o est� vacinada adequadamente", explica a m�dica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es.

Por mais que a primeira dose j� d� um pouco de prote��o, essa taxa n�o est� dentro dos par�metros estabelecidos pelos especialistas e pelas institui��es que definem as regras do setor, como a Organiza��o Mundial da Sa�de, o Minist�rio da Sa�de e a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria.

Outro ponto perigoso: ao receber a primeira dose (e n�o retornar para completar o esquema vacinal), o indiv�duo corre o risco de ficar com uma falsa sensa��o de seguran�a.

Ele pode at� achar, de forma absolutamente equivocada, que j� est� imune ao coronav�rus e seguir a vida normalmente, sem os cuidados b�sicos contra a covid-19.

As recomenda��es, por�m, continuam as mesmas para quem recebeu duas, uma ou nenhuma dose de vacina: todos precisam manter distanciamento f�sico, usar m�scaras, lavar as m�os e cuidar da circula��o de ar nos ambientes.

Come�ar de novo?

Ainda n�o se sabe ao certo como fica a situa��o de quem n�o completou as duas doses: esses indiv�duos precisam recome�ar o esquema vacinal do zero ou podem tomar a segunda a qualquer momento?

Isso vai depender do tempo de atraso, especulam os especialistas.

"Se o prazo para receber a segunda dose passou demais, pode ser necess�rio recome�ar o regime vacinal, pois todos os dados de efic�cia que temos s�o baseados num protocolo. Se fugirmos disso, n�o temos como garantir a imuniza��o", diz a imunologista Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre.


É importante tomar a primeira e a segunda dose do mesmo fabricante: a recomendação é começar e terminar o esquema vacinal com CoronaVac ou AZD1222(foto: Reuters)
� importante tomar a primeira e a segunda dose do mesmo fabricante: a recomenda��o � come�ar e terminar o esquema vacinal com CoronaVac ou AZD1222 (foto: Reuters)

Num cen�rio de escassez de vacinas, isso pode comprometer ainda mais nossos estoques e deixar na m�o um monte de gente que ainda precisa se imunizar.

Em todo caso, vale seguir a recomenda��o do Minist�rio da Sa�de e visitar o posto de vacina��o mais pr�ximo de sua casa o quanto antes para completar a prote��o contra a covid-19.

"As pessoas n�o devem atrasar, mas, se porventura tiverem algum imprevisto, � importante receber a segunda dose assim que poss�vel para obter uma boa resposta imune", refor�a Ballalai.

Bonorino, que tamb�m integra a Sociedade Brasileira de Imunologia, acredita que o governo deveria investir em campanhas de comunica��o para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de seguir direitinho os protocolos de imuniza��o do pa�s.

"Precisamos dessas informa��es sendo veiculadas na televis�o, nas redes sociais e em todos os meios, para que a popula��o n�o se esque�a de tomar a segunda dose da vacina nas datas indicadas", destaca.

E � importante lembrar que a primeira e a segunda dose devem ser do mesmo fabricante, sem nunca misturar os produtos: tem que come�ar e terminar com a CoronaVac ou com a AZD1222.

De acordo com as �ltimas informa��es do Minist�rio da Sa�de, at� o momento o Brasil vacinou um total de 27 milh�es de pessoas contra a covid-19.

O n�mero corresponde a pouco mais de 12% da popula��o do pa�s.


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O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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