
Aqueles que receberam a primeira dose desses imunizantes - e que foram infectados tr�s semanas depois - tinham entre 38% e 49% menos probabilidade de transmitir o v�rus do que pessoas n�o vacinadas, concluiu a Public Health England, ag�ncia governamental de sa�de p�blica do Reino Unido.
O experimento foi realizado levando em conta dados dispon�veis para essas duas vacinas, pois elas s�o as que atualmente est�o dispon�veis no pa�s. Sendo assim, a CoronaVac, a vacina mais prevalente no Brasil, n�o foi inclu�da na pesquisa.
De qualquer maneira, especialistas refor�am que as pessoas devem completar o esquema de vacina��o, ou seja, as duas doses das vacinas contra covid. Todos os estudos de efic�cia das vacinas dispon�veis no Brasil para combater a covid-19 mostraram a imuniza��o completa somente 14 dias depois da segunda dose.
Falando sobre o estudo, o secret�rio de sa�de (cargo equivalente ao Ministro da Sa�de no Brasil) Matt Hancock descreveu os resultados como "uma not�cia fant�stica".
Ele pediu "a todos que tomem suas vacinas assim que forem eleg�veis".
No estudo, a prote��o contra a covid foi observada cerca de 14 dias ap�s a vacina��o, com n�veis semelhantes de prote��o, independentemente da idade dos vacinados ou contatos, disse a PHE em um comunicado.
O �rg�o acrescentou que esta prote��o se soma ao risco reduzido de uma pessoa vacinada desenvolver infec��o sintom�tica em primeiro lugar, que � em torno de 60 a 65% - quatro semanas ap�s uma dose de qualquer uma das vacinas.
Mary Ramsay, chefe de imuniza��o da PHE, disse: "As vacinas s�o vitais para nos ajudar a voltar a um estilo de vida normal. As vacinas n�o apenas reduzem a gravidade da doen�a e evitam centenas de mortes todos os dias, agora vemos que tamb�m t�m um impacto adicional na redu��o da chance de passar a covid-19 para outras pessoas."
Mas, apesar de dizer que as descobertas eram "encorajadoras", Ramsay disse ser importante que as pessoas continuassem a agir como se tivessem o v�rus, "praticando uma boa higiene das m�os e seguindo as orienta��es de distanciamento social".
As casas com fam�lias s�o locais de alto risco de transmiss�o, o que significa que o estudo fornece evid�ncias iniciais sobre o impacto das vacinas na preven��o da transmiss�o, informou a PHE.
Resultados semelhantes podem ser esperados em outros ambientes com riscos de transmiss�o semelhantes, como acomoda��es compartilhadas e pris�es, acrescentou o �rg�o.
Import�ncia de vacinar a todos e r�pido

Em entrevista � BBC, o epidemiologista da Universidade de Warwick (Reino Unido), Mike Tildesley, diz que as descobertas s�o significativas, e refor�ou que as pessoas precisam continuar sendo vacinadas.
"Embora nenhuma vacina garante 100% de prote��o, temos evid�ncias de que elas est�o fornecendo pelo menos algum n�vel de prote��o contra a transmiss�o do v�rus se formos infectados".
Segundo Tildesley, o estudo era mais uma prova de que o maior n�mero poss�vel de pessoas precisa ser vacinado, mesmo que n�o corra risco de desenvolver sintomas graves. O objetivo, diz ele, � obter n�veis muito mais elevados de prote��o em toda a popula��o, reduzindo, portanto, a parcela daqueles que podem ficar gravemente doentes e morrer de complica��es da covid.
O estudo, que ainda n�o foi totalmente revisado por pares, considerou mais de 57 mil contatos de 24.000 domic�lios nos quais uma pessoa teve infec��o por coronav�rus confirmado em laborat�rio ap�s receber a primeira dose da vacina. Esses dados foram comparados com quase 1 milh�o de contatos de casos de n�o vacinados.
Os contatos foram definidos como casos secund�rios de coronav�rus, se testassem positivo dois a 14 dias ap�s o caso dom�stico inicial. A maioria das pessoas no estudo tinha menos de 60 anos.
Estudos anteriores da PHE mostraram que as vacinas Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca s�o altamente eficazes na redu��o de infec��es por covid-19 entre pessoas mais velhas, com 10,4 mil mortes evitadas em maiores de 60 anos no fim de mar�o.
A PHE tamb�m est� realizando estudos separados sobre o efeito da vacina��o na transmiss�o na popula��o em geral.
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