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Estado de Minas INTERNACIONAL

Quem � Mia Khalifa, ex-atriz porn� citada na CPI que 'se ofereceu' para ajudar o Brasil

A libanesa respondeu a um tu�te do senador Randolfe Rodrigues, que disse que o governo Bolsonaro negociou vacinas com uma empresa de produtos er�ticos: 'Estou a caminho'.


19/07/2021 23:25 - atualizado 19/07/2021 23:26

'Vocês estão em crise%u2026 Estou a caminho', disse Khalifa em resposta a senador brasileiro(foto: BBC)
'Voc�s est�o em crise%u2026 Estou a caminho', disse Khalifa em resposta a senador brasileiro (foto: BBC)
A ex-atriz porn� libanesa Mia Khalifa, de 28 anos, foi um dos assuntos que dominaram as redes sociais no Brasil nos �ltimos dias.

 

Com quase 25 milh�es de seguidores no Instagram, ela causou um furor ao responder o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) dizendo que est� "a caminho" para depor na CPI da Covid.

 

Randolfe tinha dito que, em vez de negociar com o Butantan, o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello negociou vacinas da CoronaVac com uma empresa de produtos er�ticos.

 

Num tu�te, ele disse: "Corre aqui @miakhalifa! Acho que estavam te usando de cortina de fuma�a!"

 

You guys are in a crisis… I’m on my way %uD83E%uDDF3%u2708%uFE0F https://t.co/F0iqLRCFun

 

— Mia K. (@miakhalifa) July 19, 2021


 

A atriz respondeu com a seguinte mensagem: "Voc�s est�o em crise… Estou a caminho". A mensagem j� tinha recebido mais de 53 mil curtidas at� a tarde desta segunda-feira (19/7).

 

Mas, afinal, quem � Mia Khalifa?

Amea�as do Estado Isl�mico

A atriz atuou em filmes porn� at� o fim de 2014 e ganhou fama mundial ap�s aparecer em um v�deo usando um hijab (v�u usado por algumas mulheres mu�ulmanas para cobrir a cabe�a).

 

A cena pornogr�fica causou pol�mica, mas Mia chegou a receber amea�as do grupo extremista Estado Isl�mico (IS).

 

Mia contou em 2019 � BBC como entrou para a ind�stria da pornografia.

 

"Foi algo como: "Voc� � linda, gostaria de fazer uns trabalhos como modelo?

Bem, � que voc� tem um corpo lindo. Mais tarde, quando fui ao est�dio, encontrei um lugar muito respeit�vel, magn�fico, em Miami, na Fl�rida. Era limpo. Todo mundo que trabalhava l� era simp�tico. Todos os quartos eram decorados com fotos de fam�lia. Como se n�o fosse nada duvidoso ou que me deixasse desconfort�vel", disse.

 

Apesar de sentir medo, Mia conta com humor como reagiu � amea�a do grupo extremista Estado Isl�mico.

 

"Foi assustador. Mas usei o humor como mecanismo de defesa. A minha resposta foi: 'Tudo bem, desde que voc� n�o corte meus peitos... Eles custaram muito dinheiro'", afirmou a atriz.


Mia Khalifa gerou polêmica entre muçulmanos por vídeo pornográfico em que aparecia com véu islâmico(foto: Getty Images)
Mia Khalifa gerou pol�mica entre mu�ulmanos por v�deo pornogr�fico em que aparecia com v�u isl�mico (foto: Getty Images)

Mia contou que o passado como atriz porn� deixou marcas em sua imagem e diz que se sente desconfort�vel ao sair na rua.

 

"Sinto como se as pessoas pudessem ver atrav�s da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensa��o de que perdi direito a toda a minha privacidade. E perdi, porque estou a um clique de dist�ncia no Google."

 

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O que � uma CPI?

As comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPIs) s�o instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relev�ncia ligado � vida econ�mica, social ou legal do pa�s, de um estado ou de um munic�pio. Embora tenham poderes de Justi�a e uma s�rie de prerrogativas, comit�s do tipo n�o podem estabelecer condena��es a pessoas.

Para ser instalado no Senado Federal, uma CPI precisa do aval de, ao menos, 27 senadores; um ter�o dos 81 parlamentares. Na C�mara dos Deputados, tamb�m � preciso aval de ao menos uma terceira parte dos componentes (171 deputados).

H� a possibilidade de criar comiss�es parlamentares mistas de inqu�rito (CPMIs), compostas por senadores e deputados. Nesses casos, � preciso obter assinaturas de um ter�o dos integrantes das duas casas legislativas que comp�em o Congresso Nacional.

O que a CPI da COVID investiga?


O presidente do colegiado � Omar Aziz (PSD-AM). O alagoano Renan Calheiros (MDB) � o relator. O prazo inicial de trabalho s�o 90 dias, podendo esse per�odo ser prorrogado por mais 90 dias.



Saiba como funciona uma CPI

Ap�s a coleta de assinaturas, o pedido de CPI � apresentado ao presidente da respectiva casa Legislativa. O grupo � oficialmente criado ap�s a leitura em sess�o plen�ria do requerimento que justifica a abertura de inqu�rito. Os integrantes da comiss�o s�o definidos levando em considera��o a proporcionalidade partid�ria — as legendas ou blocos parlamentares com mais representantes arrebatam mais assentos. As lideran�as de cada agremia��o s�o respons�veis por indicar os componentes.

Na primeira reuni�o do colegiado, os componentes elegem presidente e vice. Cabe ao presidente a tarefa de escolher o relator da CPI. O ocupante do posto � respons�vel por conduzir as investiga��es e apresentar o cronograma de trabalho. Ele precisa escrever o relat�rio final do inqu�rito, contendo as conclus�es obtidas ao longo dos trabalhos. 

Em determinados casos, o texto pode ter recomenda��es para evitar que as ilicitudes apuradas n�o voltem a ocorrer, como projetos de lei. O documento deve ser encaminhado a �rg�os como o Minist�rio P�blico e a Advocacia-Geral da Uni�o (AGE), na esfera federal.

Conforme as investiga��es avan�am, o relator come�a a aprimorar a linha de investiga��o a ser seguida. No Congresso, sub-relatores podem ser designados para agilizar o processo.

As CPIs precisam terminar em prazo pr�-fixado, embora possam ser prorrogadas por mais um per�odo, se houver aval de parte dos parlamentares

O que a CPI pode fazer?

  • chamar testemunhas para oitivas, com o compromisso de dizer a verdade
  • convocar suspeitos para prestar depoimentos (h� direito ao sil�ncio)
  • executar pris�es em caso de flagrante
  • solicitar documentos e informa��es a �rg�os ligados � administra��o p�blica
  • convocar autoridades, como ministros de Estado — ou secret�rios, no caso de CPIs estaduais — para depor
  • ir a qualquer ponto do pa�s — ou do estado, no caso de CPIs criadas por assembleias legislativas — para audi�ncias e dilig�ncias
  • quebrar sigilos fiscais, banc�rios e de dados se houver fundamenta��o
  • solicitar a colabora��o de servidores de outros poderes
  • elaborar relat�rio final contendo conclus�es obtidas pela investiga��o e recomenda��es para evitar novas ocorr�ncias como a apurada
  • pedir buscas e apreens�es (exceto a domic�lios)
  • solicitar o indiciamento de envolvidos nos casos apurados

O que a CPI n�o pode fazer?

Embora tenham poderes de Justi�a, as CPIs n�o podem:

  • julgar ou punir investigados
  • autorizar grampos telef�nicos
  • solicitar pris�es preventivas ou outras medidas cautelares
  • declarar a indisponibilidade de bens
  • autorizar buscas e apreens�es em domic�lios
  • impedir que advogados de depoentes compare�am �s oitivas e acessem
  • documentos relativos � CPI
  • determinar a apreens�o de passaportes

A hist�ria das CPIs no Brasil

A primeira Constitui��o Federal a prever a possibilidade de CPI foi editada em 1934, mas dava tal prerrogativa apenas � C�mara dos Deputados. Treze anos depois, o Senado tamb�m passou a poder instaurar investiga��es. Em 1967, as CPMIs passaram a ser previstas.

Segundo a C�mara dos Deputados, a primeira CPI instalada pelo Legislativo federal brasileiro come�ou a funcionar em 1935, para investigar as condi��es de vida dos trabalhadores do campo e das cidades. No Senado, comit� similar foi criado em 1952, quando a preocupa��o era a situa��o da ind�stria de com�rcio e cimento.

As CPIs ganharam estofo e passaram a ser recorrentes a partir de 1988, quando nova Constitui��o foi redigida. O texto m�ximo da na��o passou a atribuir poderes de Justi�a a grupos investigativos formados por parlamentares.

CPIs famosas no Brasil

1975: CPI do Mobral (Senado) - investigar a atua��o do sistema de alfabetiza��o adotado pelo governo militar

1992: CPMI do Esquema PC Farias - culminou no impeachment de Fernando Collor

1993: CPI dos An�es do Or�amento (C�mara) - apurou desvios do Or�amento da Uni�o

2000: CPIs do Futebol - (Senado e C�mara, separadamente) - rela��es entre CBF, clubes e patrocinadores

2001: CPI do Pre�o do Leite (Assembleia de MG e outros Legislativos estaduais, separadamente) - apurar os valores cobrados pelo produto e as diretrizes para a formula��o dos valores

2005: CPMI dos Correios - investigar den�ncias de corrup��o na empresa estatal

2005: CPMI do Mensal�o - apurar poss�veis vantagens recebidas por parlamentares para votar a favor de projetos do governo

2006: CPI dos Bingos (C�mara) - apurar o uso de casas de jogo do bicho para crimes como lavagem de dinheiro

2006: CPI dos Sanguessugas (C�mara) - apurou poss�vel desvio de verbas destinadas � Sa�de

2015: CPI da Petrobras (Senado) - apurar poss�vel corrup��o na estatal de petr�leo

2015: Nova CPI do Futebol (Senado) - Investigar a CBF e o comit� organizador da Copa do Mundo de 2014

2019: CPMI das Fake News - dissemina��o de not�cias falsas na disputa eleitoral de 2018

2019: CPI de Brumadinho (Assembleia de MG) - apurar as responsabilidades pelo rompimento da barragem do C�rrego do Feij�o
 


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