
Um novo surto de COVID-19 est� gerando preocupa��o na China, onde a doen�a est� se espalhando por diversas localidades e j� levou ao registro de mais de 300 casos em um per�odo de 10 dias.
Acredita-se que a variante Delta, altamente contagiosa, esteja por tr�s dessa retomada da covid-19 no pa�s.
O surto atual � o maior na China nos �ltimos meses — o pa�s teve bastante sucesso no controle do v�rus dentro de suas fronteiras em 2020.
N�o se sabe ao certo quantas pessoas foram totalmente vacinadas, mas o governo chin�s diz que 1,6 bilh�o de doses foram aplicadas at� agora.
Zhangjiajie: 'novo marco zero' da covid-19 na China
Quinze prov�ncias chinesas j� confirmaram casos. Em 12 delas, h� conex�o com um surto que come�ou em Nanjing, na prov�ncia de Jiangsu. Autoridades locais atribu�ram a propaga��o � variante Delta e � temporada de turismo dom�stico.
Em Zhuzhou, na prov�ncia de Hunan, mais de 1 milh�o de pessoas foram orientadas a n�o sair de casa por tr�s dias, enquanto os testes em massa e uma campanha de vacina��o s�o ampliados. O governo regional descreveu a situa��o como "sombria e complicada". Em outras cidades, comunidades inteiras est�o sendo colocadas sob isolamento emergencial � medida que surgem casos da variante Delta.
A variante foi detectada no pa�s pela primeira vez em julho deste ano no aeroporto de Nanjing, infectando funcion�rios que haviam limpado um avi�o que chegou da R�ssia.
As autoridades testaram de imediato 9,2 milh�es de moradores de Nanjing e impuseram o isolamento a centenas de milhares de pessoas.
Mas, no fim de semana, os holofotes se voltaram para o popular destino tur�stico de Zhangjiajie, na prov�ncia de Hunan, onde foram registrados muitos dos casos recentes.
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Autoridades de sa�de est�o tentando rastrear cerca de 5 mil pessoas que assistiram a apresenta��es em um teatro de Zhangjiajie e depois viajaram de volta para suas cidades natais.
Todas as atra��es em Zhangjiajie foram fechadas e os turistas est�o sendo solicitados a fazer um teste covid-19 antes de deixar a cidade, informou a m�dia local.
"Zhangjiajie se tornou agora o novo marco zero para a propaga��o da epidemia na China", afirmou o pesquisador Zhong Nanshan, refer�ncia em doen�as respirat�rias da China, a jornalistas.
Casos em Pequim e Wuhan

O novo surto tamb�m chegou � capital, Pequim, onde h� registro de v�rias transmiss�es locais.
Todas as viagens da capital a �reas com casos positivos de covid-19 tiveram viagens a�reas e rodovi�rias bloqueadas. Turistas tamb�m est�o proibidos de entrar na capital, com exce��o de "viajantes essenciais" que apresentam testes de covid-19 negativos.
O v�rus tamb�m ressurgiu em Wuhan, na prov�ncia de Hubei, a cidade chinesa onde a covid-19 apareceu pela primeira vez. L�, sete pessoas j� tiveram teste positivo para o v�rus. De acordo com a m�dia estatal chinesa, a cidade n�o registrava nenhuma infec��o transmitida localmente desde junho de 2020.
A China tamb�m est� lutando contra um aumento nos casos em Zhengzhou, na prov�ncia de Henan, que sofreu fortes inunda��es no m�s passado, bem como na ilha de Hainan, ao sul do continente.
O jornal Global Times, vinculado ao Partido Comunista Chin�s e publicado em ingl�s, classificou o surto atual no pa�s como "o mais s�rio desde Wuhan" e, em um editorial, criticou " brechas gritantes" nas medidas de preven��o contra a covid-19.
"� absolutamente preocupante que uma �nica falha seja capaz de afetar muitas prov�ncias e regi�es em todo o pa�s... isso mostra que nosso progresso sistem�tico no combate � epidemia precisa ser fortalecido", diz o texto.
O surto levantou preocupa��es sobre as vacinas, pois descobriu-se que alguns dos infectados haviam sido vacinados. Entretanto, Shao Yiming, pesquisador do Centro de Controle e Preven��o de Doen�as da China, lembrou a rep�rteres no s�bado que infec��es s�bitas em pessoas vacinadas "s�o esperadas". Nenhuma vacina tem 100% de efic�cia para prevenir a infec��o, mas todas t�m alta efic�cia contra formas graves da doen�a que levam a interna��es e mortes.
Como as vacinas Sinovac e Sinopharm, dois dos imunizantes mais usados na China, que mostraram em ensaios cl�nicos serem de 50% a 79% eficazes na preven��o da infec��o sintom�tica, mas s�o altamente eficazes na preven��o de hospitaliza��es ou mortes.
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