
Primeira na��o do Ocidente a usar vacina aprovada do ponto de vista cl�nico contra a COVID-19, o Reino Unido come�ou nessa ter�a-feira (8/12) a imunizar idosos, seus cuidadores e profissionais de sa�de com a subst�ncia produzida pela Pfizer.
A R�ssia j� administra sua vacina, a Sputnik V, desde o fim de semana passado e a China tamb�m fornece uma vacina experimental a um grupo reduzido da popula��o.
Entre 13 pa�ses que definiram campanhas de imuniza��o, tendo vacinas garantidas – o que n�o � o caso do Brasil –, como o Estado de Minas mostra nesta reportagem, Alemanha, Argentina, Turquia e Bulg�ria pretendem deslanchar suas campanhas ainda neste m�s.
Reino Unido
� o primeiro pa�s ocidental a iniciar a campanha com vacina clinicamente aprovada contra a COVID-19. A campanha come�ou ontem por pessoas idosas, seus acompanhantes e profissionais da sa�de.O governo brit�nico adquiriu 40 milh�es de doses da vacina desenvolvida pelos laborat�rios Pfizer e BioNTech, suficientes para imunizar 20 milh�es de pessoas. Ser�o aplicadas duas doses gratuitas com 21 dias de diferen�a.
Conclu�dos em 18 de novembro, os testes indicaram que o imunizante � seguro e tem 95% de efic�cia. De acordo com o secret�rio da Sa�de, Matt Hancock, 800 mil doses devem estar dispon�veis para a primeira etapa da vacina��o.
Os idosos em casas de repouso e funcion�rios est�o no topo da lista de prioridades recomendada pelo Comit� Conjunto de Vacina��o e Imuniza��o (JCVI). Em seguida, ser�o vacinados os maiores de 80 anos e as equipes de sa�de e aten��o da linha de frente contra a COVID-19.
Logo depois, devem ser imunizados, nesta ordem, pessoas acima de 75, 70 e 65 anos, respectivamente; aqueles de 16 a 64 anos com doen�as preexistentes; e os grupos com 60, 55 e 50 anos.
A segunda fase da vacina��o ter� como alvo pessoas com maior risco de exposi��o ocupacional ou que prestam servi�os p�blicos essenciais, incluindo professores e trabalhadores no transporte. Depois, ser� a vez do restante da popula��o.
'N�o � t�o simples assim: os desafios da vacina contra o coronav�rus
It�lia
A It�lia, pa�s onde a pandemia matou mais de 58 mil pessoas, anunciou que vai come�ar sua campanha de vacina��o no in�cio de 2021.O presidente do Conselho Superior da Sa�de (CSS), Franco Locatelli, disse em entrevista � emissora Rai 3 que a imuniza��o deve come�ar na segunda quinzena de janeiro. � quando as primeiras doses das vacinas do cons�rcio BioNtech/Pfizer e do grupo americano Moderna chegam ao pa�s.
A vacina��o ser� inicialmente voltada ao grupo de risco e funcion�rios da sa�de. Segundo o ministro da Sa�de, Roberto Speranza, a distribui��o vai ser feita em opera��o conjunta com o Ex�rcito italiano.
Por meio da Uni�o Europeia, os italianos j� garantiram a compra de 202,573 milh�es de doses de seis vacinas: AstraZeneca (produtora da vacina de Oxford), Biontech/Pfizer, Curevac, Johnson & Johnson (da Janssen), Moderna e Sanofi-GSK.
R�ssia
A vacina��o contra a COVID-19 teve in�cio, em Moscou, no s�bado passado, com prioridade para grupos de alto risco da doen�a, como professores, profissionais de sa�de e trabalhadores no transporte.Segundo o ministro da Sa�de da R�ssia, Mikhail Murashko, mais de 100 mil militares russos j� foram imunizados na �ltima semana e a meta � que 2 milh�es de pessoas sejam vacinadas at� o fim do m�s.
A Sputnik V � uma das vacinas desenvolvidas contra a doen�a no pa�s, que ter� vacina��o volunt�ria e gratuita. Uma outra vacina, tamb�m desenvolvida e aprovada no pa�s, a EpiVacCorona, deve ser aplicada em massa no ano que vem.
A expectativa do governo russo � de fazer parcerias internacionais para ampliara produ��o da Sputnik V, que � aplicada em duas doses, para imunizar mais de 500 milh�es de pessoas no mundo em 2021.
Alemanha
A Alemanha tamb�m prepara centros de vacina��o por todo o pa�s. Em Berlim, a imuniza��o deve chegar a 450 mil pessoas (cerca de 12% da popula��o da cidade) em meados de dezembro. A vacina��o ser� volunt�ria e gratuita e o pa�s j� garantiu 300 milh�es de doses de diferentes fabricantes.O governo pretende fazer 20 mil aplica��es por dia em idosos e pessoas que fazem parte de grupos de risco. Pessoas com dificuldade de mobilidade devem ser vacinadas em casa.
Institui��es de pesquisa e um comit� de �tica sugeriram, em documento, que idosos e pessoas que pertencem ao grupo de risco, como diab�ticos, obesos e hipertensos, devem ter prioridade na imuniza��o. Tamb�m entram na lista profissionais de sa�de, bombeiros, policiais, professores e educadores.
A imuniza��o de toda a popula��o alem� deve se estender at� 2022.
Portugal
O governo portugu�s prev� vacina��o volunt�ria e gratuita a partir de janeiro de 2021. O pa�s adquiriu 22 milh�es de doses por 200 milh�es de euros, em acordos assinados com os fabricantes CureVac, Pfizer-BioNTech, Moderna, Johnson, Sanofi e GSK.A Pfizer, inclusive, disse que as primeiras doses podem chegar ao pa�s nos primeiros dias do pr�ximo ano.
A primeira etapa de vacina��o est� prevista at� fevereiro, e, se houver atrasos, pode ser conclu�da em abril. A inten��o � imunizar quase 10% da popula��o nessa fase.
T�m prioridade os maiores de 50 anos com doen�as preexistentes, profissionais da linha de frente contra a doen�a respirat�ria, como sa�de, seguran�a e militares, pessoas em casas de repouso e unidades de terapia intensiva.
Na segunda etapa, a previs�o � de imunizar 2,7 milh�es de pessoas, incluindo aquelas com mais de 65 anos. O restante da popula��o seria vacinado em uma terceira fase.
Fran�a
A Fran�a prev� in�cio de vacina��o gratuita contra o coronav�rus em janeiro para idosos em casas de repouso. No pa�s, s�o mais de 1 milh�o de pessoas nessa condi��o.
Segundo o governo franc�s, em fevereiro, ser� a vez dos 14 milh�es mais fragilizados pela idade ou patologias, e, na primavera, que come�a em mar�o no pa�s, a vacina��o ser� ampliada para toda a popula��o maior de 18 anos.
De acordo com o primeiro-ministro Jean Castex, a campanha de vacina��o come�ar� com as duas vacinas que estar�o dispon�veis ap�s autoriza��o das autoridades de sa�de europeias e francesas: a da Pfizer/BioNtech e a da norte-americana Moderna.
Espanha
A Espanha � um dos pa�ses europeus mais atingidos pela COVID-19, com quase 1,7 milh�o de infectados e mais de 46 mil �bitos registrados. O governo planeja iniciar a campanha de vacina��o no in�cio de janeiro e anunciou que espera imunizar entre 15 milh�es e 20 milh�es de pessoas at� junho de 2021.China
A China ainda n�o apresentou uma estrat�gia clara para vacinar a popula��o, mas dirigentes do governo informaram que a distribui��o deve ocorrer at� o fim deste m�s, segundo ag�ncias internacionais de not�cias.Existem pelo menos quatro tipos de vacina aprovadas para uso antecipado ou limitado no pa�s: CanSinoBIO, Sinovac Biotech, Wuhan Institute of Biological Products e Sinopharm. Por�m, n�o se sabe exatamente quantas nem quais pessoas j� receberam ou v�o receber uma dessas vacinas contra a COVID-19.
No in�cio de outubro, a Sinopharm anunciou que centenas de milhares de pessoas j� haviam recebido suas vacinas candidatas, segundo o jornal americano The New York Times.
A estatal tem dois imunizantes na corrida: um � produzido por seu laborat�rio em Pequim e o outro em Wuhan, cidade que teve os primeiros casos de COVID-19 do mundo, reportados � Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).
J� a Sinovac Biotech, que testa sua candidata a vacina no Brasil em acordo com o Instituto Butantan, ligado ao governo de S�o Paulo, informou que mais de 10 mil pessoas em Pequim foram imunizadas com sua vacina, tamb�m de acordo com o The New York Times.
Uma outra candidata, a CanSino, foi aplicada em militares, segundo a rede de TV brit�nica BBC.
Turquia
A Turquia anunciou que pretende iniciar o processo de vacina��o nesta sexta-feira. O governo fechou acordo para a compra de 20 milh�es de doses para dezembro, com o laborat�rio chin�s Sinovac Biotech. O ministro da Sa�de do pa�s, Fahrettin Koca, ressaltou que a expectativa � de que 25 milh�es dos 82 milh�es de habitantes do pa�s sejam imunizados at� o fim deste ano.Bulg�ria
O Minist�rio da Sa�de do pa�s informou que deve iniciar a vacina��o uma semana ap�s a chegada das primeiras 125 mil doses da vacina da Pfizer esperadas para o fim de dezembro. A imuniza��o ser� gratuita e m�dicos, enfermeiros, dentistas e farmac�uticos t�m prioridade na aplica��o.Segundo o plano volunt�rio, professores, pessoas em lares de idosos e trabalhadores em fazendas de visons devem ser vacinados em seguida. Logo depois, ser� a vez dos trabalhadores de servi�os sociais e de pessoas com mais de 65 anos.
O governo da Bulg�ria deve adquirir de 12 milh�es a 13 milh�es de doses, por cerca de 250 milh�es de euros. Freezers j� est�o sendo preparados para armazenar a vacina da Pfizer, que precisa ser mantida a uma temperatura de 70°C negativos.
O Parlamento apoiou o plano do governo de participar de um acordo da Uni�o Europeia e obter vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Sanofi.
Pol�nia
Um dos pa�ses mais atingidos pela segunda onda da COVID-19, a Pol�nia anunciou ter assinado contratos para adquirir 45 milh�es de doses das vacinas da Pfizer, BioNTech, AstraZeneca e Johnson. O premi� polon�s, Mateusz Morawiecki, disse esperar que as vacinas fiquem dispon�veis at� fevereiro do ano que vem e a estrat�gia de vacina��o do pa�s deve ser anunciada nos pr�ximos dias.Argentina
O governo argentino vai vacinar 300 mil pessoas at� o fim do ano, como anunciou o presidente do pa�s, Alberto Fern�ndez. O planejamento do governo � adquirir 25 milh�es de doses da vacina russa Sputnik V. O carregamento deve chegar ao pa�s entre este m�s e janeiro, quando est� previsto o in�cio das imuniza��es.Ao longo de dezembro e janeiro, o governo argentino pretende vacinar 12,5 milh�es de pessoas. Esse universo pode duplicar e alcan�ar mais da metade da popula��o. A vacina��o em massa, assim que a fase 3 dos testes for bem-sucedida, pretende evitar uma segunda onda da pandemia depois do pr�ximo ver�o, a exemplo do que ocorre na Europa.
Jap�o
Lei aprovada no in�cio deste m�s na na��o nip�nica garante o fornecimento gratuito da vacina contra a COVID-19 para os mais de 120 milh�es de habitantes do pa�s. O governo japon�s tem acordos fechados com a Pfizer, a americana Moderna e a brit�nica AstraZeneca. A imuniza��o deve come�ar em janeiro de 2021.O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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