
Os primeiros registros da cepa no Pa�s foram confirmados em maio, entre os tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que atracou em S�o Lu�s. No momento, 6 dos 11 casos listados pela pasta federal s�o de tripulantes da embarca��o. H� ainda dois casos de Apucarana (Paran�), e ocorr�ncias isoladas nos munic�pios de Campos dos Goytacazes (Rio), Juiz de Fora (Minas) e Goi�nia (Goi�s). O primeiro caso da Delta no Paran� foi anunciado no in�cio do m�s. Uma senhora de 71 anos, que apresentou sintomas, foi hospitalizada e sobreviveu.
O segundo caso confirmado no Estado foi de uma mulher que tinha 42 anos, que acabou morrendo. Ela apresentou sintomas dois dias ap�s chegar ao Brasil. Oito dias depois, foi internada.
O quadro piorou e, no terceiro dia de hospitaliza��o, morreu ap�s uma ces�ria de emerg�ncia no dia 18 de abril, segundo informa��es divulgadas nesta sexta-feira. O rec�m-nascido prematuro testou negativo para covid-19 e se encontra saud�vel, ap�s dois meses internado. A Secretaria de Sa�de do Estado n�o considera que h� transmiss�o comunit�ria da Delta na regi�o e informa que aguarda a an�lise de outras amostras tamb�m enviadas para o programa de vigil�ncia realizado em parceria com a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Goi�nia, por outro lado, � a �nica cidade do Pa�s a constatar transmiss�o comunit�ria da cepa. Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, o caso da variante Delta foi detectado em um estudo feito em parceria com a Universidade Federal de Goi�s, que testou 62 pessoas. A cepa foi identificada em uma jovem com sintomas leves e sem hist�rico de viagem. O munic�pio informa que outros casos de covid-19 foram confirmados ap�s uma busca ativa da Vigil�ncia Sanit�ria em contatos pr�ximos dela. Apesar disso, como essas pessoas n�o eram participantes do estudo, n�o � poss�vel afirmar que tamb�m sejam infec��es pela Delta.
Tanto no primeiro positivo registrado no Paran� quanto no caso de Goi�s, os pacientes n�o eram considerados suspeitos de infec��o pela variante e foram localizados de maneira aleat�ria por estudos locais de monitoramento gen�mico. Mas o diretor da Fiocruz S�o Paulo, Rodrigo Stabeli, tamb�m consultor da OMS para gen�mica, considera que o monitoramento ainda � "ruim". "Espero que um dos legados dessa pandemia � refor�ar a vigil�ncia em sa�de no Brasil, principalmente a epidemiol�gica, que antes era vista como uma ci�ncia e n�o como um ato de sa�de p�blica. � ela quem consegue prever e planejar as a��es que v�o dar conta de um surto."
De acordo com o especialista, apesar de ser um dos l�deres da pr�tica na Am�rica Latina, o Brasil ainda est� longe de outros lugares no que diz respeito a essa atividade. "Fazemos menos de 1% do que os Estados Unidos fazem, por exemplo." Essa aus�ncia de dados acarreta em lacunas de informa��o. "N�s podemos ter essa variante j� circulando. Por isso, precisamos incentivar a vacina��o e tamb�m o uso de m�scaras. A m�scara previne qualquer variante, seja Gama, Delta ou Alfa", explica.
Ratreio
Na maior parte do Brasil, as a��es para conten��o e preven��o da covid-19 s�o universais para todas as variantes e abrangem estrat�gias de isolamento social, testagem, incentivo � vacina��o e aos protocolos de prote��o, como o uso de m�scaras. Em alguns locais, por�m, h� tamb�m a realiza��o de barreiras sanit�rias, controladas, em sua maioria, por munic�pios e refor�o nas a��es de monitoramento gen�mico.
No Maranh�o, por exemplo, as barreiras est�o localizadas nas principais portas de entrada da capital S�o Lu�s e de Imperatriz, segunda maior cidade. Apesar do caso dos seis tripulantes estrangeiros contaminados com a nova cepa, o Estado n�o registra epis�dios locais confirmados da variante. Em raz�o da identifica��o da cepa e o risco iminente de transmiss�o local, o Minist�rio da Sa�de antecipou o envio de 300 mil doses de vacina contra covid-19 para os munic�pios de S�o Lu�s, S�o Jos� de Ribamar, Pa�o do Lumiar e Raposa.
As barreiras sanit�rias tamb�m est�o presentes em Manaus, no Amazonas, e em alguns munic�pios do Esp�rito Santo. Al�m de cidades, principalmente fronteiri�as, do Par� e de Roraima - que n�o apresentam casos da variante Delta.
Desde o in�cio de junho, o Rio intensificou o monitoramento de passageiros origin�rios da �ndia que chegam aos Aeroportos Internacional Tom Jobim (Gale�o) e Santos Dumont. Na cidade de S�o Paulo, a Secretaria Municipal de Sa�de implementou barreiras em terminais rodovi�rios e no Aeroporto de Congonhas no fim de maio. H� triagem de passageiros sintom�ticos, com quadro de s�ndrome gripal, para investiga��o cl�nica e laboratorial, e recomenda��es de isolamento para casos suspeitos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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Confira respostas a 15 d�vidas mais comuns
Quais os sintomas do coronav�rus?
O que � a COVID-19?
A COVID-19 � uma doen�a provocada pelo v�rus Sars-CoV2, com os primeiros casos registrados na China no fim de 2019, mas identificada como um novo tipo de coronav�rus pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) em janeiro de 2020. Em 11 de mar�o de 2020, a OMS declarou a COVID-19 como pandemia.