S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Manifestantes contr�rios a exig�ncia de comprovante da vacina��o contra a Covid-19 no estado do Rio de Janeiro tentaram invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na tarde desta quarta-feira (8) e foram impedidos por seguran�as do local.
Eles queriam acompanhar a vota��o do projeto de lei que pro�be no estado o tratamento diferenciado, constrangedor ou discriminat�rio �s pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid.
Apresentado pelos deputados Filipe Soares (Democratas) e M�rcio Gualberto (PSL), o projeto recebeu 57 emendas e voltou � tramita��o nas comiss�es internas antes de ser votado em plen�rio.
Segundo a Alerj, o grupo n�o pode entrar porque o limite de ocupa��o das galerias j� havia sido atingido. Al�m disso, v�rios manifestantes estavam sem m�scaras de prote��o contra a Covid. V�deo que circula nas redes sociais mostra tumulto, empurra-empurra e gritaria na entrada do Legislativo.
"A confus�o foi contida e a sess�o prosseguiu, com a discuss�o do projeto pelos deputados", disse o Legislativo estadual, em nota � imprensa. De acordo com a Assembleia, havia um acordo com os autores da proposta sobre o uso de m�scaras e a obedi�ncia ao limite de ocupa��o das galerias.
"Cenas deprimentes na Alerj, onde a bancada bolsonarista inflamou os negacionistas", afirmou a deputada estadual Renata Souza (PSOL). "S�o mais de 615 mil pessoas mortas pela Covid e pela neglig�ncia do Bolsonaro, mas ainda assim a irracionalidade dos antivacinas grita".
Na justificativa do projeto, os deputados afirmam que "medidas totalit�rias contra as liberdades individuais est�o pavimentando a via para a cria��o de cidad�os de segunda classe sujeitos � marginaliza��o por compulsoriedade vacinal".
A gest�o do prefeito Eduardo Paes (PSD) ampliou, no in�cio do m�s, o grupo de atividades no Rio de de Janeiro que devem exigir o comprovante de vacina��o contra Covid-19 para a entrada dos clientes.
Em decreto, a prefeitura estendeu a medida a hot�is, shoppings, servi�os de transporte de passageiros, como t�xis e carros de aplicativo, e bares e lanchonetes que queiram acomodar os clientes em �rea interna ou coberta.
Horas depois de o decreto ter sido publicado, Paes disse que foi um exagero cobrar o comprovante para entrar em t�xis, carros de aplicativo e shoppings. Para os demais casos, a regra continua valendo.
Nas redes sociais, Paes tem sido insistente na defesa da vacina��o. Em v�deo recente, ele afirmou que os turistas n�o vacinados podem ficar em seus pa�ses, cidades e estados. "N�o ser�o bem-vindos na cidade do Rio de Janeiro", disse. "Transmita a sua irresponsabilidade na sua cidade, n�o no Rio de Janeiro".
Para o prefeito, "pessoas ignorantes" que n�o conhecem o direito � vida e o respeito ao pr�ximo jamais compreender�o isso. "Pode chiar, pode piar, pode reclamar. A gente est� baseado na Constitui��o, em uma decis�o do presidente do Supremo Tribunal Federal".
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