
A cidade registrou recorde de �nibus queimados em um s� dia. Foram 35 coletivos, sendo 20 de opera��o municipal, cinco modelos BRT e outros de turismo e fretamento.
A estimativa do preju�zo � da Semove, federa��o que representa 184 empresas de �nibus no Estado. "A inexist�ncia de seguro para este tipo de crime dificulta a reposi��o dos ve�culos destru�dos, prejudicando quem depende do transporte coletivo", disse a organiza��o, em nota.
Ainda segundo a Semove, "um �nibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo m�nimo para que haja a reposi��o de um ve�culo no sistema de transporte. O custo de substitui��o dos ve�culos incendiados nesta ter�a-feira pode chegar a R$ 35 milh�es".Nesta ter�a (24), moradores da zona oeste, �rea que sofreu com os ataques, n�o conseguiam pegar �nibus durante a manh�. Os relatos d�o conta de que o problema acontece desde �s 4h.
"Informa��es quentinhas sobre transporte p�blico para quem mora na Zona Oeste do Rio de Janeiro: n�o h�. Bom dia e boa humilha��o a todos os cariocas", publicou uma usu�ria no X (antigo Twitter).
O governador do Rio, Cl�udio Castro (PL), afirmou que dos 12 detidos, 6 ficaram presos. A pol�cia n�o conseguiu provar que eles estavam envolvidos nos ataques em repres�lia � morte de Faust�o. Os outros seis presos ser�o indiciados por terrorismo, e a den�ncia contra eles ser� encaminhada ao Minist�rio P�blico.
"A gente n�o vai ficar fazendo n�mero se n�o h� ind�cio de autoria e materialidade. Ningu�m est� querendo arrumar volume para ser culpado", completou.
- Mil�cias no Rio: os fatores que acirram a disputa na zona oeste da cidade
"Minha orienta��o � para toda a for�a do Rio de Janeiro na rua. Viaturas, carros blindados, helic�pteros, drones, tanto da Pol�cia Civil quanto da Pol�cia Militar, Pol�cia Penitenci�ria tamb�m com n�vel m�ximo de cuidado e de alerta. At� estar totalmente estabilizado, assim vai ser a nossa postura para garantir que o cidad�o tenha tranquilidade e o seu direito de ir e vir preservado", disse Castro, em entrevista coletiva.
QUEM � FAUST�O, MORTO NESTA SEGUNDA
O inc�ndios come�aram ap�s a morte de Faust�o, apontado pelo Minist�rio P�blico e pela pol�cia como o n�mero dois da maior mil�cia do Rio, hoje conhecida como Mil�cia do CL.
O grupo � comandado por Lu�s Ant�nio da Silva Braga, o Zinho, tio de Faust�o.
Segundo a pol�cia, Faust�o foi atingido por tiros durante um confronto entre milicianos e agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e do DGPE (Departamento Geral de Pol�cia Especializada) em Tr�s Pontes, tamb�m na zona oeste da cidade.
O suspeito chegou a ser levado para o Hospital Pedro 2º, mas n�o sobreviveu, de acordo com a prefeitura.
Em setembro, Faust�o foi denunciado por ser um dos atiradores que mataram o ex-vereador Jer�nimo Guimar�es Filho, o Jerominho. Este, por sua vez, fundou nos anos 2000 a Liga da Justi�a, grupo que deu origem � atual mil�cia comandada por Zinho, segundo a Promotoria.
A advogada de Faust�o, Leonella Vieira, criticou a atua��o das for�as de seguran�a. "O Estado precisa ser competente para prender e n�o covarde para executar com tiros nas costas, como rotineiramente vem acontecendo", disse ela. "A sociedade precisa se questionar porque quando se trata de integrantes da fam�lia Braga, o alto escal�o da Pol�cia Civil do estado do Rio de Janeiro n�o efetua pris�es, apenas execu��es."
Durante sua entrevista coletiva nesta segunda, o governador do Rio disse que est� empenhado em prender as tr�s principais lideran�as criminosas do estado --entre elas, Zinho. A lista inclui tamb�m Danilo Dias Lima, suspeito de chefiar uma mil�cia e conhecido como Tandera, e Wilton Quintanilha, o Abelha, suspeito de ser um dos l�deres da fac��o criminosa Comando Vermelho.