
O ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, evitou comentar a conversa que teve com o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro ( sem partido), na manh� desta quarta-feira, durante reuni�o no Pal�cio do Planalto.
O encontro durou pouco mais de duas horas, bem al�m da previs�o de meia hora que constava da agenda oficial do presidente.
O encontro acontece dois dias depois de um dia tenso, na segunda-feira (6), em que Bolsonaro precisou ser convencido por militares do primeiro escal�o do governo a n�o demitir Mandetta – alvo de discord�ncia do presidente diante da condu��o do ministro no combate � pandemia do novo coronav�rus.
O ministro chegou e saiu pela garagem sem dar entrevistas aos jornalistas. Ao chegar ao Minist�rio da Sa�de, ele tamb�m n�o quis comentar o encontro com Bolsonaro. Jornalistas que conseguiram falar com Mandetta pelo whatsapp afirmaram que o ministro foi sucinto ao repercutir o encontro: “tranquilo e trabalho’’.
A p�
Antes das rusgas com Bolsonaro, o costume do ministro era chegar e sair a p� do Planalto. No trajeto at� o minist�rio, Mandetta costumava responder a perguntas de jornalistas que o acompanhavam.
Cotado para substituir Mandetta
O ex-ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB/RS), chegou ao Pal�cio do Planalto logo ap�s Mandetta deixar o local.
Terra disse aos jornalistas que sua agenda no Planalto era uma reuni�o no gabinete do Minist�rio da Casa Civil, comandado pelo general Braga Netto.
O parlamentar � tido hoje como um dos principais conselheiros de Bolsonaro. Terra, que tamb�m � m�dico, concorda com o presidente, a despeito de recomenda��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (ONU), que defende o isolamento social apenas para grupos de risco, ou seja, idosos e pacientes de doen�as cr�nicas.
Osmar Terra tamb�m comunga com a opini�o de Bolsonaro sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para combater a Covid-19, nome da doen�a provocada pelo novo coronav�rus.
Mandetta e infectologistas n�o concordam com o uso indiscriminado do medicamento, tendo em vista que n�o h� ainda comprova��o cient�fica sobre a efic�cia e, ainda, os fortes efeitos colaterais da droga.
O ministro chegou a tratar do assunto em coletiva e “liberou” o uso do medicamento conforme indica��o sob supervis�o m�dica.
H� pouco mais de duas semanas, diante da divulga��o sobre o uso do medicamento para combater o coronav�rus _ com indica��o para doen�as como mal�ria, l�pus, entre outras doen�as autoimunes-,o rem�dio chegou a faltar nas prateleiras da maioria das farm�cias do pa�se e continua em falta.
Hoje, o presidente Bolsonaro, antes do encontro com Mandetta, defendeu , em seu perfil no Twitter, a libera��o do uso da cloroquina e do hidroxicloroquina.