Quinze nomes est�o na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O hor�rio eleitoral gratuito nas emissoras de r�dio e televis�o se iniciou h� uma semana. Candidatos a prefeito de Belo Horizonte tem utilizado os dois blocos di�rios de 10 minutos e as inser��es ao longo do dia para apresentar propostas e fazer cr�ticas a Alexandre Kalil (PSD), que tenta a reelei��o. Uma das pautas presentes nos programas � o Or�amento Participativo — programa que permite, � popula��o, escolher obras a serem feitas pelo poder p�blico. Postulantes ao executivo municipal cobram, tamb�m, o fortalecimento das regionais e a descentraliza��o da administra��o.
Ver galeria . 15 FotosAlexandre Kalil (PSD) busca a reelei��o. Seu vice - e colega de partido - � Fuad Noman. A coliga��o tem, ainda, Rede, MDB, PP, PV, PDT, Avante e DC.
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Nesta sexta-feira, Kalil reconheceu a import�ncia do Or�amento Participativo, mas disse que, ao assumir a prefeitura, percebeu a utiliza��o do programa como “ferramenta pol�tica”. Segundo ele, cerca de 450 obras iniciadas a partir das decis�es populares estavam paradas.
“Era festa, n�o era obra. N�s j� estamos concluindo, das 450, mais de 300. Fazer reuni�es demag�gicas e prometer obras n�o faz meu estilo. Se a gente n�o zerar essa fila, n�o vamos fazer maldade com o povo. N�o vamos prometer e n�o cumprir, reunir gente que precisa da obra, falar que vai fazer, mas n�o fazer”, afirmou o l�der da corrida eleitoral. Conforme a mais recente pesquisa, publicada pelo Ibope, o pessedista tem 59% das inten��es de voto.
Representante do PT, Nilm�rio Miranda aposta nas administra��es petistas em BH (Patrus Ananias, nos anos 1990, e Fernando Pimentel, na d�cada de 2000). A tentativa � vista, justamente, quando menciona a necessidade de dar mais poder �s regionais.
“Temos que fazer, em cada regional desta cidade, uma economia popular e solid�ria. N�o � fazer tudo no centro; � fazer em todos os lugares da cidade, ter administra��es regionais, verdadeiras subprefeituras. Aproximar o poder de onde o povo vive”, apontou, durante o programa desta sexta, salientando que os moradores t�m ideias de como suas localidades podem ser melhoradas.
O tom � similar ao dado por Luisa Barreto (PSDB), cuja campanha tem a ideia de “cidade colaborativa” como um dos eixos. Do �ltimo dia 9 para c�, ela falou, por exemplo sobre a utiliza��o de aplicativos de celular para melhorar a comunica��o entre popula��o e poder Executivo.
Nesta sexta, a tucana falou sobre a viol�ncia contra a mulher e prometeu unir guarda municipal e assist�ncia social para amparar aquelas que est�o em situa��o de risco.
Vice-l�der cr�tica Kalil e lembra atua��o legislativa
Quem tamb�m cita a viol�ncia de g�nero como problema a ser atacado � Jo�o V�tor Xavier (Cidadania). Nesta semana, um dos pontos mais explorados por ele foi a proposta de criar uma casa para acolher v�timas de agress�es.
“Ser�o espa�os seguros e confort�veis para acolher mulheres, m�es e filhos que precisam de ajuda”, projetou vislumbrando instalar um empreendimento do tipo em cada regional at� o fim de um eventual mandato.
Vice-l�der nos levantamentos eleitorais — com 7%, segundo o Ibope —, Jo�o V�tor come�ou a campanha em r�dio e TV se dividindo entre cr�ticas a Kalil e lembran�as de sua atua��o como deputado estadual na Assembleia Legislativa.
As chuvas que assolaram a cidade no in�cio foram citadas pelo candidato, que criticou a demora da prefeitura na conclus�o das obras. O mesmo aconteceu com a atua��o de Jo�o V�tor no Parlamento � �poca da trag�dia de Brumadinho. A propaganda, em tom de apresenta��o, foi repetida diversas vezes nos primeiros dias. Com 3 minutos e 16 segundos de cada bloco de 10 minutos, o pol�tico do Cidadania � dono do maior tempo. Por isso, acumula inser��es ao longo dos intervalos comerciais.
�urea Carolina (Psol), terceira colocada na disputa, possui 16 segundos. Por isso, al�m de rememorar seus feitos eleitorais, como ter sido a vereadora mais votada em 2016, convida os eleitores a conhecer as propostas compiladas em seu site oficial.
Lafayette tenta colar imagem a pautas morais
O deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos) tem poucos segundos nas emissoras, mas tenta mesclar a apresenta��o de propostas com men��es diretas e indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como fotos ao lado dele, e a defesa de pautas morais, como a fam�lia tradicional. A candidatura � vendida como uma chapa formada “em defesa da fam�lia”.
Nesta sexta, Lafayette falou sobre a ideia de um alistamento facultativo com o objetivo de aumentar o contingente da Guarda Municipal. Ele prop�e, tamb�m, a convoca��o dos aprovados no �ltimo concurso da corpora��o, mas ainda n�o chamados para ocupar os cargos.
Rodrigo Paiva (Novo), por sua vez, busca atrair o empresariado propondo desburocratizar a abertura e a gest�o de neg�cios. “Todo mundo est� com medo de perder o emprego. Eu, como empreendedor, sei exatamente que para criar empregos � preciso diminuir impostos e acabar com a burocracia”, falou.
Comunista se apresenta como nome de esquerda
Wadson Ribeiro (PCdoB) aposta em uma campanha diferente da estrat�gia adotada por grandes nomes de seu partido. Em Porto Alegre, por exemplo, Manuela D'�vila faz poucas men��es ao nome da legenda — utilizando, inclusive, ainda que de forma discreta, o apelido “Movimento 65”, que dirigentes comunistas tentam emplacar.
Em Belo Horizonte, por outro lado, o candidato do PCdoB utiliza seu tempo de r�dio de TV para se firmar como ‘cabe�a’ de uma candidatura de esquerda e criticar Bolsonaro.
Apresenta��es e programas repetidos
H�, ainda, os concorrentes que t�m reprisado constantemente o teor de suas inser��es. Marcelo Souza e Silva (Patriota), at� agora, s� colocou no ar o v�deo de apresenta��o, citando sua liga��o com o setor lojista da cidade. Enquanto isso, o deputado estadual Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) se apresenta como “homem de f� inabal�vel”.
Quem tamb�m mostrou suas “credenciais” nesta sexta foi Fabiano Cazeca (Pros). Em sua primeira participa��o no hor�rio eleitoral, adiada por conta de imbr�glio com o partido, ele convocou o eleitorado a conhecer o site da campanha.
Zema e Lula s�o cabos eleitorais
Figuras de relev�ncia nacional t�m aparecido pouco nos materiais dos candidatos belo-horizontinos. O governador Romeu Zema (Novo) tem sido utilizado pelo correligion�rio Rodrigo Paiva, enquanto Nilm�rio Miranda recorreu a v�deos do ex-presidente Lula em alguns comerciais.
Fora as fotos mostradas por Lafayette Andrada,Bolsonaro s� � citado nominalmente, mesmo, em tom cr�tico. Isso porque Bruno Engler, candidato dele em BH, � filiado ao PRTB, partido sem acesso ao tempo de TV em virtude do desempenho ruim na elei��o passada. O mesmo ocorre com Mar�lia Domingues (PCO), Wanderson Rocha (PSTU) e Cabo Washington Xavier (PMN).
Primeiro turno de vota��o nas elei��es 2020 ser� em 15 novembro. Confira nosso guia
Elei��es 2020: como votar, datas e hor�rios
O primeiro turno das elei��es 2020 ser� em 15 de novembro e, caso seja necess�rio no seu munic�pio, o segundo turno ser� realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas elei��es, o hor�rio de vota��o � das 7h �s 17h. O hor�rio entre 7h e 10h � preferencial para maiores de 60 anos.
Muitas mudan�as foram feitas pela Justi�a Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o per�odo eleitoral de 2020. Al�m disso, os eleitores tamb�m ter�o de se adaptar �s novas normas para os dias de vota��o, como a abertura antecipada das se��es eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas elei��es 2020?
Os eleitores poder�o optar por justificar o voto de tr�s formas:
No dia das elei��es: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a aus�ncia em qualquer local de vota��o, das 7h �s 17h. O eleitor dever� ter o n�mero do t�tulo, um documento oficial de identifica��o e o formul�rio de justificativa preenchido.
Depois das elei��es: preenchendo o formul�rio de justificativa em qualquer cart�rio eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em at� 60 dias ap�s a vota��o.
A justificativa tamb�m poder� ser feita no aplicativo e-T�tulo.