Rodrigo Paiva e Luisa Barreto deixaram a Cidade Administrativa para disputar a Prefeitura de BH. (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
O debate entre os candidatos � Prefeitura de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (4), foi marcado por uma rixa entre Luisa Barreto (PSDB) e Rodrigo Paiva (Novo). Ex-integrantes do governo de Romeu Zema, do mesmo partido de Paiva, eles divergiram sobre a participa��o de Luisa na constru��o da minuta de acordo que o Executivo estadual busca, junto � Vale, por conta da trag�dia de Brumadinho.
O estado, ao lado do Minist�rio P�blico e da Defensoria P�blica, pede indeniza��o de R$ 54 bilh�es por conta do rompimento da Barragem do C�rrego do Feij�o. A ideia � utilizar parte do montante para bancar empreendimentos como o Rodoanel de Belo Horizonte, como citou, em setembro, o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio Gomes de Freitas.
O encontro, promovido pela Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) teve desenvolvimento econ�mico como tema. Em determinado momento, Luisa pediu a Paiva que falasse sobre o poss�vel acordo com a Vale. Ele discorreu sobre a necessidade de obras de infraestrutura em BH e citou os recursos que podem chegar aos cofres p�blicos como compensa��o pelo desastre de Brumadinho.
“O Rodoanel � um projeto antigo, que vai ser idealizado, sim, com a indeniza��o da Vale, um trabalho do secret�rio Otto (Levy, de Planejamento e Gest�o) e do governador Romeu Zema”, garantiu o ex-diretor-presidente da Companhia de Tecnologia do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
Luisa, no entanto, n�o gostou da resposta do concorrente. Ex-secret�ria-adjunta de Planejamento e Gest�o, ela se irritou com o fato de n�o ter sido citada, visto que era coordenadora-geral do comit� criado pelo governo estadual para negociar a��es de mitiga��o e repara��o aos atingidos pelo rompimento.
“A caracter�stica de grandes homens � saber reconhecer o trabalho do outro. Voc� tentar diminuir o meu trabalho e n�o reconhec�-lo, me desculpe, � muito feio”, rebateu.
No pr�ximo dia 17, o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) sedia nova reuni�o entre mineradora e governo para a discuss�o das bases do acordo. Ap�s o debate, o Estado de Minas procurou os candidatos para entender as motiva��es do imbr�glio.
Segundo Luisa, Paiva a enxerga como uma “amea�a”. “Fui secret�ria-adjunta, e � natural que eu fale do que fiz. E, felizmente, s�o muitas as realiza��es. Trabalhei muito e consegui muita coisa para o bem dos mineiros. Infelizmente, o candidato v� isso como uma amea�a a ele. Talvez por n�o ter tantas realiza��es a mostrar nesse tempo”, disparou.
O filiado ao Novo, por sua vez, acusou a tucana de tentar “embarcar” em feitos da administra��o estadual. “Ela quer dizer que � do governo Zema. O candidato do governador se chama Rodrigo Paiva. Ela est� querendo tirar ‘casquinha’”, sustentou, criticando o recente hist�rico de integrantes do PSDB investigados por ilicitudes.
Bate-rebate
A postura do engenheiro foi muito criticada por Luisa, que n�o poupou palavras. “De certa forma, ele tenta se fortalecer tentando desmerecer outros candidatos, o que � uma pena. As candidaturas t�m que apresentar suas for�as. O trabalho que fiz � reconhecido por todos: quem esteve — e est� — no governo, membros do Minist�rio P�blico e da Justi�a”, afirmou.
� reportagem, Rodrigo Paiva reiterou o “protagonismo” de Zema e Otto Levy nas negocia��es com a Vale. “O acordo n�o foi nem assinado. Ela trabalhava como coordenadora da equipe, mas n�o fez nada sozinha. Conversei com o secret�rio Otto, pois n�o estou na secretaria de Planejamento para ver o que ela fez l�”.
O estado apresentou o pedido de indeniza��o no �ltimo dia 22. A Vale, por outro lado, entregou documento em que oficializa o pedido pelo aprimoramento de nove premissas do acordo. A mineradora prometeu rever alguns pontos do documento. Outros foram aceitos por ambos os lados. H�, ainda, quest�es que ser�o reescritas para evitar impasses,
Entre as premissas colocadas pela companhia, est� um pedido pela centraliza��o das a��es socioecon�mica e socioambiental, al�m do processo movido pelo estado em virtude dos danos que Minas Gerais herdou do desastre.
A Advocacia-Geral do Estado cr� que, se firmado nas bases desejadas pelo poder p�blico, as tratativas podem dar forma ao maior acordo do tipo em toda a hist�ria da Am�rica Latina.
Primeiro turno de vota��o nas elei��es 2020 ser� em 15 novembro. Confira nosso guia
Elei��es 2020: como votar, datas e hor�rios
O primeiro turno das elei��es 2020 ser� em 15 de novembro e, caso seja necess�rio no seu munic�pio, o segundo turno ser� realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas elei��es, o hor�rio de vota��o � das 7h �s 17h. O hor�rio entre 7h e 10h � preferencial para maiores de 60 anos.
Muitas mudan�as foram feitas pela Justi�a Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o per�odo eleitoral de 2020. Al�m disso, os eleitores tamb�m ter�o de se adaptar �s novas normas para os dias de vota��o, como a abertura antecipada das se��es eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas elei��es 2020?
Os eleitores poder�o optar por justificar o voto de tr�s formas:
No dia das elei��es: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a aus�ncia em qualquer local de vota��o, das 7h �s 17h. O eleitor dever� ter o n�mero do t�tulo, um documento oficial de identifica��o e o formul�rio de justificativa preenchido.
Depois das elei��es: preenchendo o formul�rio de justificativa em qualquer cart�rio eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em at� 60 dias ap�s a vota��o.