Debate dos candidatos � Prefeitura de Belo Horizonte (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Para impulsionar a economia de Belo Horizonte, candidatos a prefeito da capital mineira acreditam que, primeiro, � preciso driblar os efeitos financeiros impostos pela pandemia do novo coronav�rus. Grande parte deles aponta o apoio a comerciantes e pequenos empreendedores como passo essencial. Nesta quinta-feira, dez postulantes ao Executivo municipal participaram de debate promovido pela Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O encontro tratou de formas para desenvolver a cidade em termos econ�micos.
Segundo �urea Carolina (Psol), 95% dos postos de trabalho da cidade s�o gerados por pequenos comerciantes. Ela prop�e a integra��o do setor �s ferramentas tecnol�gicas para dar f�lego � �rea. A deputada federal projetou, ainda, a cria��o de renda b�sica para otimizar a gera��o de renda e a desburocratiza��o dos processos para a abertura de neg�cios.
"Al�m de desburocratiza��o, propomos uma renda solid�ria, para que haja dinamiza��o econ�mica, garantindo que nenhuma fam�lia de Belo Horizonte receba menos de R$ 600 por m�s", afirmou.
Cabo Washington Xavier, do PMB, e Wadson Ribeiro, do PCdoB, defenderam a concess�o de linhas de cr�dito a pequenos empres�rios seriamente afetados pela pandemia. O policial militar quer apoio dos governos estadual e federal, al�m de organismos estaduais, para p�r de p� a ideia. Xavier falou, ainda, em criar um banco municipal de desenvolvimento e dar forma � vers�o belo-horizontina do aux�lio emergencial.
"� importante para as pessoas que perderam seus empregos, mas n�o sabem fazer outra coisa", explicou.
Wadson quer garantir empr�stimos sem juros, de at� R$ 3 mil, a trabalhadores informais. "Isso � importante pois os trabalhadores informais, muitas vezes, precisam de uma quantia para virar o m�s ou a semana", sustentou.
A atra��o de ind�strias est� na mira de Lu�sa Barreto (PSDB), embora ela reconhe�a as limita��es territoriais. A tucana pensa em articular, junto aos munic�pios da Regi�o Metropolitana, formas de alocar f�bricas em cidades vizinhas.
"O emprego criado em um munic�pio vizinho gera outros empregos e renda em Belo Horizonte e Contagem", argumentou, dizendo que BH deve "liderar" a busca pela instala��o de ind�strias em seu entorno.
Bruno Engler (PRTB) voltou a clamar pelo fim das medidas restritivas tomadas ante a pandemia. "Queremos, em Belo Horizonte, o com�rcio aberto, para que ele possa se reestruturar e gerar emprego".
Candidatos querem di�logo
Parte dos presentes ao debate teceu cr�ticas ao prefeito Alexandre Kalil (PSD). O combate � pandemia foi citado, mas o Plano Diretor sancionado no ano passado tamb�m esteve em pauta.
"A constru��o civil estagnou. A aprova��o do Plano Diretor foi de cima para baixo", falou Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), sugerindo pouca participa��o popular no processo.
Marcelo Souza e Silva, do Patriota, por seu turno, defendeu conversas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Romeu Zema (Novo) para, por exemplo, dar forma a obras de infraestrutura.
"Precisamos fazer, em Belo Horizonte, uma articula��o para atrair recursos para �reas b�sicas, como sa�de, educa��o e seguran�a".
Rodrigo Paiva (Novo) mencionou a necessidade de apoiar a ind�stria criativa, representada por setores como a cultura.
"Vou trazer a renda e unir a iniciativa privada, para que projetos culturais sejam autosustentaveis", vislumbrou.
Diverg�ncias sobre educa��o
Houve tempo, tamb�m, para discord�ncias entre Lafayette Andrada (Republicanos) e Wanderson Rocha (PSTU). Bolsonarista, o deputado federal defendeu a implanta��o de escolas c�vico-militares.
"As escolas militares, no Brasil todo, s�o sempre muito bem avaliadas. Atribuo isso, em certo aspecto, � quest�o da disciplina. Sem disciplina, n�o � poss�vel passar o conte�do. Precisamos, tamb�m, tornar o ensino algo prazeroso para alunos e professores", opinou.
Descontente com a fala do rival, Wanderson rebateu: "Escola n�o � quartel. Professor n�o � soldado. Cada um em sua compet�ncia", disse, cobrando investimento de verbas p�blicas no setor.
Ausente, Jo�o V�tor Xavier (Cidadania) alegou ter compromisso agendado anteriormente. Infectado pela COVID-19, Fabiano Cazeca (Pros) segue em tratamento medico. Al�m de Kalil, Nilm�rio Miranda (PT) e Mar�lia Domingues (PCO) n�o justificaram as faltas.
Primeiro turno de vota��o nas elei��es 2020 ser� em 15 novembro. Confira nosso guia
Elei��es 2020: como votar, datas e hor�rios
O primeiro turno das elei��es 2020 ser� em 15 de novembro e, caso seja necess�rio no seu munic�pio, o segundo turno ser� realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas elei��es, o hor�rio de vota��o � das 7h �s 17h. O hor�rio entre 7h e 10h � preferencial para maiores de 60 anos.
Muitas mudan�as foram feitas pela Justi�a Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o per�odo eleitoral de 2020. Al�m disso, os eleitores tamb�m ter�o de se adaptar �s novas normas para os dias de vota��o, como a abertura antecipada das se��es eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas elei��es 2020?
Os eleitores poder�o optar por justificar o voto de tr�s formas:
No dia das elei��es: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a aus�ncia em qualquer local de vota��o, das 7h �s 17h. O eleitor dever� ter o n�mero do t�tulo, um documento oficial de identifica��o e o formul�rio de justificativa preenchido.
Depois das elei��es: preenchendo o formul�rio de justificativa em qualquer cart�rio eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em at� 60 dias ap�s a vota��o.
