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Estado de Minas DESARMANDO A POPULA��O

Cresce no Brasil mobiliza��o contra a circula��o de armas de fogo

Em 2020, o Brasil teve aumento de 90% no n�mero de registros de novas armas, se comparado com 2019


08/03/2021 08:50 - atualizado 08/03/2021 09:16

(foto: Guns Power/Divulgação)
(foto: Guns Power/Divulga��o)

A politiza��o do debate sobre o acesso da popula��o a armas de fogo vem gerando preocupa��es com reflexos para a seguran�a p�blica e a democracia.

O cen�rio de polariza��o pol�tica, a aproxima��o das elei��es de 2022 e um est�mulo governamental voltado ao armamento dos cidad�os acenderam o alerta entre estudiosos do assunto.

Ouvidos pela reportagem, eles defendem que o Judici�rio e o Legislativo adotem medidas urgentes para evitar que o pa�s mergulhe na inseguran�a e flerte com a crise institucional.

 

Representantes dos tr�s Poderes est�o sendo pressionados a frear essa marcha, que fez com que, em 2020, o Brasil tivesse um aumento de 90% no n�mero de registros de novas armas, na compara��o com 2019 –– um recorde em toda a s�rie hist�rica do sistema da Pol�cia Federal, que computa artefatos de fogo apenas para uso de civis.

Para piorar, a curva descendente do n�mero de homic�dios verificada em 2018 foi revertida: no ano passado, os assassinatos aumentaram 5%, na compara��o com 2019, o que, segundo o F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, � um dos reflexos do aumento da circula��o de armas.

Semelhan�as

David Magalh�es, um dos coordenadores do Observat�rio da Extrema Direita, professor de Rela��es Internacionais da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP) e da Funda��o Armando �lvares Penteado (FAAP), destaca as semelhan�as hist�ricas entre o conservadorismo no Brasil e nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, alertou para o crescimento da direita radical, cuja marca principal, nos dois pa�ses, � a nega��o das regras democr�ticas.

“A direita radical � hostil � democracia liberal. Eles s�o at� a favor de algumas regras democr�ticas, mas � um movimento de inclina��o populista, majoritarista, de se dizer a verdadeira voz das massas contra as institui��es elitistas, seja a imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso, a elite econ�mica, midi�tica, art�stica, cient�fica. Ent�o, creem que � necess�rio empreender uma guerra contra as elites em nome da vontade popular, preferencialmente com armas”, explica.

Ele cita o grupo radical 300 do Brasil, que, em junho do ano passado, simulou, com fogos de artif�cio, um ataque ao STF.

Magalh�es frisou que, na vis�o desses personagens, “as elites deformam o que � a vontade popular, com base no que eles compreendem como vontade popular e, por isso, � necess�rio enfrent�-las”.

A advogada e pesquisadora Isabel Figueiredo, conselheira do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, ex-secret�ria-adjunta de Seguran�a P�blica e da Paz Social do Distrito Federal, alerta para o fato de que, cada vez mais, armas legais poder�o acabar nas m�os da criminalidade.

Segundo ela, 40% dos artefatos que a pol�cia apreende no Brasil t�m origem legal.

“A arma que o chamado ‘cidad�o de bem’ est� comprando � uma arma que vai alimentar a criminalidade tamb�m, porque ela �, muitas vezes, furtada, perdida, roubada, extraviada, e vai alimentar a criminalidade”, lembrou.

Presidente da Frente Parlamentar da Seguran�a P�blica e da Frente Parlamentar dos CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e ca�adores) da C�mara, o deputado Capit�o Augusto (PL-SP) nega que a amplia��o do acesso �s armas de fogo cause mais viol�ncia.

Sem citar n�meros, ele diz que, desde a posse do atual governo, houve uma redu��o nos �ndices.

Ele tamb�m critica o fato de o Estatuto do Desarmamento ter sido criado depois de a popula��o decidir, em plebiscito, pela amplia��o do acesso �s armas.

“Pela primeira vez, desde a cria��o do Estatuto, tivemos, no governo Bolsonaro, uma queda no �ndice de homic�dios. Coincidentemente com a flexibiliza��o da posse e do porte de armas, com o aumento da venda de armas”, afirma o parlamentar, acrescentando que os criminosos se sentem seguros quando a popula��o est� desarmada.

 


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