
O senador relembrou ao depoente Marcos Tolentino que ele s� podia ficar em sil�ncio se ele dissesse o motivo, como, por exemplo, que tal assunto o incriminava. Tolentino ficou em sil�ncio na maior parte das perguntas feitas pelo relator alegando prerrogativa profissional.
Ele n�o quis falar sobre a atua��o dele em empresas investigadas pela CPI e ligadas ao l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), o que refor�ou as suspeitas dos senadores.
Ele n�o quis falar sobre a atua��o dele em empresas investigadas pela CPI e ligadas ao l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), o que refor�ou as suspeitas dos senadores.
Em seguida, Vieira falou sobre a import�ncia da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito.
“Essa CPI tem desafios marcantes, talvez o maior deles ser n�o desviar do caminho. Muito claramente narramos um esquema de lavagem de dinheiro e de corrup��o… mas uma CPI n�o conta com todas as ferramentas para investigar at� o final. O que ela pode fazer, e j� est� fazendo, � dar uma luz sob uma realidade”, disse.
De acordo com Vieira, as empresas “povoadas por laranjas” nas quais Marcos Tolentino tem dom�nio fazem parte de um roteiro t�pico de lavagem de dinheiro.
Ainda segundo o senador, o Minist�rio P�blico tinha condi��es de investigar os rastros de Tolentino “h� muito tempo”.
“Que a CPI execute a fun��o de cobrar das autoridades suas responsabilidades. � muito f�cil jogar a pedra, mas � preciso enfrentar a pedra. A corrup��o n�o � de esquerda, nem de direita, a corrup��o � um comportamento humano”, disse.
O dia da CPI
A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID tenta, mais uma vez, ouvir o depoimento do advogado e empres�rio Marcos Tolentino da Silva, nesta ter�a-feira (14/9), suspeito de ser ‘s�cio oculto’ da empresa FIB Bank. Na sess�o anterior, ocorrida em 1º de setembro, ele apresentou um atestado m�dico e alegou que estava internado no hospital S�rio-Liban�s, em S�o Paulo.
Senadores buscam investigar o envolvimento de Marcos Tolentino, dono da Rede Brasil de Televis�o, na garantia irregular no fechamento do contrato da vacina indiana Covaxin, fornecido pela FIB Bank.
Segundo requerimento de convoca��o feito pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), essa garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilh�o � do tipo fidejuss�ria, o que n�o estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Minist�rio da Sa�de e o laborat�rio Bharat Biotech.
Ainda segundo parlamentares, ele seria ligado ao
deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), l�der do governo
Jair Bolsonaro (sem partido) na C�mara, apontado por parlamentares como articulador de negocia��es de vacinas contra COVID-19 sob suspeita de irregularidades.
Tolentino obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) decis�o da ministra C�rmen L�cia que permite a ele se recusar a responder a perguntas que eventualmente possam incrimin�-lo. No entanto, o juiz Codevila apontou que sua decis�o de intima��o do advogado em nada interfere no habeas corpus concedido.
O que � uma CPI?
As
comiss�es parlamentares de inqu�rito
(CPIs) s�o instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relev�ncia ligado � vida econ�mica, social ou legal do pa�s, de um estado ou de um munic�pio. Embora tenham poderes de Justi�a e uma s�rie de prerrogativas, comit�s do tipo n�o podem estabelecer condena��es a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, ap�s determina��o do Supremo Tribunal Federal (STF)
, a
CPI da COVID trabalha para apurar poss�veis falhas e omiss�es na atua��o do governo federal no combate � pandemia
do novo coronav�rus. O repasse de recursos a estados e munic�pios tamb�m foi inclu�do na CPI e est� na mira dos parlamentares.