
A Cemig � alvo de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) na Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira (13/10), os componentes do comit� v�o tomar o depoimento de Cir�aco. O interrogat�rio ser� secreto, e somente parlamentares e servidores do Legislativo autorizados ter�o acesso � sala.
O inqu�rito de Cir�aco trata de pontos que tamb�m est�o na mira da CPI, como a venda da participa��o da companhia de luz na Renova, empresa de energias renov�veis. Os valores da transa��o s�o considerados baixos por alguns deputados, o que levantou suspeitas. Os parlamentares t�m ouvido diversos servidores e executivos da Cemig. Parte deles j� havia prestado depoimento ao delegado. Segundo apurou o Estado de Minas , o ex-presidente da companhia, Cledorvino Belini, tamb�m chegou a ser chamado pela Pol�cia Civil.
A ideia, agora, � entender se a transfer�ncia do delegado Cir�aco foi fruto de press�es de figuras ligadas ao poder p�blico. Segundo a PC, a mudan�a ocorreu a pedido do profissional "em raz�o da reorganiza��o administrativa do departamento onde ele atuava". Procurada pela reportagem, a Cemig afirmou que, por ora, n�o vai se manifestar sobre as investiga��es.
CPI pede informa��es � Pol�cia, mas fracassa
Os deputados estaduais que examinam a gest�o da estatal enviaram requerimento � Pol�cia Civil solicitando c�pias de documentos que compunham a investiga��o conduzida pelo delegado. A resposta, por�m, apontou que os materiais j� haviam sido remetidos � Justi�a.
O depoimento de Cir�aco pode servir, ent�o, para que os integrantes da CPI coletem informa��es que, at� este momento, n�o chegaram � Assembleia. Um dos pontos que mais chama a aten��o dos parlamentares diz respeito � assinatura de uma s�rie de contratos dispensados de licita��o.
Os acordos sem concorr�ncia tamb�m eram investigados pela Delegacia de Combate � Corrup��o. Em setembro, o EM mostrou que a Cemig desembolsou mais de R$ 1 milh�o para contratar empresas que recrutam executivos no mercado . Um dos acordos culminou na posse de Reynaldo Passanezi, atual presidente.
A lista de contratos investigados pela CPI tem, no topo, o acordo com a IBM, multinacional de tecnologia . A Cemig fechou trato de R$ 1,1 bilh�o para servi�os como o controle do call center que presta suporte aos consumidores. O pacto, por�m, foi oficializado pouco tempo ap�s a estatal romper acordo com a Audac, que havia vencido concorr�ncia para controlar o atendimento telef�nico.
