PDT quer apoiar Kalil em MG, mas palanque a Ciro � condi��o para alian�a

Uma das legendas mais pr�ximas ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), o Partido Democr�tico Trabalhista (PDT) quer apoi�-lo em caso de candidatura ao governo de Minas Gerais. A uni�o, no entanto, est� condicionada a espa�o para Ciro Gomes, nome pedetista � presid�ncia da Rep�blica, no palanque de Kalil. A esperan�a � que eles repitam dobradinha vista em 2018, quando o governante belo-horizontino foi entusiasta da campanha do ex-ministro ao Pal�cio do Planalto.

O PDT quer, ainda, ter um candidato ao Senado por Minas. Esse ser� outro ponto levado � mesa de discuss�o caso Kalil resolva, de fato, abandonar a prefeitura para tentar o governo.

"Nossa prefer�ncia � pela candidatura do Kalil, desde que ele abra palanque para o Ciro e a gente tenha uma composi��o na chapa majorit�ria [Senado]. Mas ele n�o definiu isso ainda. Ent�o, temos que aguardar", diz, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

"� nossa reivindica��o", emenda, ao tratar do desejo de emplacar, na chapa de Kalil, um pedetista na disputa pelo Senado.

Apesar de o partido preferir se coligar ao PSD para dar for�a a Kalil, Lupi se inspira em Leonel Brizola, fundador do PDT e principal figura trabalhista no pa�s, que faria 100 anos nesta semana, para tra�ar a estrat�gia.

"Como falava o velho Brizola, n�o podemos colocar todos os ovos em um cesto. Se colocar todos os ovos em um mesmo cesto, vai tudo embora quando entrar a raposa. Temos que ter op��o", afirma.

 

Em que pese os diferentes cen�rios, o presidente do PDT lembra que, para definir rumos, � preciso saber se Kalil tentar�, de fato, chegar � Cidade Administrativa. "Ele ainda n�o bateu o martelo. � um bom candidato, est� fazendo boa gest�o em Belo Horizonte, tem boa imagem p�blica e fala a linguagem do pov�o. � um nome com quem temos excelente rela��o. Participamos e apoiamos o governo dele".

Duda Salabert e Heringer podem ser op��es

Se conseguir receber o direito de indicar o candidato a Senado do grupo de Kalil, o PDT cogita Duda Salabert, vereadora mais votada de Belo Horizonte, e M�rio Heringer, deputado federal e presidente estadual da sigla. Lupi tece elogios a ambos e garante que podem compor uma "dobradinha" caso a participa��o na poss�vel coaliz�o liderada pelo PSD n�o vingue.

"[Duda] � um nome diferente, que quebra tabus e tem preparo. � uma pessoa do campo popular, de centro-esquerda. � um belo nome. N�o quero descartar o nome do M�rio. Se Duda for, por exemplo, candidata a governadora, M�rio pode ser para o senado. Se for composi��o com Kalil, um dos dois pode estar na majorit�ria", projetou o dirigente.

Lupi admite chances de o PDT filiar um quadro importante da pol�tica mineira em breve. Embora n�o revele o nome da pessoa com quem negocia, o mandat�rio diz que o acerto pode estar pr�ximo.

Articula��o no PSD pode barrar sonho pedetista pelo Senado

Embora o PDT reivindique a candidatura ao Senado, as pretens�es do PSD podem frear os planos. Isso porque Alexandre Silveira, presidente pessedista em Minas Gerais, assumiu recentemente a cadeira de senador que era de Antonio Anastasia, indicado ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

O mandato de Anastasia no Parlamento estava previsto para terminar neste ano. Por isso, se quiser continuar no Congresso Nacional, Silveira precisar� se candidatar. Em dezembro do ano passado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, afirmou que Silveira seria "escalado" para tentar a reelei��o.

"Se ele [Silveira] me imp�s o �nus e a responsabilidade de ser o t�cnico dessa Sele��o, para escalar quem for no ataque ou na defesa, Alexandre Silveira est� escalado para disputar o Senado da Rep�blica em 2022. E, certamente, quem ganhar� muito ser� Minas Gerais", disse Pacheco, a lideran�as da Zona da Mata".

Kalil n�o bate o martelo, mas disputa tem dois pr�-candidatos

No m�s passado, em entrevista ao EM, Kalil afirmou que o momento n�o permite discuss�es eleitorais. "Todo prefeito de Belo Horizonte � candidato ao governo, s� que n�o � hora. Estou cuidando da minha cidade", assinalou.

No fim do ano, o ex-deputado estadual Adalclever Lopes (PSD), articulador de Kalil, esteve em S�o Paulo e se encontrou com Luiz In�cio Lula da Silva (PT). � �poca, o prefeito minimizou poss�veis efeitos do encontro a uma hipot�tica alian�a ao petista.

"N�o � o amigo do amigo que � o amigo da tia do primo do Lula que vai me fazer aproximar do Lula. Tem que ter ele a� dentro. O Lula � um l�der inquestion�vel. N�o � poss�vel um cara que foi preso estar com 48% de inten��o de votos. Quem questionar o Lula ou � burro ou s� fica de tonto. Ent�o, o Lula � um l�der inquestion�vel. O Bolsonaro tem l� a parcela dele tamb�m. Ent�o, ningu�m pode ignorar nem Lula nem Bolsonaro. Agora, isso n�o quer dizer que vou abra�ar o Lula porque o Adalclever foi fazer uma visita de amigo para ele", falou. 

Embora Kalil ainda n�o se coloque como pr�-candidato, a disputa pelo Pal�cio Tiradentes tem dois nomes que j� falaram publicamente sobre a inten��o de concorrer. Um deles � Romeu Zema (Novo), que vai tentar a reelei��o. O outro � o senador Carlos Viana, que deixou o PSD para ser o pr�-candidato do MDB.