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Estado de Minas PR�XIMOS PASSOS

CPI marca depoimento de presidente da Cemig e apura influ�ncia do Novo

Reynaldo Passanezi � esperado para oitiva na sexta; amanh�, deputados querem ouvir dirigente do partido de Zema que teria participado da escolha de executivo


08/02/2022 21:24 - atualizado 08/02/2022 21:23

Fachada da sede da Cemig, na região Centro-Sul de BH
CPI da Cemig deve concluir investiga��o ainda neste m�s (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que investiga a gest�o da Companhia Energ�tica do Estado de Minas Gerais (Cemig) agendou, para esta sexta-feira (11/2), o depoimento do presidente da estatal, Reynaldo Passanezi. Antes, nesta quarta (9), os deputados estaduais esperam ouvir Evandro Negr�o de Lima, dirigente do partido Novo, legenda do governador Romeu Zema.

Evandro � aguardado na Assembleia porque h� suspeitas sobre suposta interfer�ncia do Novo nos rumos da companhia el�trica. Em 2019, quando a Cemig buscava, no mercado de executivos, um novo presidente - em processo seletivo que culminou na escolha de Passanezi -, foi o dirigente do Novo que recebeu a primeira proposta financeira da Exec, empresa respons�vel por conduzir a sele��o.

A Exec recebeu R$ 170 mil para conduzir as etapas que acarretaram na contrata��o de Passanezi. A empresa foi a mesma que auxiliou no preenchimento de secretarias do atual governo estadual.

H� deputados que apontam, inclusive, a possibilidade de "aparelhamento" da Cemig em favor do Novo. Aos deputados estaduais, em outubro, o ex-presidente da estatal, Cledorvino Belini, afirmou que s� soube do contrato com a Exec para a escolha de seu sucessor quando Evandro Negr�o enviou a ele a fatura cobrando os R$ 170 mil acordados.

"Fica claro que havia, dentro da Cemig, um comando paralelo. Havia a exist�ncia de insiders, e isso � grave em uma empresa que tem a��es na bolsa. Insiders, que tinham informa��es privilegiadas, tomando decis�es em nome da empresa", disse, � �poca, o relator da CPI, S�vio Souza Cruz (MDB).

� mesma �poca, o governista Z� Guilherme (PP) defendeu o processo de escolha de Passanezi. "Qualquer partido que vence a elei��o vai ajudar a governar. � da pol�tica. Em Minas, quem ganhou foi o Novo. Em todos os outros governos, todas as nomea��es foram pol�ticas. Zema poderia nomear qualquer um que quisesse, mas tentou buscar no mercado uma pessoa que entendesse do mercado".

Depoimento de presidente

Em meio �s linhas de investiga��o seguidas pela CPI, os deputados tentam entender se h� um processo de "desidrata��o" para viabilizar a privatiza��o da empresa. � nesse contexto que se insere a oitiva de Reynaldo Passanezi.

A venda de subsidi�rias da Cemig, como a Light e a Renova, s�o analisadas. No ano passado, a fatia da empresa mineira na Light, sediada no Rio de Janeiro, foi negociada. Na Renova, a Cemig tinha participa��o indireta, por meio das a��es controladas, justamente, pela Light. A participa��o foi vendida em 2019, pelo valor simb�lico de R$ 1, o que fez com que Belini deixasse a presid�ncia da companhia de Minas Gerais.

A Renova tinha muitas d�vidas e entrou em processo de recupera��o judicial. "A gente sabe que a Renova estava dando preju�zo, mas R$ 1?", questionou, em outubro passado, o sub-relator da CPI, Professor Cleiton (PSB).

Depoimentos em sequ�ncia

A CPI agendou reuni�es para quarta, quinta e sexta, caso haja a necessidade de reprogramar depoimentos. Amanh�, al�m de Evandro, � aguardada Ivna de S� Machado de Ara�jo, gerente de Compras de Materiais e Servi�os da Cemig.

Ivna falou pela primeira vez aos deputados, mas teve o depoimento tido como insuficiente. pela Cemig. Para eles, a chefe do setor de compras, pode falar mais a respeito de contratos feitos em licita��o.

H� suspeitas sobre as decis�es de dispensar pareceres jur�dicos para basear servi�os firmados sem editais. Um dos contratos que intriga os componentes da CPI foi assinado com a IBM, multinacional de tecnologia. O pacto de R$ 1,1 bilh�o contempla fun��es como o controle do call center que presta suporte aos consumidores. O conv�nio foi oficializado pouco tempo ap�s a estatal romper acordo com a Audac, que havia vencido concorr�ncia para controlar o atendimento telef�nico.

A IBM repassou essa tarefa � AeC, que havia participado - e perdido - do preg�o vencido pela Audac, outra empresa A AeC � de propriedade de C�ssio Azevedo, ex-componente do secretariado estadual, que morreu em 2021 por causa de um c�ncer.

A Cemig, por sua vez, tem afirmado que os contratos sem licita��o est�o amparados pela Lei das Estatais. Segundo a companhia, a not�ria especializa��o das firmas � suficiente para a dispensa de concorr�ncia. A empresa tamb�m assegura a legalidade da contrata��o de Passanezi. A empresa sustenta, ainda, que busca procedimentos que deem "maior competitividade" aos preg�es. A ideia, conforme a empresa, � assinar acordos mais econ�micos e eficientes.


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