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Estado de Minas ENTREVERO

Agostinho diz que Zema tem 'plano s�rdido' para emplacar Recupera��o Fiscal

Presidente da Assembleia afirmou que governador quer for�ar deputados a votar pacote de ajuste econ�mico enviando texto sobre reajuste a servidores


17/02/2022 20:44 - atualizado 17/02/2022 20:44

Agostinho Patrus, deputado estadual (PV-MG)
O presidente da Assembleia de Minas, Agostinho Patrus (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 11/2/22)
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), voltou a subir o tom contra o governador Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (17/2). Segundo o deputado estadual, Zema tem um "plano s�rdido" para viabilizar a aprova��o da ades�o do estado ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), proposto pelo governo federal para ajudar gest�es locais com problemas no fluxo de caixa.

Estados que quiserem ingressar na Recupera��o Fiscal devem cumprir uma s�rie de contrapartidas para equilibrar os gastos p�blicos. H� temor por diminui��o nos investimentos em pol�ticas p�blicas. Deputados temem, ainda, que o pacote gere congelamentos salariais por nove anos.

De acordo com Agostinho Patrus, Zema quer enviar um Projeto de Lei (PL) ao Legislativo para recompor em 10% as perdas nos sal�rios do funcionalismo em fun��o da infla��o. Para eventual proposta a respeito do tema ser analisada, os parlamentares precisariam, antes, analisar o ingresso no Recupera��o Fiscal - que tramita em regime de urg�ncia e, assim, trava a pauta do plen�rio.

"Mais um plano s�rdido: governo do Estado quer enviar reajuste de cerca de 10% aos servidores p�blicos e obrigar vota��o do RRF. Assim, ap�s 10 anos sem ganhos reais, o professor, o m�dico e o agente da seguran�a ficar�o mais nove anos sem", escreveu o presidente da Assembleia, no Twitter.



Neste momento, apenas projetos para enfrentar a pandemia conseguem driblar a amarra imposta pela Recupera��o Fiscal. Isso porque vigora o chamado "rito COVID-19", que d� prioridade absoluta a temas ligados aos efeitos sociais e econ�micos da doen�a.

 

O secret�rio-geral do governo Zema, Mateus Sim�es, foi �s redes rebater Agostinho. "Buscar o equil�brio das contas, para prestar melhores servi�os p�blicos e manter o sal�rio dos servidores em dia, viabilizando a revis�o geral anual a partir de 2022, � o contr�rio de s�rdido. Quem s� pensa na pr�xima elei��o n�o tem tempo de pensar na pr�xima gera��o".

Segundo Sim�es, o congelamento de sal�rios � uma "mentira". Ele afirmou que � poss�vel corrigir os vencimentos pela infla��o, desde que isso esteja previsto no texto que vai regular a aplica��o do RRF em Minas.

A��o no STF, troca de farpas e 'espada na cabe�a'


A d�vida de Minas Gerais com a Uni�o est� em cerca de R$ 140 bilh�es, mas uma liminar suspende a necessidade de pagar o passivo. H� temor por uma cassa��o da medida cautelar. Em outubro �ltimo, o ministro Luis Roberto Barroso deu seis meses para o estado aprovar uma lei que trate da entrada no RRF.

O Pal�cio Tiradentes teme a cassa��o da liminar em abril e, consequentemente, a necessidade de desembolsar imediatamente cerca de R$ 40 bilh�es para come�ar a quitar o passivo. Em busca de viabilizar a vota��o da Recupera��o Fiscal, Zema apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Assembleia a colocar o tema em pauta.

A a��o foi entregue ao ministro Kassio Nunes Marques. Na sexta passada (11) ao ser perguntado pelo Estado de Minas, Agostinho Patrus criticou a estrat�gia do poder Executivo estadual.

"Sempre acreditei na boa conversa e no que � pr�prio de n�s, mineiros: a busca pelo consenso, de sentar � mesa e discutir as quest�es. Quando um dos lados resolve judicializar a quest�o, d� uma demonstra��o de que n�o est� aberto a conversar. Que quer, simplesmente, que isso seja definido por um ministro do Supremo [Nunes Marques], a quem acataremos 100% a decis�o que tomar", disparou.

No mesmo dia, Zema foi sucinto ao definir a situa��o que enfrenta ante a amea�a da liminar ser derrubada e a resist�ncia dos deputados ao ajuste fiscal. "Estou com uma espada em cima da minha cabe�a", falou, durante visita a Montes Claros, no Norte mineiro. 


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