Em entrevista ao CB.Poder, nesta quarta-feira (11/5), ele confirmou sua pr�-candidatura. “Eu vou concorrer. Eu mudei meu domic�lio eleitoral para S�o Paulo por motivos familiares, mas tamb�m porque S�o Paulo � o ber�o do Brasil. Tudo que acontece l� impacta no Brasil como um todo. S�o Paulo tamb�m � o ber�o do petismo, ent�o a minha luta e a disputa ser� contra o PT”, afirmou.
Aposta em Bolsonaro
O pr�-candidato do PTB a deputado por S�o Paulo disse ter a impress�o de que a disputa pelo Planalto ser� decidida no estado. Ele afirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) deve ganhar no Nordeste, mas perder nas regi�es Norte e Sul. Centro-Oeste e Sudeste, segundo ele, ser�o as regi�es mais acirradas.
Cunha garante, ainda, j� ter um candidato para presidente nas elei��es de 2022: Jair Bolsonaro. “Vou votar no Bolsonaro e j� estou decidido. O PTB deve ir com ele e n�o posso falar pelo PTB, mas eu vou votar no Bolsonaro por diversas raz�es. A principal raz�o � que voc� tem uma elei��o. Eu tenho escrito sobre isso no pr�prio livro, eu abordo esse processo pol�tico atual.”
Em 9 de junho de 2021, o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha lan�ou, junto da filha Danielle Cunha, o livro Tchau, querida: o di�rio do impeachment. A obra traz hist�rias sobre os bastidores e as a��es que levaram ao impeachment da ex-presidente.
“N�o h� jeito. Voc� tem o petismo e o antipetismo, e Bolsonaro transformou o antipetismo no bolsonarismo. Ent�o, n�s passamos a ter duas pontas muito fortes que est�o bem delineadas no eleitorado brasileiro. Voc� n�o vai conseguir quebrar o petismo para o lado da esquerda e n�o vai conseguir quebrar o bolsonarismo pelo centro ou pela direita”, explicou.
Para Cunha, a op��o � Bolsonaro “porque ele � o papel do antipetismo que a gente tem no Brasil e ele � a sua pr�pria vertente pol�tica que ele conseguiu criar, que � o bolsonarismo”.
Ascens�o e queda
Eduardo Cunha come�ou a construir sua for�a na C�mara logo em seu primeiro mandato como deputado federal e quando era l�der do PPB, partido ao qual era filiado em 2003 e pelo qual tamb�m foi deputado estadual.
Foi no PMDB, ao qual aderiu naquele mesmo ano, e durante os governos do PT, que o deputado acelerou sua ascens�o pol�tica. Ganhou destaque no segundo mandato de Lula como aliado pr�ximo do ent�o l�der do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), deputado mais longevo da C�mara � �poca; e tamb�m do ent�o presidente da Casa, Michel Temer (SP), atuando como um de seus principais articuladores.
Na presid�ncia da C�mara, Cunha comandou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Ainda naquele ano, foi detido preventivamente e condenado em 2017 por corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas. Em 2018, a condena��o foi confirmada em segunda inst�ncia pelo TRF-4 e Cunha recebeu a pena de mais de 14 anos de pris�o.
Em 2020, o ex-deputado recebeu uma segunda condena��o no �mbito da opera��o Lava-Jato, em primeira inst�ncia, por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Apesar das condena��es, a pris�o de Cunha ainda era preventiva, ou seja, o tipo de pris�o que acontece durante o andamento de um processo, antes que haja uma condena��o final, sem possibilidade de recurso.
“Eu fiquei quatro anos e meio preso em uma pris�o preventiva , arbitr�ria, ilegal, declarada por esse juiz considerado parcial (o ent�o juiz Sergio Moro). Eu fiquei preso por nada. Essa condena��o que ele me imp�s foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal no dia 14 de setembro do ano passado.”
Cunha afirma que Sergio Moro o usou para tentar passar uma vis�o de que era imparcial na atua��o como juiz. “Hoje, a gente sabe que o Moro era o chefe de uma organiza��o pol�tica que pode ser considerada criminosa. Ele est� come�ando a pagar por aquilo que ele praticou e eu espero que ele pague por tudo”, afirmou.
Clima de tens�o
Ao ser questionado sobre o atual per�odo pelo qual o pa�s passa, Cunha afirmou que v� “espuma demais” e diz n�o enxergar nenhum risco � democracia ou de golpe.
“Eu vejo espuma demais e pouco conte�do. Eu n�o vejo risco � democracia, eu nunca vi qualquer tipo de risco ou golpe. N�o vi nenhum atentado contra a democracia sendo feito. Eu tenho uma vis�o completamente diferente. Efetivamente, todo mundo tem o direito de querer fiscalizar as urnas eletr�nicas, at� porque aquilo que era seguro um dia pode n�o ser amanh�. Ent�o, zelar pela seguran�a da urna todos tem que ter essa preocupa��o. N�o � um atentado � democracia."
Cunha comentou ainda que Bolsonaro tem uma diferen�a na forma de tratar as coisas e carrega uma grande oposi��o da m�dia brasileira porque ele foi o �nico presidente que conseguiu substituir a interlocu��o com a popula��o por meio da comunica��o direta sem ter que ter uma reverbera��o com a m�dia.
*Estagi�ria sob a supervis�o de Andreia Castro
O "Beab� da Pol�tica"
A s�rie Beab� da Pol�tica reuniu as principais d�vidas sobre elei��es em 22 v�deos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e f�cil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens est�o dispon�veis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os v�deos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.