
O petista disse ainda que o Brasil n�o tem interesse em enviar muni��es � Ucr�nia porque n�o quer ter qualquer participa��o no conflito, mesmo que indireta. A posi��o de Lula foi antecipada pela Folha de S.Paulo, que revelou que o l�der brasileiro vetou o envio de muni��o de tanques � Alemanha, que seria a intermediadora, para n�o provocar a R�ssia e n�o abalar sua posi��o de neutralidade.
Para Lula, os esfor�os internacionais at� o momento foram infrut�feros para dar fim � guerra, cujos motivos de origem n�o est�o claros para o petista -ele mencionou como causas a poss�vel entrada da Ucr�nia na Uni�o Europeia e na Otan e as ambi��es territoriais de Moscou.
Leia: Lula quer fechar acordo Mercosul-Uni�o Europeia 'at� o fim do semestre'
A declara��o ocorre ap�s encontro do presidente com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, no Pal�cio do Planalto.
"Temos que criar outro organismo, da mesma forma que criamos o G20 quando ocorreu a crise de 2008, para tentar resolver problema da crise", disse Lula em entrevista coletiva. "A gente tenta criar um clube ecol�gico, e a gente cria o clube das pessoas que v�o querer construir a paz no planeta."
Leia: Governo Lula: Rui Costa acumula poder e se torna porta-voz do presidente
O petista disse ainda que o Brasil n�o vender� muni��o para a Ucr�nia, como foi solicitado pela Alemanha. Como mostrou a Folha, a decis�o ocorreu no �ltimo dia 20, na reuni�o do petista com os chefes das For�as Armadas e o ministro da Defesa, Jos� M�cio. Foi a v�spera da demiss�o do comandante do Ex�rcito, J�lio Cesar de Arruda.
"O Brasil n�o tem interesse em passar as muni��es para que elas sejam utilizadas na guerra entre Ucr�nia e R�ssia. O Brasil � um pa�s de paz, o �ltimo contencioso nosso foi a guerra do Paraguai. E, portanto, o Brasil n�o quer ter qualquer participa��o, mesmo que indireta", afirmou.
Leia: Alemanha deve doar R$ 1 bilh�o para primeiros cem dias de governo Lula
Lula esteve reunido, a s�s, com o alem�o por aproximadamente 1h30. Na sequ�ncia, ocorreu uma reuni�o ampliada, de cerca de uma hora, com a presen�a de ministros Mauro Vieira (Itamaraty), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudan�a do Clima), Luciana Santos (Ci�ncia e Tecnologia), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Ind�stria, Com�rcio e Servi�os). O ex-chanceler Celso Amorim, chefe da assessoria especial do presidente, tamb�m esteve presente.